viagem à Paris

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Sexto

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Sexto

Franzo as sobrancelhas quando abro os olhos e vejo o quarto todo escuro. Inspiro calmamente e só então me dou conta de que estou com minha chefe.

Não é possível. Engulo com dificuldade e tento me mexer sem acordá-la.

Em que momento nós nos aproximamos tanto?!

Tiro seu braço da minha cintura e tento me afastar, mas isso a faz se movimentar e sua perna – que estava entre as minhas – pressiona deliciosamente meu sexo.

Hoje era pra ser uma noite tranquila, calma! Tranquilamente calma.

Engulo com dificuldade e tento me afastar novamente, dessa vez ela se move mais e ouço seu suspiro.

— Tudo bem? — pergunta com a voz mais rouca e, por mais que eu deteste confessar, isso me afeta demais. — Senhorita Swan?

— Tudo. Eu... eu só preciso levantar. — respondi quase sem voz.

Ela coça a garganta e se afasta completamente. Murmuro um obrigada e levanto rapidamente.

A noite está bonita, o céu bem estrelado e o frio é bem gostoso.

Meu olhar se perde entre as estrelas enquanto minha mente vaga entre as lembranças do meu pai. David foi a melhor pessoa que conheci na vida, ele era a junção de todas as coisas boas que o ser humano poderia ser e, de alguma forma, era ainda melhor.

Desde que me lembro, os três – mamãe, papai e James – eram inseparáveis. Eu admirava a amizade e união, amava profundamente meu tio. Na minha mente jovem e inocente, cheguei a pensar que nada mudaria. Minha vida era perfeita, éramos boas pessoas e melhores ainda juntos.

A vida é uma caixinha de surpresas mesmo.

Ouço um coçar de garganta, mas não me movo.

— Está frio.

Meu Deus, por que até mesmo a voz dela é bonita e gostosa?!

— Senhorita Swan, está pensando alto outra vez. — avisa, mas seu tom não é de censura.

Parece até conformada com meus pensamentos altos, isso me arranca um sorriso.

— Do que está rindo? — pergunta e no instante seguinte, sinto-a passar um cobertor pelos meus ombros.

— Nada... — respondo vagamente.

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