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____________ 𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐕𝐢𝐨𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚.


_______ 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨.

Baki chutava o saco de areia com toda a sua força, enquanto sua irmã o observava sentada na varanda de uma pequena casa abandonada no meio da floresta.
Haviam se passado 2 anos. Harlley já tinha 11 anos, e Baki 5. Todos os dias ele treinava, e todos os dias Harlley o acompanhava com comida, água e roupas limpas.

Aquele dia não era diferente de qualquer outro. Só o fato de que sua "mãe" estava com o pai de Baki em sua mansão, e não queria que os filhos atrapalhasem. Porém Harlley duvidava muito que Yujiro Hanma gostaria de vê-la, aquela mulher era sem dúvida pegajosa e irritante.

Baki se aproximou, chamando sua atenção,

- O que à de errado??

A criança sentou ao seu lado e suspirou.

- Cansei.

Ele levantou os bracinhos para mostrar que estava com um pouco de dor.
Harlley sorriu de lado e retirou uma garrafa de água da mochila.

- Quer água?

O pequeno concordou sorrindo e pegou. Porém sua irmã o impediu de beber a quantidade que queria.

- Melhor não. Muita água?

- Faz mal.

- isso.

Seu rosto ficou entristecido.

- Você acha que a mamãe ama a gente?

Aquela pergunta pegou a mais velha desprevenida.

- Olha Baki. Pra ser bem sincera? Eu não dou a mínima se ela ama ou não a gente.

O pequeno a olhou com lágrimas nos olhos.

- Mas... Mas ela é a mamãe, e mamães amam seu filhos. Não é?

Talvez. Ela não sabia. Sentiu ódio, dor e tristeza na qual nenhuma criança deveria sentir. Tudo por causa daquela mulher. 

- No fundo. Talvez quando você estiver quase a beira da morte, ela possa demonstrar um pouco de amor de verdade.

Os pequenos sussurros moldaram um luz em Baki. O mesmo secou as lágrimas e se levantou com energia.
Ele correu de volta a grama e começou a socar o ar. Ser forte que nem seu pai. Era isso! Ele precisava ser forte que nem seu pai para ter o amor de sua mãe.

Horas depois, dois carros apareceram. Um que Harlley já conhecia, e um preto grande e chique.

Baki correu para perto de sua irmã, caso fossem inimigos ele a protegeria, mesmo ela sendo bem mais alta que ele.

A menina observou Emy descer do carro branco, parecia triste e levemente corada. Não o rubor em si, mas como se tivesse levado um tapa.

No preto, Yujiro Hanma desceu. O pai de Baki. Harlley segurou os ombros do irmão e os apertou de leve. Ambos tinham medo do homem mais forte do mundo.

- Ele cresceu um pouquinho.

Yujiro os encarou enquanto se aproximava. A menina sentiu algo estranho, e no mesmo momento colocou Baki atrás dela. Tendo um irmão mais novo surpreso e um Yujiro chocado.

- Não vai machucá-lo.

Emy deu um passo a frente com os punhos serrados.

- Saia da frente Harlley!

A jovem a olhou de forma ameaçadora, colocando ainda mais Baki para trás. Yujiro observou aquilo curioso, ela parecia uma Leoa protegendo seu filhote. Deixou claro que a ameaça de Emi não havia surgido efeito.

- Vai em bora.

A voz grossa de Yujiro soou nos ouvidos de Emy. A mulher o encarou e juntou as mãos contra o peito.

- Querido aaah, por favor. Eu....

- Vá!

As crianças deram um pulo quando Yujiro gritou para Emy, com um olhar assassino e assustador.

A mulher abaixou a cabeça e se retirou. Dando um olhar tão choroso e cheio de raiva para Harlley, que a mesma chegou a se encolher.

Yujiro a viu ir embora e se virou para as duas crianças, ganhando um olhar frio da pequena protetora.
Aquilo o deixou animado ao ponto de sorrir com a forma de matar que Harlley o encarava.

- Que pirralha interessante.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫........ ⚜️

𝐃𝐢𝐫𝐭𝐲 𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora