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𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞, 𝐡𝐨𝐫𝐫𝐨𝐫 𝐞 𝐡𝐨𝐦𝐢𝐜𝐢́𝐝𝐢𝐨.

__________ A mulher passou pela polícia, descendo do carro preto com um cigarro na boca. Seus olhos passaram pelo lugar, haviam muitos militares. O chefe da polícia correu até a mesma, os olhos assustados e sangue em mãos.

- Detetive!

- Senhor.

- Que bom que veio. - ele estava ofegante e trêmulo.

Harlley o olhou de cima a baixo e tragou o cigarro pela última vez antes de o jogar no chão e o esmagar com a bota.

- O que temos?

- É algo horrível, um grande Holocausto.

Ela revirou os olhos.

- Não me diga. - Harlley passou por de baixo da faixa de segurança e adentrou o prédio abandonado.

Pelo entrada dava para se ver um caminho de velas vermelhas e pétalas brancas pelo chão. Um cheiro doce de caramelo perfumava o ar. Ela levantou a mão para os policiais que a seguiam.

- Eu irei sozinha.

Os homens se afastaram vendo a mulher caminhar calmamente, e logo então, as velas uma por uma iam se apagando. Harlley passou pela porta, havia um homem sentado em uma cadeira, muito sangue no chão, várias peles costuradas em seu rosto.

Ela pensou, mas, nada batia, aquele homem estava diferente, não era como os outros mortos, havia sido reconstruído com outras partes.

- Nada de Jhon Hanmkerd.

A mesma balançou seu corpo com o pé, e a cabeça do homem foi ao chão assim como o resto de seu corpo. As tripas bateram em suas botas junto de larvas negras.
Seus olhos arderam com o ar podre, Harlley engoliu em seco e seguiu caminho.

Haviam outras portas enquanto descia, mas o cheiro doce ia piorando a cada passo, ela não precisava olhar os quartos para saber que haviam outros iguais ao primeiro, ela só tinha que seguir o mantra vermelho e laranja que flutuava pelo ar.

A última porta. Havia sangue escorrendo por de baixo dela, muito sangue e um líquido preto.

146, o número da porta era feito por dedos arrancados. 146, eram os números marcados em sua nuca. Ela engoliu em seco, o coração bateu tão rápido que sua cabeça desligou em pressão. Sua mente vagou pelas memórias de um passado cruel, em confinamento, sendo abusada, torturada e usada como cobaia.

Ela lembrou de mãos maldosas e antigos cientistas, lembrou das mãos amorosas de Yujiro, e sentiu repulsa.
Seus olhos voltaram a brilhar e algo amargo jogou de sua boca.

Sangue e ferro, estava vomitando o interior de sua alma podre. Com raiva, ela limpou a boca e arrombou a porta com o pé. Adentrando irradiada pela ira, ela parou e arregalou os olhos atordoada.

- Meu Deus.

Crucificados de ponta cabeça. Haviam 10 com intestinos de fora, olhos arrancados e nus. No centro, uma mulher estava sentada em uma espécie de altar, as mãos amarradas em troncos fincados no chão, enquanto havia uma estaca em sua cabeça a fazendo olhar para cima.
No chão, haviam vários corpos de pessoas ajoelhadas, suas costa estavam rasgadas, desenhadas com o próprio sangue, o rosto de um demônio.

- Não é uma perseguição..... É a porra de uma oferenda.

A mesma se aproximou do altar, as pétalas de flores brancas estavam manchadas de sangue, as velas iluminavam o imenso lugar. O cheiro doce vinha da mulher, tão doce que doía sua cabeça.

Símbolos e mais símbolos eram desenhados por todo o seu corpo, em sangue, mas não o dela. Seus cabelos em brancos, suas unhas afiadas. Ela estava sorrindo, ou pelo menos o corte que rasgava sua boca a fazia sorrir.

Seus olhos passaram pelo chão do altar, quase impossível de se notar, um único fio de cabelo diferente de todos os outros estava ali.

Vermelho? Vermelho vinho a um brilhante escarlate, lentamente ela passou a mão pelo bolso, e dele um segundo fio ela retirou.

- Conhecidencia?

Um riso fraco saiu. Ela sorriu irritada e negou com a cabeça.

- Eu só preciso estar antes, antes.

Harlley se virou e saiu do lugar passando pelos corredores com todas as portas abertas e um sorriso sombrio. Sua aura fazia as paredes racharem e o sangue com puro ferro levitarem. Ódio, ódio, ódio.

- Me de mais, me conte mais. - ela parou e olhou para trás. - Vou fazer de você meu escravo Yujiro. Eu prometo, sua alma será minha.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚.... ☬

ᴹᵉ ᵃᵛᶦˢᵉᵐ ᵈᵒˢ ᵉʳʳᵒˢ ᵒʳᵗᵒᵍʳᵃ́ᶠᶦᶜᵒˢ, ᵉᵘ ⁿᵃ̃ᵒ ᶜᵒʳʳᶦᵍᶦ.

𝐃𝐢𝐫𝐭𝐲 𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora