𝐃𝐢𝐫𝐭𝐲 𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬

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𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨:

Por volta da meia-noite, Harlley se encontrava sentada em um dos bares mais decadentes de Tokyo. Não era como se ela não pudesse pagar para estar em um daqueles luxuosos e vibrantes. Mas ela era uma agulha no palheiro, e sabia que se enche-se de pisca-pisca antes do Natal, o papai noel anteciparia os presentes e jogaria um monte de bombas nucleares em cima de sua cabeça.

E ela não queria lidar ainda mais com isso.

Harlley sentia falta de Baki, aquele sentimento se tornou ainda mais insistente cada vez mais que ela o observava.
A três dias foi seus aniversário de 24 anos, ela o viu junto da namorada, na qual era bem bonita e puxa saco.
Percebeu no olhar de seu irmão o quanto que ele a amava, e que faria de tudo para protegê-la.

A mulher se sentiu bem com isso. Nenhuma característica cruel de seus pais era vista. Isso à alegrou mais do que a presença torque que adentrou o bar.

Harlley quase riu se não se sentisse tão bem. O grande homem se sentou ao seu lado e logo o barmen lhe entregou um copo reforçado em doses de Whisky.

- Resolveu aparecer, Sra. Hanma.

Os olhos da mulher brilharam enquanto bebia mais de seu licor.

- Apenas de passagem, não pretendo ficar. Como estão os negócios, Hanayama?

O Yakuza sorriu com indiferença.

- Você se importa?

Harlley sorriu.

- Pelo o que vejo está de mal humor.

Hanayama se ajeitou no banco, virando logo em seguida o copo inteiro na boca.

- Ruins. - ele soltou um suspiro- Vão ruins.

Harlley riu jogando os cabelos para o lado.

- Por que ainda continua com isso? Você luta bem, tente focar só nas lutar e esqueça dos negócios.

Hanayama negou virando o segundo como de uma vez.

- Falar é fácil, não é você que tem que levar o legado da família toda nos braços.

A mulher mordeu os lábios deslizando os dedos até os músculos fortes do homem.

- Eu sou à pessoa mais procurada por Yujiro Hanma, legado não é mais pesado que isso.

O Yakuza revirou os olhos.

- Sinto muito por isso, mas não acho que ele te incomode tanto.

Harlley se virou.

- Ele está, sempre vai. - ela rosnou. - Você nunca foi perseguido, não como eu sou. Não sabe o que aconteceu para que eu tivesse que sumir.

Hanayama aproximou seu rosto.

- Você nunca teve medo dele, o que te fez fugir e ele te caçar?

As pessoas passavam de um lado para o outro, evitavam os dois que se encaravam com fogo nos olhos.
A mulher sentiu um cheiro picante no ar, madeira e cigarros amargos. Seus olhos se arregalaram de leve. Uma névoa começou à se enrolar em seu corpo, grudando como sangue, e ela era, vermelha com um perfume único.

O Yakuza se afastou olhando para cima, atrás da mulher. Ele estava com gelado por minutos, os olhos de Kaoru se encontraram com os de Harlley, ela estava seria com os lábios fechados.

- Saía.

A voz poderosa de Yujiro era baixa, as pessoas que o notaram fugiram rapidamente, somente os três estavam no bar.

- Harlley.....

Hanayama a chamou sem tirar os olhos do homem.

- Pode ir, ficarei bem.

O Yakuza segurou de leve a mão da mulher, fazendo ela sorrir de leve e se afastar. O ogro observou aquilo em silêncio. Hanayama deixou o bar relutante, e com uma boa distância, ele ligou para Baki.

Yujiro se sentou e virou a cadeira para ficar cara à cara com Harlley.

Aqueles olhos estavam totalmente vermelhos, não eram os lindos azuis elétricos de antes.

Eram vermelhos sanguinários, cheios de ódio. O ruivo soltou um longo suspiro.

- Podemos conversar, Harlley?

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚.....

𝑀𝑢𝑎ℎ𝑎ℎ𝑎ℎ𝑎ℎ𝑎!
𝑉𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖!