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𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞, 𝐕𝐢𝐨𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚, 𝐏𝐚̂𝐧𝐢𝐜𝐨.

____ Baki não estava em casa, seu coração chegava a sair da boca, o medo arranhando sua pele lentamente como espinhos. Ela correu pela casa inteira, no porão e pela vizinhança. Suas mãos foram a cabeça, sentindo a mesma latejar.

- Baki!!

Sua voz ecoou ardida, suas mãos começaram a tremer, as pernas estavam bambas, nada certo. Ela olhou a frente com raiva, correndo em direção a floresta, subindo o bosque atrás de Yozuke.
Rezando aos Deuses em sua mente para que ele estivesse lá e bem. Cada fibra de seu corpo queimava como o inferno, Harlley olhou para a cabana e viu o grande homem cortando lenha.

- Yozuke!!

- Oh? Pequena Harlley? O que faz aqui?

Ambos se aproximaram.

- Baki, ele está aquí?

- Hum? Não, ele não apareceu essa noite, já vai ser meia-noite querida, ele deve estar em casa dormindo.

Como levar um soco no estômago, Harlley ficou sem ar. Balançando a cabeça em negação ela voltou a correr enquanto Yozuke gritava seu nome preocupado.

Ele poderia estar morto, sendo torturado ou qualquer coisa do tipo! Porra onde raios estava seu irmão?! Pelo centro da cidade ela correu desesperada, passando por prédios em festas e condomínios. Foi quando vidro começou a cair na calçada, a jovem parou e olhou para cima, vendo um grande e belíssimo prédio com luzes dourados. Um Helicóptero se afastava enquanto vidro ainda caía. No chão ela viu uma fumaça vermelha escura, uma aura macabra e quente passava por ali e seguia até o último andar.

Sem demora, ela entrou no lugar indo em direção ao elevador. Dois seguranças a barraram as pressas quando a viram.

- Não pode entrar aqui, precisa de convite.

- Detetive do Departamento Japonês e Alto Americano, Harlley Akezawa. Estou em missão. Agora saíam da minha frente, antes que eu os prenda por me atrapalharem.

A mulher mostrou a identidade Militar e os viu sair de sua frente enquanto pediam desculpas. Os minutos passou e logo ela se encontrou dentro de uma grande festa, onde por algum motivo estava com a música parada e as pessoas ao redor de alguém.

Quando se aproximou viu Haneyama o líder da Yakuza sendo arremessado na parede por Yujiro, e logo atrás Baki caiu machucado. Harlley deu um passo a frente da multidão e correu em direção ao irmão.

- Seu pirralho encrenqueiro! Você tá bem?

Baki a olhou surpreso e sorriu gemendo levemente de dor.

- Eu ganhei a luta contra o Haneyama, eu consegui.

A mulher deu um prevê sorriso e o ajudou a se levantar. Quando se virou deparou com Yujiro a encarando enquanto se aproximava. Como antigamente, ela colocou Baki atrás de sí, e logo então puxou o revolver o destravando e apontando para o ruivo, que abriu um sorriso.

- Isso não pode me machucar, mulher.

- Mulher? Hum, eu já estava me acostumar com pirralha.

Yujiro parou derrepente e a olhou surpreso.

- Harlley?

- Não, o Papai Noel do meio do ano. É claro que sou eu, a única pessoa nesse fim de mundo que sem medo algum te ameaçaria com esse brinquedo, logicamente com motivo para proteger esse pirralho encrenqueiro.

Baki e Haneyama que já estava se colocando de pé, a olharam abismados e preocupados.

- O que vc ta fazendo Nee-san?!

- Lidando com o seu pai ausente e irresponsável.

Yujiro rosnou irritado e soltou uma risada.

- Cuidado com as palavras querida. Eu não tinha te reconhecido, você mudou bastante, está te mais alta do que o esperado, e mais ousada.

A jovem o olhou de cima a baixo e abaixou a arma. O homem sorriu levando as mãos para trás e inclinado seu corpo para perto dela.

- Estou cuidando do meu irmão, é isso que eu sempre fiz, ao contrário do pai e da mãe dele.

Yujiro sorriu perigosamente e concordou, já que não era mentira, e a garota era a única a dizer aquilo diretamente em sua cara.

Quando se virou para seguir, vários homens levantaram armas em sua direção.

- O que é porra?! Eu tô tentando melhorar aquí!

- Senhorita, largue a arma! Você está na mira da Yonan, mexasse e morrerá.

- Você quis dizer Detetive do Departamento Japonês Alto Americano, né?

Os homens ficaram em silêncio e abaixaram suas armas.

- Investigadora?

- Dah, eu odeio quando isso acontece. Vamos Baki.

Yujiro e os demais a olharam incrédulos enquanto a mesma levantava o irmão pelo braço e o ajudava.

- Daqui uma semana nós vamos lutar, e enquanto isso não acontece, deixe ele forte, ou pelo menos tente.

Harlley parou e o olhou de canto.

- Você não vai matá-lo, correto?

Ele ficou em silêncio, vendo o azul se tornar de alguma forma vermelho vivo na escuridão de seu olhar.

- Se ele me divertir, talvez não. Pirralha insolente.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚........

𝐃𝐢𝐫𝐭𝐲 𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora