𝐃𝐢𝐫𝐭𝐲 𝐂𝐥𝐚𝐬𝐬

◈✦✦✦

𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨: 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚̃𝐨.

____ Depois daquele dia, Harlley cuidou de Baki com mais precisão. O ensinou pouca coisa, pois nem ela mesma sabia. Seu estilo de luta era original, e difícil para ensinar. Haneyama havia se aproximado dos dois, principal de Harlley que havia ficado encarregada de cuidar da região Sul da cidade, onde os Yakuza frequentavam.

O cientista que estavam a procura não tinha mais matado ninguém, estava quieto de mais e por algum motivo, Harlley sentia algo ruim no ar. Não pelo fato de ter sido convidado para um baile onde Yujiro seria o centro das atenções, o homem odiava aquilo, não era a cara dele de qualquer forma, mas sim da vadia da Emy.
Mas temerosa por cada passo que dava pela cidade, pela fumaça amarela que apenas seus olhos viam vagando pelo chão em várias direções.

Enquanto caminhava pelo centro, a fumaça foi substituída por um vermelho sangrento, sabendo quem estava por perto ela tentou ignorar, mas a sombra vermelha agarrava em seu ser como se quisesse a dominar, por sorte, sua aura era negra como os confins do inferno. Elas pareciam brigar, e a sombra carregada por trevas devorou a vermelha.

- Interessante.

Harlley estreitou os olhos e enclinou a cabeça para o lado, vendo Yujiro encostado na parede com um olhar calmo e sorriso divertido.

- Você.

- Precisamos conversar.

Ele se aproximou jogando fora o cigarro.

- Eu tenho certeza disso. Temos 2h até eu ter que ir pra faculdade.

Ele deu de ombros e apontou como a cabeça a cafeteria do outro lado da esquina.
Harlley respirou fundo tendo o homem ao seu lado com certa calma. A mulher acendeu o cigarro e caminhou até o lugar, onde era aberta e não tinha problema fumar.
Quando se sentaram, as pessoas ao redor ficaram tão intimidadas que pagaram a conta rapidamente e se mandaram.

A garçonete tremendo se aproximou com um cardápio, Harlley negou assim como Yujiro e descansou as mãos em cima da mesa.

- Quero um capuccino batido com leite e alguns biscoitos de milho.

A jovem anotou e olhou o mais velho, vendo o mesmo não dizer nada, a garota olhou de volta para Harlley.

- S-seu pai não gostaria de algo?

Yujiro engasgou com a própria saliva e olhou a garçonete com indignação, enquanto Harlley soltava uma gargalhada. A homem a encarou levemente irritado, mas vela com um sorriso que não fosse ameaçador ou debochado, era uma grande feito.

- Eu disse alguma coisa errada?

Yujiro bufou.

- Quero um café preto sem açúcar, em uma caneca grande. 

- Sim senhor.

Inquieta ela abaixou a cabeça e quando foi se retirar, Yujiro a segurou pelo braço, fazendo Harlley se alarmar quanto agarrava o revolver no bolso do longo jaleco negro.

- Eu sou o “parceiro” dela.

Os olhos da garota de arregalaram e ela pediu desculpas milhares de vezes antes de se virar e ir para dentro. Harlley se acalmou e cruzou os braços.

- Hum, é o cabelo. - centrou fazendo o mesmo revirar os olhos - Então. O que quer de mim?

Yujiro relaxou o corpo e riu mentalmente.

- Bem, convenhamos que de certa forma você e eu compareceremos nesse baile, que a inteligente da sua mãe resolveu dar para comemorar meu retorno.

- Não a chame de minha mãe, ela deve achar que você só voltou porque sentiu falta dela. Você sabe como é a cabeça daquela mulher, paranóica.