O tão esperado favor

506 69 32
                                    

Boa leitura.

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nevermore

Narrador

A garota loira avançava cautelosamente entre as árvores altas da floresta, seus passos hesitantes ecoando pelos caminhos estreitos. Na última vez que estivera ali, mesmo que ainda sentindo medo pela escuridão da mata, não temia tanto quanto agora. Talvez fosse por antes estar acompanhada, ou só porque o jeito atrevido e confiante de (S/n) lhe trazia o mínimo de confiança que precisava.

Ela resmunga com insatisfação, incomodada com as plantas do solo que arranhavam suas pernas expostas pela saia, seus olhos buscando aquela saída no qual pouco lembrava a direção.

Não havia respondido as últimas mensagens de Yoko, como também havia recusado várias de suas ligações constantes. Não queria deixar a japonesa ainda mais preocupada, já que não tinha uma certeza concreta de que a encontraria. Enid decidiu por si só que tentaria a sorte, procuraria pela vampira naquele lugar insalubre e dono de recordações que não hesitava em dizer que eram de perder o fôlego.

Talvez tivesse sido uma má ideia deixar a amiga no escuro sobre o paradeiro da irmã, mas ela não poderia arriscar que (S/n) estivesse minimamente chateada com Yoko por não ter se intrometido, no que Enid achava até então, ter sido uma briga de pai e filha. Ela não tinha a real certeza se a garota seria capaz de culpar a irmã por algo que estava fora de seu controle, mas era de uma vampira que estávamos falando, um ser impecavelmente imprevisível.

Falando sobre essa raça, Enid sempre teve uma pata atrás com o senhor Tanaka, o via como alguém muito assustador, e o fato de ele ser um vampiro contribuía um pouco. Jurava que nunca havia o visto dar um sorriso sequer, sempre que comparecia ao sábados de visita tinha a mesma expressão de morte, e agora, constatou que não só sua aparência assustava, também era assustador por dentro.

Se nem mesmo Yoko conseguia ir contra o próprio pai, quem mais o faria?

Certamente a pessoa mais petulante, teimosa e com zero antipatia pela morte, essa que estava agora sendo procurada pela garota mais medrosa, sensível e mimada, em meio a uma floresta de origem duvidosa, enfrentando riscos inimagináveis.

Tudo bem, talvez ela estivesse exagerando com tais pensamentos, mas não podia dizer que estava segura.

Sinclair deixou de lado os pensamentos incessantes sobre todas as possibilidades de morte que poderiam ocorrer consigo mesma quando avistou algo familiar: um pedaço de tecido que reconheceu imediatamente como parte de seu próprio blazer, deixado e esquecido ali. Isso indicava que estava próximo do riacho, e sua intuição provou-se certa. Logo à frente, seus ouvidos foram acariciados pelo som suave da água.

GAC | Enid SinclairOnde histórias criam vida. Descubra agora