O Cavaleiro Das Almas

1 Capítulo: A lenda

7:30AM Monday
Outono

A cidade de Amystic sempre foi muito bem relatada pelos turistas. Afinal, era encantador ver uma pequena cidade em meio a um grande vale de montanhas congeladas. Os turistas relataram que quando se pisava naquelas terras, era como se estivesse voltando ao passado, era como se a cidade tivesse parado na idade média. Suas casas rústicas e estradas de terra ou paralelepípedo, davam um ar de antiguidade na região. Além de, é claro, a forma rústica que os principais cidadãos viviam.
Mas, como em todas as velhas cidades, há lendas e mistérios que rodeiam aquele pequeno vilarejo. Uma das principais lendas, era a do Cavaleiro das almas. Um ser maligno que vem ao mundo buscar almas desavisadas que vagam pela imensidão das ruas pela noite. Alguns turistas acabaram por acreditar nessa história, principalmente pelos relatos de desaparecimentos que aconteceram durante as madrugadas. Para mim, é uma grande baboseira.
Relatou o garoto de madeixas avermelhadas e olhos negros, como de costume acordando ao cantar do primeiro cacarejo. Apuh é um dos típicos jovens adultos, que gostam de desafiar a vida com um: "Só acredito vendo." Apuh iria continuar escrevendo em seu relatório quando foi interrompido por batidas em sua porta, o fazendo sair de foco.

Amélia:- Apuh, querido! Eu posso entrar? - Disse Amélia, colocando sua cabeça no fecho da porta

:- Claro, o que a senhora precisa? - Digo, colocando minha caneta em cima da mesa e me direcionando a porta

Amélia:- Bom dia meu netinho. - Disse se aproximando de apuh, o dando um abraço acolhedor e o beijando na Bochecha

:- Bom dia pra você tbm vó, aconteceu alguma coisa? - Pergunto me separando do abraço, sentindo o frio me acolher novamente

Amélia:- Na verdade, aconteceu sim. Acho que seu irmão e o Robert andaram usando minha farinha toda, estava querendo fazer uns biscoitos e não achei ela! Será que você não poderia ir na padaria buscar mais para essa velhinha aqui? - Falou colocando as mãos na cintura, ela sempre faz isso quando está com raiva

:- Claro que posso vó, só vou tomar um banho antes e já vou! - Digo me levantando de minha cadeira pronto para pegar uma roupa para sair

Amélia:- Obrigada meu neto, enquanto você se arruma vou aproveitar e preparar uma parte do café da manhã. Vai querer um cházinho de camomila? - Fala dando um sorriso simpático para o neto, enquanto colocava a mão na maçaneta

:- Você é a melhor vovó. - Falo dando um sorriso fraco, chá é uma boa opção no momento

Amélia então fecha a porta, deixando Apuh à vontade para se preparar para sair. Sendo assim, Apuh pega um macacão e uma blusa social branca, indo em direção ao banheiro.
Ao chegar ao banheiro, Apuh se olha no espelho, vendo sua situação catastrófica. Seus cabelos estavam embaraçados, seus olhos fundos, graças ao horário que foi dormir. Ele respira fundo, lavando seu rosto para despertar. Faz suas necessidades e se arruma para sair. Ao terminar, se direciona as escadas que levam ao térreo da casa, mas precisamente a sala de estar. Lá se encontrava seu avô juntamente de seu irmão mais novo, Pedrux. Os dois assistiam a um filme gravado, Apuh não recordava dele no momento. Ele solta uma risadinha, era sempre bom captar esses momentos de sua família.
Isso desperta a curiosidade de Pedrux, que olha em direção ao seu irmão mais velho. Curioso ao ver Apuh todo arrumado, pergunta.

Pedrux:- Vai aonde tão cedo velhote? - Fala ironizando

Apuh fecha a cara, solta um suspiro alto de indignação. Ele odiava o fato de ser chamado de velho pelo mais novo.