12° capítulo: Visita cordial

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Sunday
Winter/ 14:00 AM

Ao aceitar o persistente convite feito por mente, bem como o resto de seu amigos, não pode imaginar o enfadonho sentimento de desconforto que dominaria as primeiras horas na residência. A desagradável sensação de estar entre amigos sem intimidade apoderava-se de seu ser, dominando-o a partir do momento em que Dina abriu os braços para enlaçar o seu corpo carinhosamente, afirmando o quão estava feliz com a presença do ruivo. Sentia-se como um intruso e tal sentimento dissipou-se apenas quando mente ficou ao seu lado, sorrindo de maneira exageradamente cordial e até pretensiosa.

Após algumas conversas de rotinas, Dina os conduziu até o quarto onde ficariam, dizendo que poderiam começar a se acomodar e, caso quisessem, poderiam tomar um banho e colocarem uma roupa confortável. Os Amsterdam negaram a opção, ambos já haviam tomado um banho antes de virem para cá e optaram apenas por botarem roupas mais confortáveis.

Mente - Pena que a dina não deixou eu trazer meus bichinhos. - choramingava o de mechas alaranjadas, enquanto estava jogado na cama do ruivo. O mesmo esteve por perto desde o momento em que Pedro saiu do quarto, com a desculpa de garantir o conforto do ruivo.

- Você iria trazer aquele cachorrão, obviamente que ela não iria deixar. - argumentou o ruivo enquanto saia do banheiro já com sua roupa de dormir, julgando a forma que o amigo estava deitado na cama

Mente - Ele só é um pouco bagunceiro, mas é um amor. Eu tentei falar isso pra Dina, mas ela não me escutou. - resmungou, soltando um riso soprado pelos lábios.

Moveu a cabeça em negação com um sorriso contido no rosto, achando realmente engraçado o resmungar do amigo em relação a negação dos amigos em levar seus adorados bichinhos. Virou-se em direção a pequena cômoda de madeira maciça, onde colocou sua bolsa e seus pertences pessoais. Dobrou as calças que estavam em suas mãos, guardando-a logo em seguida e já aproveitando para verificar as notificações que haviam chegado em seu celular, todos de sua avó indagando como estava e se os amigos haviam o recebido bem. Respondeu-a rapidamente, afirmando que ajudaria Dina com o jantar e que não precisava se preocupar cordialmente.

Apuh ouviu o de cabelos longos levantar da cama, andando em passos cautelosos e em fração de segundos sente seu corpo próximo ao seu, se apoiando na cômoda.

Mente - Já tem ideia do que vai fazer de lanche para a gente? - trocou completamente de assunto, enquanto seus olhos brilhavam. Não conteve um sorriso acanhado.

- Não, não. Isso eu vou deixar pra discutir com a Dina. - Respondeu-o com um sorriso travesso. Mente ergueu uma das sobrancelhas, sugestivo.

Mente - Não tô entendendo, vai negar essa informação pro melhor amigo? - murmurou dramatizando, o que não durou muito tempo.

- Tô começando a entender do por que você quis tanto a minha presença aqui. - ironizou o ruivo após rir, já sabia do fato de seu amigo amar seus doces.


...

Jazia algum tempo desde o momento em que Dina os chamou para o andar de baixo, e como já se aproximava do horário habitual que o casal faz a última refeição do dia, Apuh aproveitou para oferecer sua ajuda nos preparativos da janta. Embora a ruiva tenha negado inúmeras vezes, acabou por aceitar de muito agrado e logo trajou-se com um avental repleto de flores em sua estampa.

Dina optou por fazermos um Coq au Vin como prato principal, juntamente com o gratin dauphinois e uma sopa de cebola, como acompanhamento, outras das várias iguarias francesas que a família inglesa está incrementando no cardápio; Ratatouille, batatas cozidas. Ainda que aparente ser um menu trabalhoso, trabalharam tudo com rapidez e envoltas em infindáveis assuntos, um mais espontâneo que o outro. Ao virás das 20h tudo já estava pronto e o dino já havia chegado do trabalho, sorrindo abertamente ao ver todos os amigos na mesa de refeição.

O Cavaleiro Das AlmasOnde histórias criam vida. Descubra agora