18° capítulo: De: Apuh P. Amsterdam. Para: LG

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                                                      [  …  ]

     “Não posso nem simplificar a sensação de escrever uma carta. Ainda mais com um destinatário que nem poderia vir até mim ou indagar de algo. Afinal, ele não é um ‘humano’. 

       Contudo, assumi todos os riscos no momento que escrevi a primeira carta e na realidade, estou determinado a continuar, embora ainda me assuste com os perigos que podem ser desencadeados. Queria dizer que não me importo, mas seria uma mentira. 

      Então, irei esperar por cada uma de suas respostas, cavaleiro, ao raiar do sol, enquanto colocarei as minhas no mesmo lugar quando a escuridão abraça a cidade de amystic dia após dia. 

      
      Certo..imagino que deveríamos começar com uma apresentação? 

      Sou Apuh Philips Amsterdam, mas ninguém me chama pelo segundo nome e frequentemente o esqueço. Tenho 23 anos de idade, muitos acham que sou até mais velho. Eu nasci e fui criado o em amystic, no condado de Brest, e cheguei a frequentar algumas cidades vizinhas ainda na França.      Estou no terceiro período da faculdade de direito, na universidade de West Sunrise College. Ao meu lado estão meus avós, Amélia e Robert Amsterdam, e meu irmãozinho, Pedro Amsterdam, os quais tenho como única família desde os primórdios de infância e pré-adolescência. Eles são tudo pra mim, na verdade. 

     Eu sou muito curioso, busco entender tudo que está à minha volta para resolver alguma pendência. Essa curiosidade foi responsável por me trazer até aqui o principal pilar para a escritura dessa carta. Esse mito me intrigou, fez-me duvidar de muitas coisas e acreditar em outras. Sua existência acabou por me acalmar de certa forma. Por sua causa percorri as entranhas dessa cidade atrás de uma informação, uma única que pudesse suprir minhas necessidades. 

     Às vezes penso que estou ficando louco e que você é apenas uma pessoa normal, que está se divertindo às minhas custas. Culpo a insanidade e tanto chá que ando bebendo. Às vezes acho que tô me iludindo ou me apegando a uma mentira. 

     Na verdade, escrever uma carta para você, é uma completa insanidade.

     Contudo, se assim for ditado pelo veredito, creio que estou enlouquecendo por vontade e desejo próprio, que estou sucumbindo a mim mesmo pela tal curiosidade. E pior de tudo, estou gostando desse sabor. 

     Escrevo essa carta com uma pequena luminária acima da escrivaninha, encoberto pela escuridão que paira pelo meu quarto às 00h21. Há uma dezena de rascunhos ao lado, e se essa está sendo lida por você, significa que a escolhi como a menos ruim. 

                                        Atenciosamente, Apuh P. Amsterdam.”


                                                 [ ... ]



Quantidade de palavras: 420
Capítulo curtinho pra anunciar minha volta na fanfic!

                              

O Cavaleiro Das AlmasOnde histórias criam vida. Descubra agora