O Cavaleiro Das Almas

2° Capítulo: Relato

10:24AM Monday Outono

Mente - Você acredita nesse cavaleiro, apuh? - indagou mente, sentado na calçada da casa rústica

- Eu não sei, a maioria das lendas são feitas para servir como um ensinamento para os mais jovens. - Falou apuh enquanto se escorava no pilar próximo, no qual preferiu conversar longe dos ouvidos intrometidos de Amélia Amsterdam - Ademais, qualquer um pode andar em um cavalo pela madrugada para causar medo alheio.

Mente - Eu confesso que tive um grande desconforto por dias quando cheguei em Amystic e ouvi essa lenda pela senhora Dewbory. - Disse o jovem com um tom risonho, como se estivesse revivendo o acontecimento passado

- Ela adora ser sempre a primeira a apresentar essa história para os novos moradores, por mais que exagere um "pouco" as vezes - Falo enquanto solto uma risada frouxa

Mente - Era pra você ter me contato, iria ser bem melhor do que minha vizinha me colocando medo a cada encontro que tivéssemos. - indagou enquanto choramingava, ele com certeza não fala mais com a senhora dewbory

- Eu seria mil vezes pior com você, mentinha - Rimos em conjunto, afinal, a senhora tinha a fama de ser bastante exagerada pelo vilarejo

Mente - Eu tenho certeza que não seria que nem a senhora dewbory. - Falou ficando ao meu lado, cruzando os braços - Você provavelmente me cobraria para contar o mito

- Como é seu camundongo? - Indagou apuh, enquanto colocava ambas as mãos na cintura, um ato que puxou de sua avó quando ficava aborrecido.

Mente - Eu não falei nada Apuhzeetos, tô quietinho. - Falou enquanto ria alto

Ao se conhecerem, mente e Apuh não se deram muito bem. Eles acabaram tendo algumas discussões por culpa de opiniões diferentes. Mas, ao decorrer do tempo eles formaram uma amizade agradável. Mente era um jovem admirável, frequentemente era elogiado pelos mais velhos por sua gentileza e generosidade. Sua aparência também não ficava por fora, suas longas madeixas alaranjadas com alguns fios dourados sempre chamam a atenção dos arredores. Havia um silêncio agradável entre ambos, presos em seus próprios pensamentos.

- Aliás, pq veio me procurar? - Perguntou enquanto jogava sua franja para trás

Mente - É que meu celular deu pani, e eu pensei em te fazer o convite pessoalmente. - falou sorridente se virando em direção ao ruivo, enquanto o mesmo olhava com dúvida um amigo a frente

- Convite? Que convite?

Mente - É que os dinos vão completar 2 anos de patrimônio na sexta, e eles pediram para o convidar. Sem pressão, sei que você não tem muita intimidade com eles... - Falou baixo, enquanto colocava a trança para frente

- Eu aceito, mente. - Falou enquanto ria baixo, achava graça do estado em que seu amigo estava - Acho melhor mandar seu telefone ao concerto rapidamente, vai precisar.

Mente - Claro, claro... - Falou soltando um suspiro baixo, sabe o que o aguarda ao ter ficado com a parte dos convidados - Sexta às 20:00 eu passo aqui pra te buscar, beleza?

- Sexta, 20:00 horas, festa dos dinos. Eu vou lembrar. - Falou enquanto soltava um riso, criava uma nova nota mental para se lembrar - Anotado e memorizado.

Mente - Beleza, a gente se vê por aí. - Falou enquanto se distanciava da parede

- A gente se vê. - Falou enquanto sorria fracamente