O Cavaleiro Das Almas

4° Capítulo: O Trotar

                                                      17:00 PM Tuesday
                                                                            Outono 

       Ao passar dos minutos, a curiosidade relacionado ao ocorrido com Foka Ludwig crescia dentro do par de olhos ébanos de Apuh, e quando Mente o ligou para o contar, perdeu totalmente o apetite. 

— Mente, não fuja do assunto novamente, conte-me o que sabe. — Irritou-se o ruivo, sentado em sua escrivaninha, já estava cansado de ouvir sobre o mais novo gato do amigo 

Mente — Paciência menino puh. — falou do outro lado da linha, acariciando o seu mais novo filho — Hoje pela manhã o senhor Hans me pediu ajuda com algumas sacolas e após começou a me contar da época de ouro de nossa cidade. — foi possível ouvir um riso frouxo do outro lado da linha — O senhor Hans com certeza deve sentir saudades da Alta temporada de plantações ao outono. 

— Com certeza. Por favor, foco. — Apuh fez mais uma petição 

Mente — tá tá. — Suspirou frustrado — Ouvir o senhor Hans falando sobre a plantação de abóboras acabou me dando coragem para perguntar sobre o falatório desta manhã, e o este senhor tinha mais informações do que qualquer outro. 

— Eu imagino. O que ele contou? — O ruivo, ansioso, não aguentava mais tanto suspense. Por alguns minutos o silêncio se fez presente, podendo só se ouvir a respiração de ambos os jovens pela linha telefônica, como se estivesse pensando se deveria mesmo contar ao outro o que sabia. 

Mente — Ao que me parece, o Ludwig havia conseguido uma entrevista na Universidade de West Dusk para semana que vem. Creio que por alguma bolsa de estudo, por um olheiro, ou algo assim. — deu uma pausa — lembra que recentemente houve um homicídio próximo ao rio East? Até ao momento ninguém sabia quem foi o causador de tal delito. Mas parece que um dos que fugiram de tal atentado foi o próprio Foka. 

— Foka se envolveu em um homicídio?! — Interrogou o ruivo. Nunca imaginou que seu amigo poderia estar relacionado a isso, não poderia ser. 

Mente — Pior. Hoje pela manhã levaram ele à delegacia, alegando que teria sido o mesmo o responsável por sujar as mãos de sangue inocente por uma boa quantia de notas. — Por um minuto o celular do ruivo desequilibrou-se da mão do mesmo, caindo por cima da mesa. O mesmo estava chocado com a informação que lhe foi digerida. 

     Foka era um jovem honesto, sempre se concentrava no trabalho por mais que sempre reclame. Por mais que às vezes poderia ter métodos meio sujos de conseguir mais dinheiro, Apuh não achava nada demais, até pq o mesmo era pior. Todavia, ele nunca se mostrou alguém que iria tão longe por dinheiro. 

      O mesmo já tinha trabalhado com Foka, o mesmo já alegou diversas vezes que isso era um ato desumano, céus. 

Mente — apuuuhhh!! — Ao outro lado da linha Mente gritava para chamar a atenção do amigo ruivo 

— Céus. Agora entendo por que tamanho falatório esta manhã. — Suspirou o ruivo, com um vazio em mente. Ao outro lado da linha o de mechas alaranjadas se encontrava preocupado com o amigo. 

Mente — O senhor Hans alegou que Ludwig não quis assumir o crime, por isso tanto falatório. — Comentou mente, no qual só teve um assentimento como resposta. 

— Eu sinto muito Mente. Eu..eu vou desligar ao momento. — Não deixou seu amigo despedir-se, desligando. 

        O ruivo aproximou-se da janela, observando a movimentação que as árvores próximas a sua casa faziam. Não conseguia acreditar no que havia acabado de escutar.