A week later, Sunday
Winter/ 14:00 AMQuando mais novo, nos tempos dourados em que a arquitetura despertava o interesse de Apuh, sempre ansiou por adentrar em uma residência com estilo rústico e deslumbrar-se com as belezas incontestáveis do “antiquado”. E mesmo ultrapassando os vinte anos de idade, tamanho encanto por artigos decorativos clássicos se mantém vivíssimo no ruivo, fazendo com que seus olhos percorreram cada centímetro da residência Fourmay, extasiados de admiração.
A casa era feita, em sua maioria, de madeira maciça e em muito bom estado, contrariando todas as repreensões em usar este material para estruturas residências. O teto alto conferia-lhe um ar de chalé, enquanto a disposição dos cômodos remetia a uma moradia modernizada, a levar pela cozinha em estilo americano e esbanjando demasiados eletrodomésticos atuais. Uma mesa para refeições fazia a separação de cozinha para a sala de estar, contendo o total de 5 cadeiras e a ausência de uma logo se fez presente graças ao ruivo. Acima do móvel podia-se notar um arranjo de pinhas, semelhante ao que sua avó continha e acarretou um sorriso do ruivo ao notar tal fator. Alguns armários de madeira ficavam espalhados pelo lugar, guardando conjuntos de porcelana, vidraçarias e diversos porta-retratos da família Fourmay. Mais clássico, impossível.
A sala de estar, onde a senhora pediu que a esperasse, não possuía muitos móveis além do que se considera necessário. Um sofá de três acentos de camurça amarronzados, uma cadeira de estofado colorido de um lado e duas poltronas de couro no outro, ambas cobertas por mantas amarelas. Ao centro havia uma pequena mesa, contendo algumas revistas e porta-copos coloridos. De frente ao sofá que o ruivo se encontrava uma lareira de modelo tradicional esbanjando manchas de galhos queimados, evidenciando o quanto já foi usado em períodos frios.
A casa da Sra. Fourmay transmitia muito conforto aos convidados, mesmo que o silêncio perpetuado demonstrasse que a senhora estava sozinha e, consequentemente, deve gostar muito de manter as visitas por um bom tempo dentro de sua agradável moradia.
Desire — Esses biscoitos são os mais demorados para assar. — A voz amena da idosa despertou o ruivo de seu devaneio e logo ver a idosa caminhar até a sala, segurando uma bandeja com dois copos e um prato de biscoitos. — Mas ficaram prontos a tempo.
— Não precisa se incomodar, Sra. Fourmay. — Disse educadamente, enquanto observava a senhora repousar a bandeja sobre a mesa
Desire — Não há incômodo algum, jovem. Para uma velha que somente tem a companhia de seu neto, é um imenso prazer agradar as visitas. — respondeu, esboçando um sorriso meigo enquanto ocupava a cadeira do estofado. Ao finalmente encontrar a Sra. Fourmay reconheceu-a como a doce senhora da doceria, no qual surpreendeu-se ao saber ser ela a tal senhora que tinha informações sobre o cavaleiro.
— então não vamos desperdiçar nada. — soltou um riso, sendo acompanhado pela francesa. Tomou um dos copos em mãos, deliciando-se com o doce sabor de amora, em seguida pegou um dos biscoitos com gotas de chocolate. Sra. Fourmay acompanhou o ruivo no processo. — Então a senhora mora sozinha?
Desire — Quase isso. Meu marido foi levado por uma pneumonia há mais de três anos. Meu menino decidiu se mudar para Paris, e minha garota construiu uma vida em Rio de Janeiro, Brasil. — Falou ela, degustando um dos biscoitos. — Meu neto veio passar as férias de sua escola aqui em Amystic, me ajudando no comércio.
Apuh não deixou passar despercebido o sorriso que a Sra. Fourmay esboçava ao falar da família, como se o fato de morarem longe não a entristece, e sim a orgulhasse. O ruivo bebericou mais um pouco do suco. O gosto de amora é muito predominante, uma verdadeira delícia.
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O Cavaleiro Das Almas
FantasyGostaria de informar primeiramente, isso é uma fanfic dos personagens, não dos criadores. Se em algum momento algum dos criadores se sentirem desconfortáveis com essa história, eu estarei apagando e dando um fim a isso. Essa fanfic tbm contém go...