5° Capítulo: Foka Ludwig

171 37 30
                                    

                                               03:50 AM Wednesday 
                                                                           Outono

        Após tamanha situação aterrorizante os demais residentes daquela moradia desceram assustados com tamanho barulho. Ao chegarem no térreo da casa poderiam ver Foka Ludwig aos prantos enquanto era consolado pelo ruivo, que tremia assustado. Os patriarcas tentavam acalmar os mais jovens, enquanto o mais novo dos Amsterdam foi pegar um copo de água para ambos os rapazes.  Explicar que o jovem se levantou no meio da noite, escutou os gritos exuberantes de Foka Ludwig em conjunto com o trotar amedrontador do cavalo, destrancou a porta e correu desesperadamente pelas ruas a frente de sua casa, negligênciando os perigos da noite, não foi uma tarefa fácil, mas o ruivo tentou explicar da melhor maneira possível. 

      O ruivo e Foka se encontravam na cozinha, enquanto encaravam um ao outro, enquanto Amélia preparava um chá para ambos. 

Foka — cara, isso foi foda. — Falou Foka, os olhos ébanos tão escuros quanto ao céu da noite encarava as próprias mãos a cima da mesa. Ele ainda se encontrava em choque, seu rosto ainda estava avermelhado e inchado por ter chorado recentemente. O seu rosto deixava claro o quando o rapaz estava assustado, o que não era pra menos depois de ter visto um mito que provavelmente considerava inexistente. 

Suas palavras faço minhas. Mas o que realmente importa é a sua segurança. — Respondeu sem ânimo, por mais que mostrasse sinceridade 

Foka — Como você está? — Indagou, por fim centralizando seu olhar ao ruivo. Este que soltou os ar que prendia em seus pulmões. 

Me considero estável. Um pouco ansioso, mas estou melhor do que a alguns minutos atrás. — desencostou-se da cadeira, apoiando seus ombros na mesa, o estado que Ludwig se encontrava não era o dos melhores, e qualquer pessoa que visse notaria o mesmo. — Você que ainda parece meio Exaltado. 

Foka — Oh.. É que..que eu.. — Foka começou a se embolar com as próprias palavras — Eu não pensei que alguém iria me ajudar… 

          Seus olhos encheram-se de lágrimas, o ruivo escolheu-se na cadeira, ficando cabisbaixo. Bem como imaginado pelo ruivo, o olhar de Foka não indicava que estava horrorizada pelo o que acabou de os ocorrer, e sim o choque por alguém ter o ajudado, eventualmente deveria o estar julgando pela acusação de homicídio. Isso se fez presente no momento em que Ludwig não encarava os outros residentes da casa, aparentemente envergonhado ou com medo de julgamentos. A surpresa do albino não foi por ter sido quase levado pelo Cavaleiro das Almas, e sim por ter recebido ajuda. 

          Apuh observou novamente o estado de Foka, era um jovem deverás admirável.     Seu porte físico era grande, deveria ser pelos mais de 5 empregos que teve durante a adolescência. Ludwig continha a condição do Albinismo, o que não o deixava menos atraente. Seus cabelos esbranquiçados caiam sobre seus olhos ébanos,que escorria lágrimas sem fim. Tudo naquele jovem era digno de atenção, contudo, Foka estava derrotado fisicamente e psicologicamente. 

Foka. Como você se permitiu ficar neste estado? Andando pelas ruas como um desesperado e chorando feito uma criancinha que perdeu o doce? — Indagou apuh, ansiando por uma resposta. Este garoto é meio impulsivo as vezes. 

Foka — Você sabe o que aconteceu Apuh…

Sim eu sei, mas isso não segnifica que você deve ficar bebendo descontroladamente e gritando pela rua, você viu o perigo que corremos! Imagina se não tivesse alguém por perto? — Argumentou apuh, recebendo um olhar choroso em sua direção

O Cavaleiro Das AlmasOnde histórias criam vida. Descubra agora