Capítulo 13_ Inferno particular nosso

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NOTAS DO AUTOR (NÃO PULA ESSA PORRA CARALHO!!!)

Oi oi oiii

Mais um capítulo aqui pra compensar meu sumiço de tempos.

Esse capítulo é de certa forma meio curto, mas o mais pesado que eu já escrevi agora, então cuidado queridos

Enfim, leiam se tiverem estômago.

Bjs
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Dias se passaram até a que a busca por Luciano se desse como encerrada, e ele fosse dado como morto. Martín se sentia desesperado, como Luciano poderia ter sumido de tal forma? Não havia acontecido nada suspeito ao seu ver, ninguém poderia machucá-lo sem ser visto, ele mal saía do castelo!

...certo?

Várias dúvidas pairavam sobre a mente do loiro argentino. " Será que ele me abandonou?", "Ele se cansou de mim e fugiu?", " Será que ele está realmente morto?", " Será que ele está machucado em algum lugar, desacordado?".

E muito mais.

Todas as noites o loiro sonhava repetidamente com o moreno lhe pedindo socorro, lhe dizendo que estava em perigo, chorando.

Chorando.

Luciano não chorava sem motivos, e cada noite que se passava aqueles sonhos se tornavam cada vez mais realistas, trazendo ainda mais tormento para Martín.

E no meio disso tudo ainda tinha seu pai.

– Oh, por favor Martín Hernández! Você não pode parar toda a sua vida e rotina por um reles serviçal que sumiu!– Martín esmurrou a mesa a sua frente, calando seu pai, que não parava de falar sobre um casamento nem por um segundo sequer, Martín estava farto daquele assunto rebatendo várias e várias vezes em seus ouvidos.

– Ele não era um reles serviçal! Era o amor da minha vida! E eu não vou descansar enquanto não encontrá-lo! Nem que seja apenas o corpo para que eu enterre...– A fala do loiro foi perdendo a força, só de imaginar que seu amado poderia estar morto, isso fazia com que o argentino sentisse vontade de desistir de tudo.

( Enquanto isso...)

Luciano acordava percebendo que não estava alucinando no dia anterior, realmente havia sido sequestrado, mas ainda não sabia por quem.

A porta do celeiro se abriu e logo se fechou, dando a Luciano a imagem de alguém que lhe trouxe calafrios.

– Ícaro? Porque me sequestrou? Ficou louco de vez?– O moreno indagava incrédulo, Ícaro nunca o sequestraria! Ele não teria tanta inteligência assim, algo muito estranho estava acomtecendo. O dito cujo se abaixou, ficando cara a cara com Luciano, sorriu e deu dois tapinhas em sua bochecha.

– Eu estou apenas cumprindo ordens, Luci.– O estômago do moreno se revirou, ele só aceitava ser chamado daquela forma por Martín, então ouvir da boca de seu ex- cunhado um apelido que o irmão do mesmo havia lhe dado era nojento. – Você se lembra de quando você era um trabalhador da fazenda?– Luciano arqueou uma sobrancelha. Trabalhador?

– Com trabalhador, você quer dizer escravo certo?– Ícaro deu de ombros.

– Trabalhador, escravo... É tudo a mesma coisa.– O outro se mostrou indiferente. – Mas enfim. Eu recebi ordens para que eu te maltratasse bem, te deixasse em uma situação deplorável, mas ainda vivo. E é isso que eu vou fazer.–

Depois disso, Luciano passou dias sendo torturado de várias formas possíveis. Chicotes acoitavam suas costas e peito a toda e qualquer resposta jocosa que dava, pedaços de madeira lhe atacavam lhe dando hematomas quando Ícaro se sentia ofendido ou irritado com sua presença, ficava dias sem comer caso tentasse fugir, sem contar outros castigos como ficar sem suas roupas por dias em um local cheio de animais que poderia lhe causar doenças e outros mais.

Mas nada se comparou ao que ocorreu naquele dia.

Luciano já tinhs um plano traçado. Esperaria anoitecer, fugiria até uma floresta próxima, se esconderia em alguma árvore e depois iria embora. Talvez não fosse o plano mais elaborado de todos, mas era o que tinha em mente, pensando em como a fome parecia consumir seu cérebro.

Então foi feito, assim que anoitecera, esperou para que tudo parecesse o mais calmo possível e tentou fugir, mas em menos de dez metros correndo, se deu de cara com o capataz de Ícaro, este que sério (como sempre estava), lhe agarrou e levou novamente para o celeiro, dessa vez o amarrando lá.

Ícaro logo chegou lhe encarando irritadiço

– Qual a parte de "toda a fazenda esta sendo vigiada para que você não fuja" você não entendeu?– Questionou o mesmo recebendo um dar de ombros de Luciano.

– Não custava tentar. Eu estava com fome, queria comer algo.– Mentiu descaradamente, ouvindo uma risada de Ícaro, que estalou os dedos para chamar a atenção de seu capataz.

– Júlio, pegue algumas frutas e pão, este imbecil não pode morrer de fome.– Com o pedido feio, logo as frutas e dois pães estavam próximos a Luciano, que foi solto as mãos para que pudesse se alimentar.

Quando satisfeito, o moreno voltou a ser amarrado, dessa vez pendurado por uma corrente de ferro.

– Sabe Luciano... Eu pensei que você iria ser mais compreensível...– Os olhos cor de chocolate procuraram pelo dono da voz (Ícaro) encontrando o dito cujo próximo a um braseiro, aonde haviam algumas barras de ferro quentes.– Mas parece que eu vou ter que te ensinar de formas mais dolorosas...– A espinha do moreno gelou quando visualizou o homem vindo até si com um ferro quente em mãos.

– Não! Por favor Ícaro! Não faça isso... Eu imploro Ícaro! Eu juro que não fujo mais!!– O desespero começou a tomar conta do moreno pendurado, mas fora segurado pelo maldito capataz de Ícaro logo semdo marcado com aquele ferro de forma dolorosa em sua pele. – ARGH!!– Gritou de dor, sentindo lágrimas descerem por seu rosto. Aquilo ardia como o inferno, queimava e doía. E o pior de tudo, era eterna e em um lugar aonde o moreno sempre a veria, no peito.

Logo após isso foi dependurado da corrente de ferro, mas ainda permanecendo amarrado.

– Chame os outros homens e se divirta com ele Júlio. Deixem ele destruído.– Pela primeira vez desde que chegara ali, Luciano viu um sorriso no rosto do tal Júlio. Um sorriso medonho e demoníaco. E logo ele saiu, mas voltou, e quando voltou, não voltou sozinho. Mas sim acompanhado de mais dez homens.

– Vamos brincar um pouco com ele rapazes.– Júlio informou deixando Luciano amedrontado. Eles não fariam o que ele pensava que eles fariam não é?

Mas seu desespero aumentou quando suas roupas começaram a ser retiradas (rasgadas) por todas aquelas mãos. Aquele era seu fim.

...

Martín acordou assustado. Havia tido um pesadelo horrível com Luciano, aonde ele era molestado por vários homens. E o loiro podia apenas observar, apenas podia sofrer vendo seu amado lhe implorar por ajuda enquanto aqueles homens sem rosto faziam o que queriam com ele.

Lágrimas rolavam pelo rosto bonito do argentino enquanto seu desespero se aumentava cada vez mais. Seu peito doía de forma quase insuportável, o medo de não encontrar Luciano dilacerava seu peito e corroía sua alma.

Eles estavam tão bem há dias atrás! Agora estão passando por essa situação terrível.

– Aonde você está meu amor?– Martín questionou retóricamente, sabendo que provavelmente não receberia nenhuma informação mágica sobre seu amor.

Para piorar ainda mais a vida de Martín, seu pai ainda lhe cobrava o casamento com Francis. – Meu filho, está quase tudo pronto! Em três dias acontecerá o matrimônio!– Comentou o homem orgulhoso

– Hum...– Martín já não tinha mais forças, ele não tinha mais ânimo para enfrentar seu pai, então apenas concordava com tudo que o homem lhe falava.

– Marcaremos para o sábado, assim, grande parte de nossos aliados poderão estar presentes.– Martín apenas concordou alheio ao que acontecia ao redor.

Nada poderia piorar em sua concepção.

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NOTAS DO AUTOR

Será que não pode piorar??? Veremos.

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