Capítulo 41

1K 100 49
                                    

Dois meses depois...

Mendes

Chloe: Estou sentindo muita dor nas costas. - franziu a testa e se sentou no sofá

Tirei a atenção do celular e olhei para ela por alguns segundos, voltei a atenção para o celular.

Estava em pé ao lado da porta, respondendo uma mensagem da minha mãe.

Chloe: Raul. - gritou - Me da atenção! - cruzou os braços igual criança

Mendes: Fala, Chloe. - respirei fundo - O que tu quer?

Chloe: Eu acabei de falar que estou morrendo de dor nas costas e tu não vai fazer nada? - continuou gritando

Mendes: Tu quer que eu faça o que, maluca? - guardei o celular no bolso

Chloe: Faz uma massagem? - fez bico e eu neguei - Poxa, tô carregando o seu filho!

Mendes: Tem profissionais para isso, Chloe. - abri a porta - Marca um dia de spa e eu pago. - sai de casa

Chloe já era insuportável antes, agora está impossível ficar cinco minutos ao lado dela.

Quanto mais tempo ela passa aqui, mas rápido eu quero que essa criança venha logo.

Subi na minha moto que estava estacionada em frente de casa e dei partida.

Dei um rolé no morro para ver se estava tudo no jeito.

Estacionei a moto em frente a boca, meu celular vibrou, peguei ele do bolso antes de descer da moto e vi pela barra de notícias que a Mel me mandou mensagem.

Desbloqueei e entrei na conversa.

"Oi, preto"
"Estou aqui pela CDD hoje, vamos se ver mais tarde?"
"Eu não ia te falar nada, mas eu quero o melhor para as suas irmãs, assim como quero pra tu"
"Acabei de ver a Clara entrando na casa do J2, tu sabe quem ela foi encontrar né?"
"Ele é agressivo, Raul. Não deixa ela se envolver com ele"

Não respondi nada, bloqueei o celular e guardei no bolso.

Liguei a moto de novo e dei partida, sentido a casa do J2.

Não acredito que essa filha da pura tá se envolvendo com aquele cheirinho!

Eu vou matar os dois!

Parei a moto em frente a casa do J2, desci e bati na porta.

Th abriu e se assustou com a minha presença.

Mendes: Manda a Clara descer. - falei sério

Th: Clara? Ela não está por aqui não. - saiu para fora e fechou a porta - Deve tá com as amigas dela por aí.

Mendes: Th, papo reto? Tu sabe que eu não pra brincadeira né? - ele desviou o olhar e assentiu de leve - Manda ela descer e manda o arrombado do teu irmão descer também!

Ele entrou na casa, fui até a moto e me encostei nela.

Em dois minutos a Clara estava saindo da casa deles.

Mendes: Tu acha bonito né? - cruzei os braços

Clara: O que tu quer? - cruzou os braços também e começou a bater o pé - Tu não é o meu pai, eu já falei!

Mendes: Com tu eu falo em casa! Cadê o arrombado do Neguinho? - ela não respondeu nada - Manda esse arrombado aparecer!

Clara: Eu não vou mandar nada! - gritou - Vai embora!

Mendes: Tu não vai ficar, Clara! - me aproximei dela - Esse cara não é futuro!

Clara: Eu que tenho que decidir isso, Raul. - me olhou com os olhos marejados - Vai embora, por favor. - respirou fundo - Eu não quero confusão.

Mendes: Se tu for embora comigo numa boa, eu não vou arrumar confusão nenhuma. - ela negou e olhou para o outro lado, segurei o queixo dela e fiz a mesma me olhar - Vamos embora, Clara.

Clara: Eu não vou embora, me deixa em paz. - tirou a minha mão do rosto

Mendes: Eae seu arrombado, frouxo do caralho. - gritei - Aparece aqui, filha da puta!

Clara: Para, Raul! - gritou e tentou tampar a minha boca

Mendes: Tira a mão de mim. - me afastei dela - Aparece aí seu pau no cu!

Clara: Raul, vai embora! - gritou se aproximando e eu me afastei mais

Mendes: Eu vou matar esse pela saco! - gritei

Neguinho: Vai matar quem? - apareceu na porta - Manda o papo reto, Mendes.

Clara: Para gente, por favor! - começou a chorar - Não precisa disso!

Mendes: Tá querendo o quê com a minha irmã, seu arrombado? - me aproximei dele

Neguinho: Eu não quero nada com essa louca não, ela que fica no meu pé. - bateu de frente comigo

Mendes: Ela fica atrás de tu? - ele assentiu - Porque tu não mandou o papo reto pra mim?

Neguinho: Não tenho tempo pra ficar fazendo fofoquinha não parceiro. - Clara entrou no meio e afastou nós dois - Eu não tenho culpa que ela gostou do meu mel e fica atrás. - gargalhou e eu fui pra cima dele

Dei um soco de direita, na boca dele.

Clara: Para! - gritou e me puxou pela camisa - Para com isso, Raul! - rasgou a minha camisa e arranhou as minhas costas

Empurrei ela com força e a mesma caiu de bunda no chão.

Neguinho: Isso não vai ficar assim! - falou apontando o dedo na minha direção - Tu vai se foder!

Mendes: Atividade, Neguinho. Se eu pegar tu de bobeira, tu vai virar saudade. - ele colocou a mão na boca e entrou na casa

Puxei a Clara pelo braço e coloquei a mesma de pé.

Mendes: Se eu te pegar atrás dele mais uma vez, eu vou raspar o teu cabelo todinho! - chacoalhei ela - Tá me ouvindo?

Clara: Me solta! - bateu no meu braço - Eu já disse que tu não é meu pai! - tentou se soltar

Mendes: Não sou teu pai, mas sou teu irmão mais velho, me respeita! - apontei o dedo na cara dela - E outra, se o pai ficar sabendo, tu sabe que vai ser bem pior.

Ela ficou quieta, apenas com as lágrimas escorrendo pelo rosto.

Soltei ela, subi na moto, fiz sinal com a cabeça e ela subiu.

Liguei a moto e dei partida.
Estacionei de frente a casa da minha mãe.

Mendes: Engole esse choro e limpa o rosto! - ela desceu da moto - Não quero tu com aquele filha da puta. - ela assentiu limpando as lágrimas - Tu viu que ele te tratou igual uma qualquer né? - ela não respondeu - Tu ouviu o que ele disse né, Clara?

Clara: Ouvi. - disse com a voz falha

Mendes: Se ele gostasse de tu, teria me enfrentado ou até mesmo enfrentado o Perigo. Agora abre o teu olho, porque ele não te merece. - ela assentiu mordendo o lábio

Puxei ela para um abraço, a mesma negou, mas abracei ela a força.

Mendes: Eu te amo, cara. - falei baixinho - Quero o teu bem e tu sabe que ele não vai te fazer bem. - ela me abraçou forte e voltou a chorar

Clara: Desculpa...- falou soluçando

Mendes: Só fica longe de problema, porque se não vou ter que matar um. - ela saiu do abraço com um sorriso fraco -  Entra e já vai direto para o seu quarto.

Ela assentiu, limpou o rosto mais uma vez e entrou em casa.

Peguei meu celular e mandei mensagem para a Mel.

"Oi, minha princesa"
"Obrigada por me avisar, já resolvi esse kâo"
"Vamos se ver mais tarde sim"
"Tu sabe que eu não vou deixar tu ir embora hoje né"

Guardei o celular novamente no bolso e subi na moto.

Herdeiros do comandoOnde histórias criam vida. Descubra agora