❤️‍🔥 Não vá embora ❤️‍🔥

20 2 0
                                        

Estava me arrumando para sair com o Bruno e meus amigos Sarah e Miguel. Era a primeira vez que saíamos todos juntos depois que comecei a namorar. Sim, decidimos dar nome ao que sentíamos e, pra falar a verdade, não haveria outro nome pois não conseguíamos mais ficar um sem o outro.

Eu tinha medo ainda de como as coisas estavam indo tão intensamente mas decidi não permitir que o meu cérebro traumatizado me impedisse de tentar ser feliz. Estava me olhando no espelho, satisfeita por estar recuperando a minha autoestima quando ouvi a campainha tocar. Quase perdi o fôlego ao ver o quanto ele estava lindo ali na porta segurando um buquê de flores lindas. Ele também me olhou da cabeça aos pés e suspirou.

- Tão linda...

- Você também tá lindo! Entra!

Ele me entregou as flores e eu as coloquei sobre a mesa para ir buscar um jarrinho para colocá-las antes de sairmos. Mas não houve tempo. Quando me virei, Bruno me puxou pela cintura para um beijo longo e urgente.

- Desse jeito você vai me fazer querer cancelar com a Sarah e o Miguel. - disse tentando recuperar o fôlego e com as pernas trêmulas.

- Seria uma excelente ideia... - disse ele com aquele sorriso que destruía minhas defesas.

- É, eu sei mas não seria legal com eles. A Sarah falou disso a semana inteira no meu ouvido. - ele fez aquela cara de conformado e eu fui retocar o meu batom enquanto ele brincava com o Pitico.

Encontramos os dois em um pub muito estiloso por sinal. Adorei a iluminação aconchegante e não estava lotado. Eu já disse que tenho pânico de lugares lotados? Pois é, tenho. Os cumprimentamos e sentamos. A minha amiga estava linda em um vestido verde. Pra mim era a cor que melhor combinava com os cabelos ruivos dela. Pedi um suco e Bruno uma cerveja sem álcool, pois estava dirigindo.

Conversamos sobre tudo e demos boas risadas também. Vi um rapaz se aproximando da nossa mesa acenando para o Bruno. Os dois se cumprimentaram como velhos amigos e então ele nos cumprimentou também. O Bruno então segurou minha mão me fazendo levantar também.

- Sophia, deixa eu te apresentar. Este é o Diego um amigo de muitos anos. Diego, esta é Sophia, minha namorada. - acho que havia ficado um pouco vermelha, pois senti minhas bochechas esquentarem.

- Ah, olha só! Que bom saber que resolveu se dar uma chance, meu amigo. Muito prazer, Sophia!

- Muito prazer, Diego!

- Senta conosco? - convidou o meu namorado. Ele sorriu e olhou pra mesa do canto onde haviam outras pessoas.

- Agradeço mas o pessoal do escritório tá me esperando ali. Mas fico feliz demais em ver que você tá tão bem acompanhado. Sabe o quanto eu torço por você, né?

- Obrigado, tô feliz de verdade!

- Que bom, Bruno! Dê lembranças pra Dona Mariana e pra Mimi também. Qualquer hora dessas apareço por lá.

- Maravilha! Passa lá no café também pra jogarmos conversa fora.

- Pode deixar. Beijos e juízo pra vocês dois. Tchau! - disse se voltando pra Sarah e Miguel que acenaram de volta.

- Então tá feliz de verdade? - perguntei quando nos sentamos novamente e ele me olhou de forma carinhosa pegando no meu queixo e acariciando.

- Como nunca estive antes, meu amor!

Demos um selinho demorado e terminamos de curtir a noite com nossos amigos.

Ao chegarmos em casa, ficou um clima um pouco tenso dentro do carro quando paramos em frente ao prédio. Eu sabia que no fundo ninguém ali gostaria que aquela noite acabasse mas eu não tinha coragem de dar esse passo. Bruno cortou o silêncio pegando no meu rosto e aproximando do dele.

- Eu não quero ir embora hoje. Não consigo sem te ouvir me mandar ir...

- Bruno... - então ele me beijou de jeito que meu cérebro parou de responder. Quando ele me soltou eu mal conseguia formular uma frase decente.

- Você não precisa ir se não quiser.

Foi o suficiente para que ele entendesse o que eu também queria muito. Subimos em silêncio e quando entramos ele me olhou meio confuso sem saber se ia até mim ou não. Eu não esperei, andei rápido em sua direção e o beijei de uma forma que demonstrasse o quanto eu queria ele. A resposta dele não foi menos do que eu esperava. Ele me pegou no colo e cortou o beijo apenas para me olhar e perguntar se eu tinha certeza. Eu disse que sim apenas com a cabeça e então ele seguiu pro meu quarto, me colocando com cuidado na cama. Tudo nele era um mix de cuidado e desejo, o que me deixava louca. O cheiro dele ficando na minha pele, na minha cama, a sensação dos beijos dele no meu corpo inteiro, o olhar dele fixado nos meus olhos enquanto ele me amava de um jeito que eu não conhecia.

Por um momento eu tive medo enquanto ele tirava o meu sutiã, por causa das cicatrizes da cirurgia. Não era nada assustador mas eu era insegura. Mesmo a cirurgia reconstrutiva da mama ter sido um sucesso, ainda tinha deixado a cicatriz pra me lembrar que eu havia vencido algo terrível. Mas ele sentiu a minha insegurança e acariciou a cicatriz dizendo que eu era linda e não precisava ter medo. Então eu me acalmei. O meu coração estava acelerado enquanto ele me olhava e acariciava o meu rosto após terminarmos.

- Acho que eu tô preso aqui pra sempre. - rimos e ele me deu um selinho demorado.

- Não vou achar ruim ter você aqui pra sempre.

- Ah, é?

- Claro, ter uma pessoa que cozinha tão bem morando comigo seria um sonho. - ele fez uma cara de ofendido e depois começou a me fazer cosquinhas.

- Achei que eu fosse mais pra você do que um cozinheiro. - eu tentava responder enquanto ria.

- Você é incrível! - ele ficou sério e me olhou com carinho me beijando novamente.

Acordei sentindo um cheiro delicioso vindo da minha cozinha. Me virei para o lado e vi que ele não estava lá. Mas o cheiro dele estava. Abracei o seu travesseiro e inspirei. Vesti uma camiseta grande, ajeitei mais ou menos os cabelos e olhei no espelho do banheiro o quanto a minha cara estava inchada de sono e feliz.

Tomei um banho rápido e fui pra cozinha. Ele terminava de fazer uns mistos na sanduicheira e vi que havia feito café e suco de laranja. Ele ainda não havia me visto e eu aproveitei pra admirar ele vestindo apenas a calça jeans e descalço. Meu Deus, ele era muito lindo! Os cabelos bagunçados e a cara de sono também o deixavam muito fofo.

- Bom dia! - disse o assustando um pouco. Ele me olhou e sorriu vindo até mim me puxando pra um beijo.

- Bom dia, meu anjo! Dormiu bem?

- Sim. E você?

- Maravilhosamente bem! Como nunca antes... - ficamos nos olhando meio bobos quando a sanduicheira apitou nos tirando do transe. - Espero que não brigue comigo por ter invadido a sua cozinha.

- Ela está à disposição para quando quiser. Tô morrendo de fome! - ele riu e me empurrou pra mesa.

- Senta aí que eu já te alimento. - enquanto isso o Pitico já nos rodeava sentindo o cheiro da comida o despertar também. - o senhor tem que comer ração.

Tomamos o nosso café e vi que ele digitava alguma coisa no celular. Tentei não parecer uma curiosa, disfarçando o olhar.

- Tenho um convite pra te fazer.

- Um convite?

- Na verdade não é meu, não que eu também não queira. É da vovó. Almoça lá em casa com a gente?

- Elas já sabem da gente?

- Sim. E querem te dar as boas vindas pessoalmente. Eu sei que é meio antiquado mas a vovó ainda mantém algumas manias de italiana. Mas se não se sentir a vontade...

- É claro que eu aceito! - disse sorrindo e segurando sua mão quando senti uma insegurança dele. Talvez o mesmo medo meu de estar indo rápido demais.

Olá, meus amores! 💞

Nosso casal deu outro passo.

Não quis fazer um Hot pesado, pois achei que não combinaria com o livro.

Espero que não estejam muito bravas comigo! 🫣

Beijos e boa leitura! 🫶😘

Sophia 📚☕️Onde histórias criam vida. Descubra agora