⚠️ Alerta de gatilho para pessoas mais sensíveis ⚠️Apesar da correria, essa semana eu consegui me planejar tão bem que merecia até um prêmio pelo esforço de ter conseguido planejar uma agenda decente e cumprir a risca esse planejamento. Não me estressei, não chorei, não senti angústia. Tava lindo! Respirei aliviada! Consegui até mesmo tirar um tempinho pra tomar café com o Bruno aos finais do dia. Algumas vezes, quando saía mais cedo, ajudava ele a terminar de atender quando estava cheio e a fechar o café. Ele brincava que eu levava jeito e as pessoas gostavam de mim. Eu tinha as minhas dúvidas. Mas era divertido no final das contas.
Por mais que eu tentasse não me envolver tanto com ele até me sentir segura, parecia ter um imã que me atraía para aquela cafeteria e a gente sempre acabava o expediente morrendo de rir de alguma coisa. Ele me fazia muito bem e isso eu não conseguia negar. A gargalhada gostosa dele, o jeito carinhoso como as vezes eu pegava ele me olhando e ficava todo sem jeito ao ser descoberto. Deus me livre causar algum mal pra ele!
Hoje era Domingo e meus amigos Sarah e Miguel haviam vindo almoçar comigo. Fizemos arroz, strogonoff e batata rústica. Bem simples mas nenhum dos três tinha um talento gigantesco pra cozinha. Eu ia chamar o Bruno mas ele precisou abrir a cafeteria hoje pra fechar o faturamento do mês. Então éramos apenas nós três e o Pitico que fazia sempre um escândalo quando eles chegavam e cinco minutos depois se acostumava. Almoçamos e lavamos a louça trocando ideia sobre vários assuntos diferentes. Meu celular apitou e eu fui conferir o que era. Enxuguei as mãos e fui buscá-lo na sala, deixando meus amigos na cozinha. Olhei e vi que era o número da minha mãe.
"Sophia, estou chegando aí amanhã. Precisamos conversar. Me passe um endereço decente onde possamos nos encontrar"
Eu congelei. Fria como sempre mas sabia que não era qualquer coisa que a arrancaria de casa até aqui. Ouvi bem longe Sarah me gritando mas não consegui responder. Eu estava em choque. Ela veio até mim e notou na hora que havia algo errado. Somente entreguei o celular pra ela e fiquei tonta.
- Migueeeeel! - ouvi ela gritar bem longe.
Ele veio correndo e os dois me sentaram no sofá.
- Pega um copo d'água pra ela. Corre! - minha amiga estava nervosa e eu precisava acalmá-la. - nós vamos pro hospital tá.
- Não precisa. - disse pegando o copo d'água que Miguel preocupado me entregou. - foi só o choque.
- O que ela quer? Agora, depois de tudo? - Sarah estava tão pilhada quanto eu.
- Calma, Sarah! Vai deixar a Sophia mais nervosa. O que tá acontecendo? - perguntou o Miguel.
- A minha mãe quer me encontrar amanhã.
- Você vai? - Sarah perguntou se abaixando pra ficar perto de mim e segurando a minha mão.
- Não sei... Não quero ela aqui no meu apartamento e nem na editora.
- Marca com ela no café! Lá é seguro e eu vou dar um jeito de tá lá também por perto. E tem o Bruno. Você não vai tá sozinha com essa mulher. Desculpa! Eu sei que ela é sua mãe mas...
- Não tem que pedir desculpa. Vou ligar pro Bruno. - disse tentando me recompor.
- Não quer que eu explique pra ele? Você tá muito nervosa.
- Pode ser.
Eu não estava em condições mesmo. Sarah ligou e eles conversaram. Ele pediu pra falar comigo e ela me passou o celular.
- Sophia!
- Oi, Bruno! Desculpa tá te envolvendo nisso tá...
- Só me escuta, pode passar o endereço daqui pra ela. Vou estar por perto e nada de ruim vai te acontecer, tá bom. Não esquece que você não está sozinha. Consegue me entender?
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Sophia 📚☕️
Любовные романыSophia nunca foi um grande exemplo de vida. Assim ela pensava. Passaria despercebida facilmente em qualquer lugar. Mas quem a vê em sua discrição e simplicidade não imagina a mulher que ela precisou se tornar para vencer um câncer e sair de um relac...