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Hoje acordei com Iza me chamando para ir no SPA.

- Vem, Juliette.   A mamãe vai cuidar da Rosa.  Hoje a manhã é só para nós duas.

Preparei as coisas de Rosa e fui com a Iza.  Ela tinha marcado, sauna, massagem, unhas e cabelo. 

Enquanto isso Rodolffo preparava uma mala com roupas para uma viagem para os dois.  Era uma viagem para desfrutar da natureza, então a roupa seria o mais desportiva possível.

Separei alguns biquínis e conjuntos de Juliette e outras roupas que eu sei que ela gosta de usar.
Comprei um vestido e sandálias lindas para um dia especial que teremos.

Fiz igualmente uma mala para a Rosa, para deixar na casa de mamãe.  Durante duas semanas ela e a Iza iam ficar com a minha filha.

Voltámos do SPA e eu achava aquilo tudo esquisito.  Em casa não havia ninguém.   A última vez que vi Rodolffo foi na noite anterior.

Iza entregou-me um vestido e insistiu para eu vestir.

- Por favor, Iza.  Eu não sou muito boa a lidar com surpresas.  Isto parece um vestido de noiva.

- E é.  Hoje vais casar.  E olha, o vestido fui eu que escolhi como se fosse para mim.  Espero que gostes.  O Rodolffo queria que fosse surpresa.

- É muito lindo.  É mais ou menos o meu estilo.  Será que me fica bem?

- Experimenta.  Se for preciso eu dou um ajuste.

Vesti o vestido e quando olhei para o espelho não consegui conter as lágrimas.

- Juliette,  não gostaste?

- Eu amei.  Pareço uma autêntica noiva.  Linda e maravilhosa.

- Tu és, linda e maravilhosa.

- Não contratei maquilhadora porque tu fazes isso lindamente.

- A que horas é o casamento?  A Rosa?

- A mamãe trata da Rosa,  não te preocupes.  O casamento é às 17 horas.

- E a recepção?  Quem tratou?

- Essa parte foi tudo o Rodolffo e o Israel.

- Eu vou matar o meu homem.  Como é que me apronta um negócio destes sem me avisar?

- Vais gostar.  Eles são bons nestas coisas, eu sei.

Rodolffo esperava Juliette no altar nervoso como tudo, o que não era normal, pois dificilmente alguma coisa o abalava desde que não fosse os que ele amava.

Rosa estava com a avó à entrada da capela à espera que Juliette chegasse para entrar com ela.  Na mão tinha um cestinho com as alianças e pétalas de flores.

Juliette chegou com Iza que foi logo entrando.  Como não tinha família iria entrar sózinha.

A sogra posicionou Rosa à frente de Juliette e correu para junto de Rodolffo.

Juliette deu um beijo na filha que estava linda num vestido igual ao da mãe.

À medida que caminhavam, Rosa deixava cair as pétalas de flores.  Juliette vinha atrás dela sorridente.

Rodolffo beijou a filha e depois a testa de Juliette.

A cerimónia decorreu com todo o mundo feliz.  A certa altura Rosa quis os pais e então Rodolffo colocou-a ao seu lado.  Juliette entregou-lhe o buquê e ela estava com sorriso de orelha a orelha.

Finalmente trocaram alianças e fizeram os votos.

Dali seguiram para a recepção num lindo jardim de um hotel.

Juliette estava maravilhada pela elegância com que tudo havia sido preparado.

- Devias trocar a música pelos eventos de casamento.   Está tudo maravilhoso.

- Eu sabia que ias gostar.  Eu conheço-te muito bem.

- Eu só não gosto muito de surpresas, mas esta eu perdoo.  Gostei muito, muito, mesmo.
Amo-te.

- Também te amo.  Tem mais surpresas, mas só logo e sózinhos.

- Também tenho uma surpresa para  ti.  E também só vou contar logo.

- Acho que vou acabar já a festa para ter a minha surpresa.

- Amor, a recepção começou agora!

- Então vou-te raptar e desaparecemos.

- Anda.  Vamos desfrutar da nossa festa, meu marido.

- Vamos sim, minha esposa.   Depois teremos muito tempo para nós.

Os dois desfrutaram da refeição, conviveram com todos e por fim foram abrir o baile.

Eles não treinaram a valsa, mas nem por isso deixaram de acertar os passos.

Atravessei o Atlântico Onde histórias criam vida. Descubra agora