Carl Grimes

599 26 0
                                    

Tropeço e caio no chão, logo em seguida o zumbi vem pra cima de mim, tentando me morder.

Desesperada, procuro pela minha faca e percebo que ela caiu longe de mim, junto com a minha mochila. Empurro o zumbi e estico minha mão, pegando a faca. Levanto-me rapidamente e enfio na cabeça do zumbi.

Tiro a faca da cabeça do morto e me sento no chão, me sentindo exausta.
Minha irmã morreu há pouco tempo atrás e tem sido muito difícil para mim continuar sem ela...Tem sido eu e ela desde o começo, o que vai ser de mim agora? Como vou continuar sozinha?

Ouço passos e levanto-me rapidamente enquanto seguro a faca, me preparando para matar mais um zumbi.

Mas ao invés de ver um zumbi, vejo um menino com uma pistola. Ele é branco, tem cabelos grandes e castanhos, usa um curativo no olho direito e é alto.

Arregalo os olhos ao ver que ele está apontando a pistola para mim.

- Quem é você? - ele fala enquanto me olha desconfiado e percebo que ele tem o olho azul.

- Quem é você? - pergunto de volta, dando ênfase no "você".

- Eu perguntei primeiro. - o menino fala já sem paciência.

- Eu me chamo (seu nome). Agora, quem é você?

- Carl. Carl Grimes.

- Ótimo, Carl. Agora que já sabemos o nome um do outro, o que acha de abaixar essa arma? Estou desconfortável com você apontando essa coisa para mim. - falo enquanto pego minha mochila do chão, guardando minha faca nela.

- Eu não te conheço, não sei se posso confiar em você. - Ele diz desconfiado enquanto cerra o olho para mim.

Coloco a mão no coração, fingindo estar chateada.

- Eu sou confiável, tá? Se eu quisesse te machucar, não estaria aqui conversando com você e já teria te machucado faz tempo. - coloco a mochila nas minhas costas e o menino do olho azul abaixa a arma devagar, ainda desconfiado.

- O que você faz por aqui sozinha? - ele pergunta enquanto coloca a arma na cintura.

- Estou procurando por comida - dou de ombros - E você? - ele me olha confuso - O que faz por aqui sozinho?

- Eu estava lendo - ele aponta para a direção de onde veio - Mas já estou de saída.

Ele se vira, começando a ir embora.
Será que ele tem um lugar pra ficar? Parece que sim, ele está limpo, com cabelo limpo...

- Espera - vou até o garoto e coloco a mão no ombro dele. Ele me olha e agora de perto, percebo o quanto ele é lindo - Você tem um lugar pra ficar? Uma comunidade ou algo assim...

- Eu que te pergunto - ele olha para minha mão que está no ombro dele e eu tiro rapidamente - Você tem?

Não sei se devo dizer para ele que estou sozinha e não tenho onde ficar, não pode confiar em qualquer um hoje em dia...Mas ele parece ser uma boa pessoa, então eu falo:

- Eu tinha uma casinha escondida, mas então a minha irmã morreu e eu tive que sair.... - falo e só de lembrar da minha irmã, meus olhos enchem de lágrimas.

- Sinto muito... - ele coloca a mão no meu ombro, tentando me consolar - Eu... - o menino de olhos azuis parece pensar se me fala ou não, mas por fim diz:

- Eu faço parte de uma comunidade - confessa - Se chama Alexandria. Se quiser, posso te levar até lá.

𝗂𝗆𝖺𝗀𝗂𝗇𝖾𝗌 𝖽𝗂𝗏𝖾𝗋𝗌𝗈𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora