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Enquanto sua vítima agoniza o cobrador presta atenção a tela do ipad, resolveu até usar o aparelho devido tela ser maior, pode enxergar sua nova obsessão melhor, não parou de pensar em Esthela um segundo se quer mesmo fazendo o que mais gosta mata, a negra não saiu da sua mente, hackeou toda sua vida, grampeou todos seus meios de comunicação e a casa inteira, controla cada passo dela. A loucura é tamanha a ponto dele caçar os três únicos caras que já passou pela vida de Esthela, o terceiro playboy chamado Enzo o pai do pequeno ele fez questão de castrar jamais vai ter uma ereção novamente, um pau, vai depender de sonda pro resto da vida.

Desvia o olhar da tela e percebe que o homem está sem vida, tira lenço do bolso e limpa o sapatos de couro italiano, olha em volta suspira impaciente a esposa e os dois filhos do homem estavam em choque amarrados e amordaçados, pela primeira vez César não está a fim de prolongar as coisas, encaixa o silenciador na arma e os mata, cada um com um tiro na testa, para os empregados que estavam amarrados dentro da dispensa resolveu tudo com fogo, era o cômodo que não tinha alarme de incêndio até alguém notar ou a fumaça conseguir disparar os alarmes vai demorar, todos já vão está consumidos pelas chamas.

Apaga os mínimos vestígios, hackea o sistema de segurança e apaga qualquer imagem sua, meticuloso deixa o local direto para o aeroporto, no caminho faz compras e delega, liga para o pai e avisa que está feito:
- Ótimo! Tenho outra... - O interrompe.
- Não! Tenho compromisso envia outra pessoa.
Escuta o suspiro do senhor sessentão do outro lado da linha, dá um meio sorriso, adora contrariar o velho.
- Vai admitir que está apaixonado e tomar a moça, assumir o menino?
- Não estou apaixonado é só meu novo brinquedo.
- Então não se importa de eu e seus irmãos brincar com ela também?
- ELA É MINHA!
Sr Magnus dá uma gargalhada, o filho é cabeça dura - Você é igualzinho a mim com uma única diferença, eu não tentei negar meus sentimentos quando vi sua mãe pela primeira vez no mesmo dia a fiz minha.
Sem se importar com a posição do pai desliga o telefone, na sua concepção pelo cargo que exerce na máfia deveria ser um pouco mais sério, o sarcasmo do pai o irrita se não nutrisse certa admiração pelo velho já teria o matado.

César além de ser o cobrador da máfia tem sua própria empresa de matadores profissionais os melhores, geralmente são contratados por políticos, juízes para fazer segurança, empresários, só os mais ricos pode se dá ao luxo de ter um mercenário da Lux Securit protegendo suas vidas, famílias. Olha o catálogo e escolhe as gêmeas Bell, as melhores, foi uma descoberta de sorte, contratado para acabar com um traficante de quinta dono de uma pequena academia foi lá que as viu pela primeira vez, no mesmo dia firmaram acordo e podemos dizer que todo investimento foi super bem retribuído, são temidas, mortais do jeitinho que as treinou.

•••
Midiã entra pelos fundos, silenciosa sobe para o quarto indicado, pega o pequeno da cama com jeitinho para não o acordar, pode sentir o desespero na entonação de voz da jovem vítima, ela e a irmã são agradecidas por César mudar suas vidas mas até elas tem um medinho do patrão, sabe que ele vai quebrar a pobre criatura.
Se esquiva da mãe desesperada, a aconselha se arrumar, relutante Esthela obedece.
Esthela abre o closet, um frio percorre a espinha realmente as coisas estão lá, não sabe a hora que elas foram colocadas no closet já que fica em uma separação de roupas chiques que só usa em último caso, tipo jantar de negócio ou casamento, nunca foi de sair os amigos praticamente a obrigavam curtir a noite, sempre foi caseira e depois da gravidez continuou com o velho hábito.

Se olha no espelho coube perfeitamente, de frente é comportado se não fosse as duas fendas exagerada nas coxas, abre a caixinha da jóia e muita linda não tem orelhas furadas tem pavor de agulhas a ponto da pressão cair quando precisa tirar sangue ou tomar alguma vacina, apenas coloca o colar, se frustra por não conseguir fechar vestido, trava quando o vê entrar no quarto através do espelho, se aproxima sem desviar o olhar do espelho, antes de fechar o vestido passa o dedo em toda extensão das costas até a lombar, aspira o perfume natural que tanto o deixa louco, Esthela não consegue controlar o corpo e treme, ele segura sua mão e a leva até a cama, a senta, se ajoelha, pega seus pés e beija antes de lhe calçar os scarpin a faz levantar a gira, estava tudo perfeito até notar que ela não está usando os brincos, pra ele é sinal de desobediência, desrespeito, trava o maxilar
- Onde estão os brincos? - Aperta as duas orelhas agressivo as fazendo arder
- Nã-nao tenho furos nas orelhas...
- Isso não é problema eu mesmo as furo, vai ser rápido!
Esthela fica pálida - NÃO... - Trava, a fisionomia dele muda totalmente, claramente ela cometeu um erro ao contraria-lo, tenta reverter a situação
- Ten-nho medo de agulhas...por favor!
Pega os brincos e espirra perfume para esterelizar, os posiciona na orelha e os aperta, usa o joelho para manter a garota prensada contra a parede, aperta os brincos até eles perfurar a cartilagem, para muitos é uma dorzinha de nada mas para ela que tem medo a dor intensifica, chora, satisfeito encaixa as tarraxas, a segura está mole e treme muito, lhe dá um tempinho, olha paciente no relógio
- Temos reservas em um local especial, para de frescura são apenas dois pequenos furos, cala a porra da boca, vamos não suporto atrasos.

Esthela desde que descobriu a gravidez nunca ficou longe do filho, engole o choro ao vê-lo tão inocente resmungar e sorrir dormindo, deve está tendo sonhos bons, a mulher que o carregava faz um pequeno gesto com a cabeça querendo tranquiliza-la, Esthela não confia mas finge, não pode permitir esse doido fazer nada com o filho, gelada, as orelhas latejando e a cabeça doendo, só queria que tudo não passasse de um pesadelo.
Praticamente é arrastada até o carro de luxo uma espécie de limosine, grande e aconchegante, se a situação não fosse tensa ela até poderia aproveitar o conforto mas na real situação que se encontra é impossível!
Abaixa a cabeça, César estrala o pescoço, faz rápido movimento com o nariz, está satisfeito, tira uma das habituais luvas, acaricia o rosto dela que se encolhe contra a porta, ele sorri e a puxa fazendo cair de joelhos a sua frente, aperta seu maxilar a obrigando o encarar, repara em cada pintinha discretas espalhadas pelo rosto e ombros, a cor uniforme como uma pintura dos deuses
- Parece que você não está compreendendo sua real situação minha deusa, seu azar foi atravessar o meu caminho, agora me pertence enquanto eu decifro esses novos e confusos sentimentos vou te amar do meu jeito que é te quebrando, esmagando seu espírito, oprimindo sua alma, vou sugar todo e qualquer sentimento bom que á em você, nunca tive que amar alguém essa é a minha maneira e você não tem nenhuma chance, então facilita seu lado, quando eu mandar obedeça, a parti de hoje até para ir ao banheiro me deve explicações, vai pedir permissão, vai usar, calçar se alimentar com as minhas escolhas, o menino...
Esthela se afasta assustada - EU FAÇO TUDO O QUE QUISER MAS NÃO ENCOSTA NO MEU BEBÊ...
Estralo César acerta tapa no rosto da jovem a agarra pelo cabelo - NUNCA MAIS ME INTERROMPA, ESTOU SENDO PACIENTE CONTIGO E OLHA QUE EU NEM TENHO TAL SENTIMENTO.

O veículo para, César suspira, limpa as lágrimas do rosto choroso de sua obsessão, a beija sem jeito, César nunca deu importância a relacionamentos, é um homem peculiar de quase 30 anos virgem o máximo que já fez foi bater punheta, nada mais te dá tanto tesão que o sofrimento de suas vítimas, já gozou várias vezes vendo pessoas queimar, agonizar, por isso Esthela lhe chamou tanta a atenção, ela fez seu pau subir, coisa que outras nunca conseguiram.

Sem fôlego, tenta gritar ao ter o lábio mordido, o gosto metálico e doce lhe agrada, lambe o ferimento - Doce do jeitinho que eu gosto.
Desce e estende a mão, Esthela exita mas se lembra das regras absurdas que jogou em sua cara, aceita estão na frente de um edifício magnífico, César entra sem dá a mínima ao cumprimento da recepcionista, vão direto para elevador, César se encosta e continua a fazer o que mais lhe traz saciedade no momento observa-la, tem olhar triste a pele retinta não consegue esconder os vergões de seus dedos marcados em seu rosto delicado, saem do elevador e mais um gatilho despertado em Esthela, medo de altura, trava estão em um andar onde piso paredes são de vidro, podem enxergar tudo ao redor em cima, em baixo, no vigésimo terceiro andar Esthela treme que nem vara verde, sem a menor expressão César a observa para ele medos são para pessoas patéticas, deploráveis sente raiva por está obcecado por uma criatura tão frágil e patética.

Sem conseguir dá um passo Esthela senta e se arrasta até o elevador novamente, fecha os olhos e agarra os joelhos, em meio a tanta angústia ainda precisa temer a reação do psicótico a sua frente.
Entre mil pensamentos como reagir o homem massageia as têmporas, vai até a amedrontada acompanhante a pega no colo e a leva até a mesa lindamente preparada para ambos, ameaça a colocar na cadeira é agarrado com força, sobe arrepio no seu corpo ao sentir sua respiração quente em seu pescoço, sussurra em seu ouvido - Nao me solta, por favor! Por favor, não...
A acomoda em seu colo, Esthela como uma criança desprotegida esconde o rosto na curva do pescoço do homem, as mãos agarram seu colete com força, se sente tão mau precisar do seu agressor, existe muitas questões que ela tinha resolvido e deixado pra trás mas com a chegada de César estão voltando agressivamente.

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