A mercê

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O telejornal local entra ao vivo, a pequena cidade do interior invadida por bandidos, estouraram os caixas da única agência bancária da cidade, os três policiais da delegacia nunca precisaram usar suas armas estão em pânico, a criminalidade no local e quase zero, geralmente roubo de galinha ou briga no truco, nada tao complexo como enfrentar uma quadrilha armada até os dentes. Foi chamado reforços nas cidades vizinhas e mesmo assim o poder de fogo deles fica a desejar os bandidos vieram preparados para uma guerra realmente, na correria pelas estradas de terra acabam por infelicidade invadindo as terras dos Magnus, encontraram rivais a altura.

Dentro do casarão Esthela corre para o porão, tem um quarto forte mas na hora da adrenalina os seguranças esqueceram desse detalhe, abraça o filho assustada pelo barulho de tiros e até bomba, o pequeno Natan está alheio a tudo, recentemente após perceber que o filho fala alto demais, quando assiste o volume do celular ou tv tem que está no máximo, ou mesmo quando o chamava ele parecia não escutar, descobriu que o pequeno tem problemas auditivos, quase não escuta do ouvido direito e do esquerdo só tem 60% de audição, Nadege o levou em um especialista o pequeno está usando aparelho, para não o assustar ela abaixa o volume do aparelho, ele brinca inocente com seus giz coloridos e o livrinho cheio de desenhos infantis, o coração acelera quando escuta a porta do porão ser arrombada, pega o pequeno e abraça, fecha os olhos a única coisa que pode fazer, sente o calor de alguém muito perto - Não se preocupa my ebony, quando acordar isso tudo já vai ter acabado, my love!
Uma picada no pescoço a faz se retrair e abrir os olhos, o homem a sua frente não lhe é estranho, fica mole ele de imediato pega o pequeno em um braço e o outro a ampara, tenta implorar mas vai apagando aos poucos.

Demétrio
Anda pelo escombros e a bagunça que a quadrilha deixou, para os federais a quadrilha conseguiu fugir quando na verdade todos estão devidamente presos no  subsolo da vinícola, contabiliza o prejuízo, toda a equipe de segurança responsável no momento também se encontram presos, ordena que tudo seja arrumado e restaurado, deixa claro que dará assistência as famílias afetadas. Demétrio naturalmente teve que chamar César, afinal sua esposa e enteado foram levados.

Elegante puxa uma cadeira se senta, cruza as pernas, César treme e chega a babar de ódio, ajeita o soco inglês cheio de spikes, só esperando as ordens.
Calmo e pleno Demétrio começa rosquear o silenciador na arma se vira para a equipe de segurança - Vocês foram incompetentes, moleques deslumbrados, fizeram uma bagunça por um pouco de adrenalina enquanto a única responsabilidade de vocês foi abandonada e agora está nas mão de alguém desconhecido.
- PERDOA NOS SENHOR NÓS...
Atira na testa do homem apavorado, os outros se desesperam, sem perder a pose Demétrio continua, um tiro certeiro na testa, são no total vinte cinco homens
- Só os inteligentes e fortes permaneceram, vocês mostraram total incompetência pode não parecer mas estou muito bravo com isso, estava amando minha esposa quando fui interrompido, o meu momento em família estragado.
Após termina com os seguranças é a vez dos bandidos, limpa o cano ainda quente mas parece não sentir, guarda a arma no coldre - Vou ser o mais direito possível, quem os contratou?
Diante do silêncio faz sinal para César, pega um dos caras e começa a barbarizar, o ódio o faz se transformar em um monstro, para Demétrio apenas um show de horrores não sente nada mas para os bandidos é apavorante, são uma quadrilha especializada em roubos nada de tortura, só fizeram esse show porque receberiam uma boa grana que pelo jeito não vão usufruir.
César vai pra cima de outro mas Demétrio não deixa - Pensa bem vocês podem ter uma morte lenta e agonizante ou rápida, quem contratou vocês? Não são assassinos apenas uma quadrilha que prática assaltos.
Olha no relógio - Meu tempo de paciência está acabando e como podem ver estou vestindo meu Brunello Cuccinelli não quero respingo de sangue nele, posso ser pior que o meu irmão, não vão querer ver essa versão.
- VAI SE FERRAR FILHA DA PUTA!
Os irmãos sorriem, Demétrio levanta e tira o paletó, dobra a manga da camisa, tira uma pequena adaga do tornozelo - Pequena para não matar e grande o suficiente para torturar, mandei fazer especialmente para momentos como esse.
Os dois irmãos parecem disputar quem é mais cruel, faltava apenas um cara, está em choque foi deixado propositalmente, Demétrio lhe aponta a faca, o cara se mija inteiro, grita - O irlandês foi a única coisa que ele mencionou, tinha sotaque estranho e  após a conclusão do trampo ia nos dá um milhão pra cada e a gente poderia ficar com o dinheiro assalto também, ele pediu para sermos descuidados, chamar a atenção era tudo que precisava, mandou começar no centro da cidade e depois invadir essas terras, foi só isso cara, piedade por favor.
Demétrio sorri e dá uns tapinhas no rosto do cara apavorado - Você é uma vergonha para seus comparsas, como a sua corja costuma dizer "cagueta morre cedo" é todo seu irmão.
Foi o ultimo e teve a morte mais violenta, sangrenta, depois de se esbaldar César arranca a roupa ali mesmo e toma uma banho de mangueira, outra equipe de segurança começa a jogar os corpos no forno, todos serão cremados reduzidos a cinzas, os seguranças serão enviados as famílias os bandidos varridos e jogados no lixo.