07 - Liberdade

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Demétrio engole o ódio quando Sergey aparece lhe dando tapinha no ombro, queria partir a cara do homem ao meio, está com raiva sua força aumenta, pela câmera do celular observa sua pequena, sim decidiu que Nadege é sua para cuidar a observa entretida com o canal infantil, a boca suja de doce, não vai permitir ninguém toca-la.

Espalhafatoso Sergey o encara tenta espiar o celular mas Demétrio não deixa, o afasta brusco lhe fazendo ficar sem graça, limpa a garganta e entra no assunto que desperta interesse nele:
- Gostou da negrinha? Sempre bom comer um chocolate de vez enquando, as negras são quentes e aguentam ferro de verdade.
Demétrio aperta o copo com tanta força que racha, espalhando vidro por todo lado, estão no bar do hotel, não se importa com o pequeno corte que faz sua mão sangrar, enrola lenço na mão, encara o homem com desprezo
- Quanto? - O homem parece não entender a pergunta do jovem, que reformula a pergunta - Quanto quer por ela?
Sergey começa a rir, depois de um tempo vendo a expressão nada legal do jovem capo para - Não está a venda, sinto muito mas ela é que me dá mais lucro, atende de quinze a vinte por noite, meu brinquedinho preferido, foi mau mas a negrinha é minha.
Demétrio sorri macabro - Resposta errada.
Saca a pistola e atira arrancando a orelha do homem, antes que esse possa revidar tem sua mão atingida é agarrado pelo pescoço, Demétrio bate sua cabeça na mesa de centro a estilhaçando o chuta esse grita para os seus seguranças que continuam imóveis, diante das ordens de Demétrio eles pegam o antigo chefe e o joga no porta malas do carro de luxo deixado a dispor do visitante.

Sergey e arrancado do porta-malas alguns minutos depois, se assusta estão na sua residência, Demétrio ordena que tragam a esposa e sua mãe, ambos amarrados.
Demétrio se senta na poltrona estilo trono do patriarca, cruza as pernas
- Hoje vamos brincar Sergey, se for um bom garoto acabo com a sua raça e dessas putas sem sofrimentos.
- Deixa elas em paz, não tem nada a ver com isso.
- Tem ou se tem! Essas vagabundas usam de mão de obra escrava, tiram jovens de suas famílias, prometem emprego, estudo e quando chegam aqui são tratadas sem um pingo de humanidade, trabalho escravo, não recebem salário, ainda acumulam uma dívida ridícula que não tem condições de ser paga, presas pra sempre longe de suas famílias e quando engravidam por serem estupradas por você, as duas putas as descartam como lixo ou as entregam para seu prostíbulo, sim elas são bem conscientes e hoje chegou o dia da cobrança.
A velha arrogante começa a gritar, xingar Demetrio aponta pra ela
- Arranca a língua dessa cobra!

Seu segurança tira a faca do coldre, foi um presente a muito tempo do patrão, a mantém afiada porque nunca se sabe quando vai precisar usar, como agora, a boca da velha é aberta a ponto de deslocar o maxilar pelo segundo segurança, o outro puxa a língua de velha pra fora bastou uma encostada para a lâmina arrancar o músculo mais letal do corpo humano fora, a velha desmaia nessa hora o casal se cala, Sergey se mija inteiro e começa a chorar, Demétrio fica um tempo admirando o sangue e a velha desmaiada após volta a conversa:
- Quero os nomes de todos seus assossiados.
- Não posso se fizer isso eles... - Sergey pensa já vai morrer, não tem pra onde correr, pode apenas escolher morrer sem dor ou tortura? - No meu cofre, lá está a lista com todos os dados dos assossiados.
Os seguranças o ergue e o leva até o escritório, abre o cofre, Demétrio manda pegar tudo, a esposa leva um tiro na testa após - Quero acesso a todas as suas contas bancárias cada centavo será usado em apoio e respaldo a suas vítimas, não tente nenhuma gracinha, sei que seus
filhos estão de férias na Suiça, nesse momento estão na mira do meu sniper basta um sinal e eles já eram.
- Por favor...
- As contas anda, já estou começando a perder a paciência.
Com a lista também de todas as mulheres Demétrio começa a abrir contas, cada uma recebe uma boa quantia, não vai apagar o passado mas pelo menos vão ter como recomeçar, procurar ajuda.
- Seus filhos serão sustentados até os 21 anos, não se preocupe serão pessoas de bem, depois de hoje vão abominar carregar seu nome, seu sangue, todos seus podres serão revelados para o mundo e qualquer desgraçado ligado a você vai pagar caro.
- Tudo isso por causa da negra, pode ficar com ela de graça posso conseguir outras.
Leva um soco o fazendo cair e o lado direito do seu rosto afundar, Demétrio chacoalha a mão que desferiu o soco, pragueja por ter doído, Sergey chora feito bebê e implora.
Uma idéia surge na mente do jovem capo, leva o lixo até seu prostíbulo, o deixa nú as meninas que ele sequestrou são chamadas.
Pacientemente Demétrio repete o discurso em várias línguas e quando não sabia o idioma usa tradutores.
- Eis aqui o seu abusador seu legado de terror acaba hoje, vocês teram a oportunidade de descontar um pouco do sofrimento, da dor, angústia, medo que ele as fez passar, não é o suficiente porém será libertador, terão a chance de descontar um pouquinho de tudo que esse lixo as fez passar, se divirtam.
No começo as mulheres estavam tímidas mas após a mais velha da boate começar todos se encheram de coragem, Sergey foi espancado, quase empalado quando um taco de sinuca foi enfiado em sua bunda e depois mais três, as meninas gritavam e choravam, colocando toda a dor pra fora, enquanto se divertem o segurança se aproxima e diz que está tudo pronto só esperando seu comando, Demetrio os manda aguardar, os homens de Sergey também levam surra das mulheres que abusaram, machucaram, a polícia chega conversam com o jovem capo, a imprensa também tudo combinado, nesse momento os investigadores que receberam a lista diz que foi montada uma operação intitulada Lady, todos os assossiados estão sendo presos, agentes migratórios e sociais, recursos humanos começam a chegar para cuidar das mulheres, lota a boate elas comemoram a liberdade e enfim poder voltarem para casa, antes de se retirar Demétrio se agacha na frente de Sergey
- A morte pra você é um presente e você não foi um bom menino, vai viver e pra onde você vai já deixei a cama preparada, se caso tentar alguma gracinha tipo se matar seus filhos estão na minha mira, então vai se comportar direitinho e aguentar firme, sei que ama suas cria não vai querer as vê sofrer.
Lhe dá alguns tapinhas amigável no rosto e sai, na porta é agarrado por uma jovem aos prantos, é mexicana
- Minha amiga, ela é novinha, não voltou por favor, ela é só uma criança, Nadege! Não fala nosso idioma, ela...por favor a encontre, ela é uma criança.
O jovem sorri - Não se preocupe ela está bem, graças a ela todas vocês estão livres, Nadege será feliz e jamais permitirei alguém tocar nela.
A jovem agradece e vai correndo contar as outras, Demétrio se despede e vai direto para Moscou dentro do carro pega o celular, acessa as imagens do quarto, Nadege dorme toda espalhada, uma camareira entra a cobre, limpa e deixa o almoço, também desliga a tv e verifica o aquecedor após se retira, fica satisfeito que estão cumprindo suas ordens, liga para o gerente do hotel e ordena que lhe levem roupas, calçados deixem ela escolher.

Olha para a paisagem suspira, desliga o celular frustrado queria está com ela - Vai ter tempo senhor!
O amigo segurança percebe a impaciência do patrão com palavras simples o consola. Damien e Bartolo assumiram a guarda do jovem bem cedo, tinham dez anos e o chefe nove anos, desde de cedo treinados para servir o jovem que nem sonhava ser capo, no colégio protegiam mas também se tornaram grandes amigos e Demétrio sempre foi justo e simples, nunca deu trabalho aos amigos que tiveram de deixar de ser crianças e assumir responsabilidades de adultos muito cedo, Demétrio consciente proporcionou momentos em que os amigos não precisavam ser os seguranças mirins, na medida do possível tornou a vida dos dois menos dura.
- Chefe como pretende apresentá-la ao clã, sabe que os velhos são um tanto racistas, vão reclamar e criar alarde por ela não ser italiana ou filha de mafiosos.
- Quero que se fodam, estão na minha lista basta um olhar torto acabo com eles sem pensar, sou a porra do capo, meu destino sou eu quem decide.
Param em frente a uma mansão a entrada é liberada, depois da revista são levados a uma área comum, na sala um homem gigantesco brincando de casinha com três menininhas minúsculas idênticas, o grandão está com presilhas e lacinhos no cabelo, uma das meninas pinta suas unhas das mãos e outra dos pés, a outra passa maquiagem, encara Demétrio e sorri pede tempo, o jovem diz que pode esperar - Meninas papai precisa trabalhar agora mas eu prometo continuar a brincar depois.
As três o beija no rosto, uma delas faz sinal Demétrio se agacha e recebe dois adesivos de cupcake no rosto, um de cada lado, o pai finge está bravo elas saí correndo, o homem abraça Demétrio o tirando do chão, vão para o escritório
- Elas são cheias de energia me desculpe!
- São lindas, sua família é invejável.
- Elas e a minha esposa são minha vida, mato por elas se for preciso morro sem pensar por elas, você é jovem mas logo vai ter a sua família vai entender o que estou tentando dizer, vamos tratar de negócios.

No hote Nadege acordar com o celular tocando, se lembra de como foi ensinada atender, vê o rosto de Demétrio, está tão eufórica mostra as coisas que gostou, o jovem sorri satisfeito que a pequena está feliz, manda ela ligar a tv, obedece e começa a chorar, notícia que uma rede de tráfico humano foi desmontada, reconhece as mulheres que tentavam protegê-la apesar dos rostos serem tampados as reconheceria em qualquer lugar, estavam livres.
- Eu prometi cuidar de você não é mesmo? Vou fazer de tudo para que sejas feliz, todas as suas amigas serão devolvidas as suas famílias e as que desejar poderão recomeçar de novo, você também Nadege, pode recomeçar só me pedir que eu vou conceder todos os seus desejos.
Só agradece sem parar, todos os canais até os internacionais um escândalo que envolve muitos figurões.
Nadege acaba se entretendo com as notícias esquece da ligação Demétrio resolve deixa-la saboreando essa nova fase de liberdade.

Volta a atenção a Vitório, agora de rosto limpo vestido como um bom e alinhado mafioso, sorri - Você não lhes deu chances, bando de parasitas, agradeço me poupou um bom trabalho, Sergey era uma mancha na família, ninguém nos levava a sério por causa dele agora posso comandar tudo livremente sem o babaca do meu irmão estragando tudo.
- Me pergunto como podem ser tão diferentes, ele é um lixo ambulante mas você tem princípios como um bom mafioso.
- Sou enteado por isso aquele idiota virou capo mas agora com a desonra batendo as portas ninguém vai querer assumir o clã russo é ai que entro e reconstruo o império.
- Cuide dos filhos dele, a essa hora a notícia já chegou até eles vão precisar de apoio.
- Aquelas crianças precisam de apoio familiar, Sergey achava que viagens, riqueza eram suficientes quando na verdade eles só precisam de atenção não se preocupe vou assumir a educação e bem estar dos três a partir de agora.
- Bom meu amigo todo dinheiro levantado com a prostituição devolvi as vítimas, somente a conta do clã ficou não o deixei zerado tem o suficiente para se reerguer e até começar a lucrar novamente.
Vitório lhe passa contrato, um acordo Demétrio fornece munições e armamentos e em troca pode andar livremente pelas rotas russas.

No caminho de volta ao hotel vai fazendo ligações, o pai liga possesso perguntando porque ele fez aquilo, Demétrio o manda calar a boca e se lembra quem manda, em uma reunião por vídeo chamada deixou claro a todos da bancada do conselho, qualquer um que se meter no seu caminho ele vai destruir e não importa se é do seu próprio clã não vai admitir traições, seu pai engole seco, estava pronto para o motim mas diante da figura imponente perdeu a graça resolveu arrumar outra maneira para conseguir derrubar o filho que ocupa o cargo que era seu por direito.

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