- CINCO E QUINHENTOS!
- ALGUÉM QUER DÁ UM LANCE MAIOR, 1...2...
- CINCO E SEISCENTOS!
Esthela pragueja, tem faro para bons negócios está sentindo que esse storage tem lucro, ergue a mão e grita
- SEIS MIL!
O dono do leilão fica animado - SEIS MIL ALGUÉM DESEJA COBRIR ESSE VALOR? 1...2...3...- Bate o martelinho
- VENDIDO PARA A NOSSA RAINHA DO ÉBANO BEM ALI!
Esthela comemora o filho se encanta e retribui com um sorriso banguela, está preso pelo canguru, brinca com as mãozinhas enquanto a mãe faz negócios, a alguns meses atrás se descobriu grávida, achava que o progenitor era o homem da sua vida mas a reação que teve colocou tudo que imaginava por terra, gritou e como qualquer macho escroto disse que o filho não podia ser dele, depois exigiu aborto por fim sumiu.
Foi uma fase sombria mas esse serzinho tão pequeno salvou sua vida, lhe deu uma força que não imaginava ter, Natan é levado pra todo canto a mãe nunca o deixa, se tornou conhecido nos leilões, muitos dizem que o pequeno é o seu amuleto da sorte.Após assinar os papéis, vai buscar seu pequeno caminhão, foi pago em suaves prestações mas valeu a pena, após o arremate o dono tem exatamente três dias para esvaziar o galpão, armazém, container seja lá onde estiver armazenado os objetos, alugar um veículo acaba saindo bem caro para quem vive de leilões por isso optou por comprar o veículo.
Estaciona em frente a o storage, pega a cadeirinha espera o proprietário estourar o cadeado e sair, com cuidado coloca o pequeno em frente a porta, para evitar pó ou qualquer coisa que possa o prejudicar, acende a luz e seus olhos brilham, muitas caixas chiques, pratarias, caixas de jóias quase chora de felicidade, só em uma das caixas já conseguiu tirar o valor desembolsado, estranha porque tudo parece tão limpo e organizado, geralmente os leilão ocorre após três meses de abandono sem pagar o aluguel, o espaço deveria está empoeirado, cheirando a mofo mesmo confusa continua a colocar as coisas no caminhão, as caixas mais pesadas usou a empilhadeira do local, disponibilizada aos clientes. Pela organização conseguiu esvaziar o local rapidamente, passa e comunica que o espaço está vazio e vai embora.
Em casa, decide ir direto ao banho está suada a água quentinha sempre relaxa seus músculos, tira a roupinha do seu bebê que está sonolento, nem a agua o desperta, pós banho veste roupão e dá o peito para o garotinho que suga afoito de olhinhos fechados, mama até o sono o vencer, Esthela o coloca no meio de sua cama, faz uma muralha de travesseiros, deixa a luz baixa, queria voltar ao trabalho mas o estômago reclama, aperta o roupão e desce prestando atenção no celular, tão distraída não percebe o homem elegante em pé na sua sala, esse teve que lhe chamar a atenção:
- Boa noite! - A voz potente e rouca assusta Esthela, o celular voa longe, o homem veste roupas claramente feitas sob medida, nas mãos luvas de couro, os olhos verde tem um "q" de perigo, percebo o que vai acontecer então adverte a jovem assustada - Não grita ou tente fugir!
Foi o mesmo que dizer o contrário, Esthela grita e tenta sair correndo para pegar o celular e quem sabe chamar a polícia, não dá nem três passos a perna arde, grita e cai, olha e tem uma adaga cravada na coxa, rasteja conforme o desconhecido anda na sua direção, o aparador lhe para, o homem arranca a adaga e a ergue pelo colarinho lhe dá um soco no rosto, a joga contra uma cristaleira, a arrasta pelo cabelo e joga no sofá, a perna sangra bastante, puxa o amarrador do roupão da mesma e amarra na coxa estancando o sangramento, os olhos sobe para os seios fartos de leite, a gotículas de água escorrendo pela pele dourada, sorri ao sentir o pau dá sinal, o soluço da jovem o trás de volta - Se você me desobedecer vou machucar seu bebê, então se acalma e me escuta!
Trêmula e com dor, fecha o roupão com as mãos, o homem puxa a mesinha de centro se senta de frente a ela.
- Me chamo César prazer! - Estende a mão mas o medo não deixa Esthela retribuir o cumprimento, isso lhe rende um tapão no rosto, volta a chorar César tampa sua boca
- Xiiiiiii! Estou sendo paciente contigo, não queira conhecer o cobrador, por enquanto é só o César aqui na sua frente.
Fecha os olhos ao sentir o perfume cítrico, provavelmente maracujá, não se faz de rogado, se aproxima mais e aspira o perfume viciante, passa a língua no pescoço dela que pelo choque e reflexo tenta correr, a mantém presa no sofá, segura seu maxilar com força a fazendo gemer de dor:
- Você está com algo que pertence a minha família queremos de volta.
Esthela fica perdida - Por favor! Eu, eu não sei do que está falando, moço não me machuca eu...
Natan chora reação de mãe é ir até o filho, César não deixa a pega pelo pescoço ergue e joga violentamente contra o chão, Esthela fica desnorteada é o suficiente para César subir até o quarto, para perto da cama e observa o serzinho minúsculo no meio da cama, nunca foi de demonstrar sentimentos nem mesmo achava que os tinha, esse garotinho lhe despertou compaixão?!!
Chacoalha a cabeça tentando recuperar o estado normal, Esthela atravessa o quarto rapidamente e pega o garotinho, se encolhe no canto do quarto, o medo do homem machucar seu bebê a fez até esquecer da dor, nao importa como, vai protegê-lo com sua vida se necessário.
César sorri e se agacha em frente aos dois - Mães realmente são criaturas incríveis, me dê o menino.
Ela o aperta contra o peito e se nega, César massageia as têmporas, não entende o porque ainda não atirou nos dois, tão simples é só mata-los e pegar o que lhe pertence, na hora as palavras da mãe vem a mente "...a sua metade vai chegar de surpresa, balançar sua mente, te confundir, ela vai ser capaz de despertar sentimentos estranhos em você..." Se senta no chão e começa a rir que nem doido, após a crise, levanta Esthela a faz se sentar na cama, acaricia o rosto machucado
- O storage que arrematou, pertence a minha família e não estava em atraso, antes de morrer agonizando o proprietário do negócio me deu seu nome, me dá o que eu quero e posso pensar em deixa-los viver.
- Moço...
- ME CHAMO CÉSAR PORRA! FALA MEU NOME, AGORA VADIA - Agarra os cachos com brutalidade, Natan se assusta com os gritos volta a chorar, a mãe lhe dá o peito e isso o acalma, encara o psicótico a sua frente, engole o choro.
- Ce-Cesar! Os leilões só ocorrem após três meses de abandono, juro que não mexi nas coisas da sua família.
- Assim é bem melhor, lamento te informar que foi enganada, o desgraçado do proprietário está leiloando storages fora do prazo de vencimento, você pretinha foi enganada.
Se lembra do storage intacto e organizado
- Olha as coisas ainda estão no caminhão, por favor pode pegar tudo, eu prometo não contar pra ninguém, por favor mo... César!
- Me mostra! - A puxa pelo braço, mancando e segurando firme seu pequeno o leva até a garagem, abre o baú bastou César olhar para notar que o que procura não está ali, desce do baú, encara a jovem e se irrita por ela está semi nua, o roupão está aberto a arrasta praticamente pra dentro, pega o celular e dá o comando - Acha meus diamantes... Pode matar todos, começa pelos filhos, deixa o sócio por último, torture todos, lhes dê uma morte lenta e dolorosa do jeito que gosto... Começa pela garotinha garanto que o choro dela vai o fazer falar na hora... Sim otário mesmo entregando os quero mortos, todos até os cachorros, ninguém vive!
Esthela está em pânico, treme tanto, o pavor é pelo seu bebê, esse homem não tem coração.
Encerra a ligação volta a atenção para a mulher que está lhe intrigando, como está confuso quanto a essas novas sensações resolve ir embora e pensar com clareza.
- Me dá os seus documentos e os do menino, passaportes também se os tiver.
A segue até o pequeno escritório, lhe entrega os passaportes, a encara com a sombrancelha esquerda erguida
- Quero tudo, cartões de crédito também, as senhas das suas contas bancárias, do seu celular, computador, quero tudo.
Obedece, com tudo em mãos aperta o pescoço a fazendo gemer - Vou embora, caso tente alguma gracinha, não penso por uma segunda vez, vocês são os primeiros a ficar frente a frente com o cobrador e saírem vivos seja grata e fica quietinha.
Brinca com o garotinho que inocentemente agarra seu dedo "aperto forte" ele pensa o pequeno sorri pra ele que sente o coração acelerar, tal atitude lhe dá a sensação de conforto, antes que faça vozinha chata de bebê, volta a atenção para a mulher - Estamos entendidos?
Apenas sinaliza, lhe dá um beijo no canto da boca chega bem perto do seu ouvido
- Creio que em breve vamos nos encontrar novamente.
Coloca a pasta embaixo do braço e vai embora, ao certificar que ele realmente foi embora Esthela desaba, pensa em ir a um pronto socorro mas está sem documentos, nem na farmácia pode ir já que ele levou sua carteira, cuida do ferimento na perna com o que tem em casa, limpa o sangue pela sala, está com tanta medo, passa a madrugada em claro vigiando seu bebê, com aquela sensação que ele vai voltar a qualquer momento.

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A mercê
Chick-LitEra só mais um dia normal, Esthela se sentiu sortuda o storage arrematado tinha muita coisa valiosa, valeu a pena desembolsar uma grana, pelo menos foi o que ela achava! 🔞⚠️ história dark, para maiores de 18+, apesar de ser ficção pessoas sensíveis...