A dança dos sentimentos

1-Um café para você!

Obs 1: Não aceito adaptação, inpiração ou compartilhamento em PDF.

Obs 2: Se você não sabe contextualizar, interpretar, separar tema de apologia mantenha-se longe das minha historias ou estará sujeito de ir tomar no cu.

Obs3: Não atualizarei todos os dias.

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Andreah já havia vomitado duas vezes. Não! Ela não está enferma ou algo assim, ela só está muito ansiosa. Muito ansiosa. Na sexta-feira passada ela foi pela primeira vez entregar o livro na casa da Miranda, e bom...sabemos que não pode falar com ninguém e nem ultrapassar os limites indicados. E ela não seguiu nada que foi instruída, ela falou com as gêmeas, ela subiu as escadas e ela presenciou Stephen brigando com Miranda e Miranda se explicando para ele por causa do seu celular que estava desligado quando ele ligou. Dá para acreditar? Miranda parece tão diferente... E então agora Emily diz que ela pode ser demitida só por causa disso. "Qual é? Não foi nada demais." Andreah balbucia para a primeira assistente. Miranda não faria uma tempestade dessa; no copo d'água. Pensava a jovem sonhadora. Mas fez, não só fez como insinuou que como Andreah podia tudo ordenou que ela desse conta do impossível e agora a garota se encontra desesperada atrás da droga de um manuscrito do Harry Potter, e se ela não conseguisse até as 15h não precisava mais voltar.

Coitada da garota, ela faz tanta ligações que às vezes se perde até do que está atrás. Andreah chora nervosa, já são quatorze e trinta e ela ainda não conseguiu a porra desse livro. Andreah suspira, olha para o celular de trabalho e sorrir.

- Cadê ela, morreu? - Miranda adentra sua sala arrumando seu cinto. A editora-chefe age natural, como se não sentisse um tipo de ansiedade por cogitar não ter mais a jovem eficiente a sua disposição.

- Você disse que se ela não conseguisse o livro, não precisava mais voltar. - Emily fala com voz passiva e medrosa.

Miranda tenta disfarçar o choque a informação. A mulher faz seu habitual bico sentando em sua cadeira. Faz gesto com a mão para Emily sair da sala. Ela olha para o relógio de pulso e suspira, logo dissipa seus pensamentos e volta a todo vapor a trabalhar. Essa informação não deveria afeta-la e nem vai.

- Andreah! - Miranda chama e Emily aparece.

Miranda aparentemente vai demorar a acostumar ou aceitar que Andreah não conseguiu cumprir uma ordem tão absurda. A mulher dita ordens para a ruiva que rapidamente corre para cumpri-las. Miranda gira sua cadeira para frente da imensa janela. Ela nunca parou para pensar em um funcionário que acabou de demitir, por que está fazendo em relação à Andreah?

Miranda lamenta, a garota tinha grande potencial. Miranda percebe que não precisava ter sido tão radical, ela nota o apresso que sente pela garota. Balança a cabeça em negação e sorrir. Se Andreah implorasse por uma chance, ela relevaria, mas isso não aconteceu e o destino separou o convívio das duas.

Os dias passavam-se e Miranda não estava nada contente com as novas assistentes que já passaram por lá depois da Andreah. Como Miranda se arrepende de ter demitido a garota... Mas não tinha nada que ela pudesse fazer. Ela chamas ligaria para oferecer o emprego da garota de volta. Miranda nunca volta atrás.

Contrapartida, Andreah sentia-a feliz, ela conseguiu emprego no New York Mirror, era o emprego que ela queria desde quando se mudou para New York, mas, dentro dessa alegria havia também saudade, saudade da Runway, saudade da agitação que era a vida da Miranda e saudade dessa velha insensível. Ela gostava da Miranda, ela gostava de como vinha melhorando e conquistando a confiança da editora, e por uma bobagem, a editora corta ela assim da revista, da sua vida profissional. A tristeza batia ás vezes dentro dessa alegria que ela tinha. Principalmente porque para ir para o NYM, ela todos os dias passava pelo prédio da Elias-Clarke, ela sempre olhava com nostalgia.