esculturas

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Hinata corria em direção ao ateliê, onde ele junto com Yachi participariam de uma exposição de esculturas de mármore e pinturas a óleo feitas por alunos da universidade de artes de Tokyo.

“Hinata corre mais rápido ou vamos nós atrasar pra palestra do Ukai sensei”

“Eu tô correndo, vai dá tempo Yachi, não precisa correr tanto assim”Hinata falou observando Yachi lutando pra respirar enquanto tentava correr o mais veloz que pudesse.

  Atravessaram o sinal vermelho e já avistaram a entrada pro ateliê cheio de pessoas, mostraram seus respectivos crachás e adentraram como gerentes de bastidores, já que eram os veteranos na universidade e algumas das esculturas eram deles.

Seguiram cada um para seus setores respectivos e aguardaram a palestra do professor que dirigia o evento, Ukai.

“Pessoal espero que todos estejam acomodados e empolgados para as apresentações de hoje” ele deu uma pausa e as pessoas disseram sim em uníssono. “ hoje vocês viram obras dos nossos alunos veteranos da universidade de arte de Tokyo, e também de alguns artistas já conhecidos que também foram nossos alunos. Estamos muito felizes em receber todos vocês, e esperamos que a arte possa preencher e inundar todos aqui hoje. Porque como a maioria dos meus alunos sabem e estão acostumados a me ouvir dizer: vida é arte” Ukai sensei encerrou seu discurso recebendo uma salvação de palmas no final.

Em seguida todos os que vieram ver as obras foram se dispersando e seguindo cada um pra que chamou mais atenção, sendo do lado da obra o artista pronto pra ser questionado sobre a criação, recebendo os elogios ou as críticas.

Essa era uma dinâmica da universidade, para mostrar aos alunos as reações que eles podem receber sobre suas criações e oque isso pode auxiliar no seu lado como artista. Alguns se empolgaram com os elogios, e outros ficavam tristes ou frustrados com as críticas. Tendo em vista as reações dos alunos os professores estavam preparados para mostrar-los e instruí-los como seguir em frente com o feedback que receberam.

Esse foi o primeiro ano de Hinata apresentando uma obra com escultura feita de mármore. Ele costumava fazer grandes telas de pintura de diversos matérias, como óleo, acrílico, lápis, usando métodos dos mais elaborados e sempre criativo e chamativo.

As pessoas viam as grandes telas com imagens chamativas e vivas como um fogo, e ficavam fascinadas, elogiavam e queriam ver mais. Hinata sempre recebeu elogios de seus quadros, porém, por mais que amasse fazer pintura, ele não achava que era o suficiente, por isso começou a fazer esculturas a em mármore aproximadamente seis meses atrás, e desde então vem casa vez mais ficando empolgado e animado imaginando a reação das pessoas.

Será que achariam as esculturas tão emocionante e vivas como seus quadros? Ele realmente não conseguia imaginar, mas esteva casa vez mais empolgado com com as reações, afinal uma escultura demorava bem mais que uma tela e exigia até mesmo mais esforço físico.

“Que técnica excelente, não acredito que começou a tão pouco tempo”

“Quantos detalhes”

“Muito bem feito”

“Acho que falta algo, mas não sei oque é ”

“Ele não tem expressão? Que rosto vazio”

“Seus quadros eram melhores rapazinho, porque não volta a pitar?”

“ Suas telas fazem falta, acho que devia investir mais nelas”

“ talvez esculpir no mármore não seja pra voce”

Esses foram comentários que Hinata ouviu durante a exposição, já estava no fim do evento e todos falavam os mesmos tipos de comentários pra ele. Ele já esperava que sua nova arte não fosse tão bem recebida quanto as telas que ele fazia e as pessoas estavam tão acostumadas a ver.

Porém, não imaginou que o que mais se destacava nas suas pinturas seria oque faltaria nas obras esculpidas no mármore. Emoção.

“ Não fica desanimado Shoyo, tudo bem faltar algo nas esculturas, você começou isso a pouco tempo, é só buscar uma inspiração, quem sabe não é isso que tá faltando?” Seu amigo Kenma do setor de desenho gráficos para jogos virtuais falou.

“ Você tem razão Kenma, talvez eu só precise de uma inspiração, talvez uma musa inspiradora?”  Disse Hinata sorrindo.

“Talvez um muso também” completo o loiro rindo um pouco, lembrando que Hinata já teve uma queda pelos irmãos Haiba, que concluíram o intercâmbio na universidade ano passado.

“ Você não vai esquecer isso nunca, eu só elogiei eles eu não me apaixonei ”

“ você que diz ”

“ Onde está o Kuro san? Vai procurar ele e me deixa aqui agonizando com minha arte fracassada” O ruivo falou fazendo drama enquanto se lançava aos braços da escultura sem rosto.

Kenma deu pequenos toques no ombro do amigo o consolando com um pequeno sorriso pela menção do seu noivo.

“ Shoyo eu sei que você vai conseguir fazer com que essas esculturas transmitam ainda mais emoção que suas telas conseguem transmitir, até porque você é um ótimo artista”

Hinata olhou em direção ao amigo e sorriu acenando com a cabaça.

“ Obrigado Kenma”

Ele sorriu enquanto Kenma se acenava com a mão se afastando em direção ao moreno alto conversando com o professor Nekomata.

Talvez seu amigo tivesse razão, ele só precisava de uma inspiração, assim como se inspirava nas paisagens e no horizonte pra fazer os quadros, ele precisasse de uma pessoa pra se inspirar a esculpir, agora esse seria o problema, quem poderia o deixar tão inspirado assim?







































Tentarei atualizar ao menos um capítulo por semana.  Oque acharam? Vale apena continuar essa história?

viagem pra casa - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora