Extra - sakuatsu

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O dia estava péssimo para Sakusa Kyoomi. Iniciando o dia com as prateleiras dos seus produtos de limpeza favoritos totalmente vazias no supermercado, sua camisa branca de linho manchada com a tinta azul da camisa que estava de forma fatídica junto dela na máquina de lavar, com o seu gato deixando bolas de pelo no seu tapete novo da sala e com a agenda cheia de atendimentos pelo restante do dia.

Com todo seu mal humor e com sua costumeira cara azeda de quem não quer nem ouvir um bom dia se dirigiu a sua sala no aguardo dos primeiros pacientes do dia, ao menos isso ele podia tolerar, mesmo que ser psicólogo fosse uma tarefa arduamente difícil que muitos julgavam como apenas sentar e ouvir mas sendo muito além disso, ele amava oque fazia, e por mais difícil aquele dia tivesse começado não havia como piorar, ele dizia a se mesmo.

disse à recepcionista que liberasse a entrada do primeiro que havia marcado para aquele horário e deu início aos atendimentos.

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Bebericando seu café preto com adoçante enquanto esperava o horário do próximo paciente que seria em aproximadamente duas horas após o término de seu horário de almoço, alertou-se quando ouviu uma agitação barulhenta fora de sua sala, ele detestava algazarras, e seja lá quem estivesse fazendo isso iria conhecer a cara de poucos amigos assustadora que Sakusa era capaz de fazer.

“ posso saber o motivo de tanto barulho?” perguntou ao abrir a porta da sua sala com um tom de voz alto demonstrando a quem quer que fosse que estava com pouquíssima paciência.

“ Doutor Sakusa-sama! Este senhor insiste em ser atendido mas eu o estava explicando que atendemos apenas com nada marcada.” falou a enfermeira enquanto se recolhia em receio pela reação do doutor.

Mesmo sendo um homem de personalidade calma e contida, sendo respeitado dentro e fora do hospital por todos, as pessoas também costumavam ter receio dele, ele era impassível e indecifrável, alguém totalmente difícil de decifrar, as pessoas costumam manter uma distância razão dele, em sinal de respeito e temor.

“ você que é o médico? Eu quero fazer uma consulta! Eu estava explicando a senhora dona enfermeira que não posso esperar até que surja uma vaga, eu gostaria de ser atendido agora por favor, então já que você está aí desocupado no momento poderia me atender ou será pedir muito?!” o motivo da perturbação era musculoso e louro e inegavelmente atraente, porém como nada era perfeito, ele tinha uma voz irritante e ar debochado. Sakusa em todos os anos de psicólogo nunca se sentiu tentado a estrangular ninguém até aquele momento.

“ não é dessa forma que as coisas funcionam senhor.” ele falava com um tom forte e baixo, a voz quase saindo entre os dentes serrados em desagrado.

“ não entendo porquê. Você é um médico e eu estou aqui porque sou um paciente, porque não me atende? Sério cara, se tivesse outro lugar que pudesse ir eu iria mas não tem, não em menos de alguns bons quilômetros e eu preciso falar com alguém ou vou literalmente morrer!” ele era agitado enquanto falava, observou kyoomi, agitava as mãos e mechia demais as sombrancelhas pro seu gosto.

“ Senhor, você pode agendar para aman...” o rapaz a sua frente nem o deixou terminar a frase, o interrompendo e se se aproximando de forma perigosamente perto de si, Sakusa detestava quando as pessoas invadiram seu espaço pessoal.

“ Doutor, por favor, eu preciso de um psicólogo agora, prometo que vou ser rápido, juro que se me atender eu não volto a incomodá-lo novamente.” kyoomi respirou fundo enquanto contava até dez mentalmente. Aquele era seu local de trabalho, e uma pessoa precisava da sua ajuda como médico, por mais irritado que estivesse não podia deixar de ajudar alguém que parecia tão necessitado de ajuda, mesmo que esse alguém fosse incrivelmente chato.

viagem pra casa - KagehinaOnde histórias criam vida. Descubra agora