CAPÍTULO ONZE

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Frost Falls

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Frost Falls

20 de Abril, Domingo 

Ao acordar, sinto um braço pesado em volta da minha cintura, prensando o meu corpo na cama. Olho para o lado e vejo Gabe dormindo. Não faz nenhum som ou nenhum ronco, apenas dorme tranquilamente ao meu lado. O lençol da cama cobre somente a sua bunda dura e a minha buceta. Acho que quem entrar aqui pensará que somos um casal que teve uma longa noite de sexo. O pensamento me faz franzir as sobrancelhas.

Depois que Gabe e eu acabamos, não lembro de nada e nem precisei dos remédios. O cansaço da noite, juntamente com a frustração, me dominou. Lembro-me também que não usamos camisinha, o que me faz soltar um bufo alto. Gabe se remexe na cama e geme o meu nome, a voz saindo grave e rouca. Não lembro muito da nossa transa, não lembro se gozei, mas a voz rouca de Gabe fez o meu interior se contrair. Porra, não lembro de merda nenhuma totalmente.

— Bom dia, Freya — diz, levantando o corpo e colando os nossos lábios, como a porra de um casal, o que não somos.

— Dormiu bem? — pergunto.

Ele assente. O cabelo de Gabe está totalmente revoltado, o que faz ele ficar.

— Não usamos camisinha, Freya. Estou limpo, e você?

Assinto.

— Vou à farmácia comprar a pílula — diz.

— Não precisa — respondo.

Ele franze a sobrancelha, demonstrando confusão.

— Você tem aí?

— Não posso engravidar — respondo, mas sinto algo no meu coração se mexer dolorosamente.

— Ah.

Tiro seu braço da minha cintura e levanto-me, indo para o meu guarda-roupa.

— Você quer algo para comer? — pergunto, puxando um robe preto de cetim e vestindo-o. Gabe senta-se na cama, ainda nu, e olha para o meu corpo de baixo a cima.

— Eu posso preparar e você pode tomar um banho, se quiser.

Aceno com a cabeça e dou um meio sorriso.

— Deixa eu ver se Agatha está ou dormiu fora, assim você pode ficar só de calça. Essas roupas são desconfortáveis, eu acho.

Ele assente. Saio do quarto e bato na porta de Agatha, mas não ouço nada e chamo Gabe. Falo onde ficam os utensílios e caminho para o banheiro.


***

Gabe foi embora logo após o café, prometendo-me que me ligaria mais tarde. Por precaução, deixei o celular em "não perturbar". Por mais que tenha sido uma escolha minha, não quero arcar com as consequências por ter transado com Gabe para provocar o Estranho. O olhar que lançou-me antes de eu entrar no prédio com Gabe foi um aviso, mas de uma forma distorcida eu ansiei — e anseio ainda — pelo que me esperava. Não acho que tenha valido a pena, já que as lembranças de ontem à noite estão voltando à tona e estou conseguindo sentir o desconforto que passei. O meu desconhecido não terá nenhum trabalho para me fazer arrepender, estou sentindo-me assim desde o ocorrido. Droga. Logan não estava errado quando me disse que nada de bom vem da minha cabeça.

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