CAPÍTULO VINTE E NOVE

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Observo o caminhar despreocupado de Hunter

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Observo o caminhar despreocupado de Hunter.

Hunter é o irmão do meio, o que mais se parece comigo e com nosso pai. Somente os olhos verdes claros e o nariz grande nos diferenciam, mas o restante deixa claro que é filho do poderoso Damon II King, o prefeito de Frost Falls.

Hunter é o mais fechado de nós quatro, sempre calado e observador. Sempre analisando as pessoas, e por mais que seja louco, ele tem o dom de saber o que se passa na cabeça de cada pessoa só de olhar. Como crescemos juntos, Hugo e eu sabemos disfarçar bem, mas de uma maneira esquisita ele sempre sabe. O que foi um ótimo jeito de aprender a mascarar nossas emoções perto do nosso pai e do mundo.

— Por que está usando o boné? — Hugo pergunta meio desconfiado e depois olha para os pés de Hunter. Faço o mesmo movimento e percebo que seus tênis estão manchados de respingos vermelhos. Não demoro muito para saber o que ele estava fazendo antes de vir para cá. — Cara, é melhor cuidar dessa aparência antes de conhecer a Freya.

Olho desconfiado para o meu irmão mais novo ao ouvi-lo falar o nome de Freya como se fossem amigos.

— Já disse que era você? — Pergunta Hunter, meio entediado, sem responder à pergunta de Hugo.

Assinto e me recosto na pilastra de madeira.

— Vamos ao que interessa — ele começa —, quando o mataremos?

— Quando conseguirmos provas contundentes de que foi ele que fez aquilo... — Diz Hugo com pesar na voz.

Revirando os olhos, eu falo:

— Sabemos que foi ele, Hugo. Não podemos atrasar todo o plano só porque você não quer ver o que está na porra da sua frente.

— Não querer acreditar que meu pai é a porra de um abusador é errado? — Exclama entre dentes.

— Caralho, Hugo! Aquele verme te deu uma surra quando o viu beijando um menino, e você ainda quer acreditar que ele não faria isso com uma mulher? — Exalto minha voz. — Posso enumerar todas as merdas dele. Cada uma delas.

Com um suspiro cansado, Hunter olha com raiva para Hugo e diz:

— Não precisamos de mais provas. As fotos que você encontrou dentro do cofre de Damon são o bastante. Esqueça essa imagem de homem perfeito que tem na sua cabeça; nosso pai é um péssimo exemplo. — Olha para os lados e depois para mim. — Será difícil pegá-lo, ele está rodeado de seguranças.

Vejo Hugo se distanciar da gente, mas não muito, para que ainda possa escutar as palavras de Hunter.

— Precisamos de uma isca, Damon.

Assinto, concordando com ele.

Levanto meus olhos para Hugo e o vejo franzir as sobrancelhas.

— E quem porra seria? — Pergunta com raiva.

Hunter volta o olhar para mim e depois para a porta da cabana, e não demora para que eu entenda o que ele quer dizer.

— Nem fodendo, porra! Não vou enfiá-la nessa merda!

— Não temos outra opção.

Nego com a cabeça.

— Não. — Determino.

— Você acabou de concordar que precisamos de uma isca, Damon. Não seja a porra de um hipócrita agora! Seguiu ela por meses, com certeza ela está acostumada. Além disso, estaríamos com três pares de olhos nela. Nada aconteceria.

Aproximo-me dele, quase batendo meu corpo no do meu irmão.

— O que se passa na porra da sua cabeça para achar que eu ou ela concordaríamos nisso?

— Por que não?

O braço de Hugo separa nossos corpos, e ele se coloca no meio.

— Chega! Nossa, isso é uma merda! — Exclama, esfregando a ponta do nariz. — Podemos perguntar à Freya. Se ela disser que não, é a palavra final. Não podemos colocar nenhuma mulher desconhecida, e a tia Susan não é atraente o suficiente para que o pai a queira.

— Nojento. — Reclamo ao imaginar a cena de meu pai com Susan. — Freya dirá não.

— Só se você se intrometer. — Retruca Hunter.

— Você é a porra de uma pedra no meu sapato. — Reclamo, olhando-o com ódio.

Tenho certeza de que Freya não entrará nisso. Só se a personalidade sombria se apoderar daquele corpo e ela quiser experimentar a morte, mas mesmo assim eu nunca a deixaria perto do meu pai. Só de pensar nele pondo as mãos nela me faz querer matá-lo mais do que já quero.

A verdade que poucos sabem sobre o magnífico prefeito Damon II é que não passa de um corrupto abusador de mulheres que se acoberta com o nome da nossa família. Meu pai é o pior tipo de pessoa que você pode imaginar. Estar no mesmo ambiente que ele é a pior sensação que uma mulher pode experimentar, possivelmente.

Nossa família fundou Frost Falls e, junto, criou um esquema perverso de tráfico de drogas pela cidade inteira. Nem a empresa nem as minas dão um terço do patrimônio King, não estão nem perto disso. Todo o esquema de drogas é milimetricamente montado e distribuído. Nossa concentração é na Flórida, mas ainda temos um grande esquema aqui. Digo 'nós' porque meus irmãos e eu temos controle de uma boa parte do esquema, porém o que nos diferencia de nosso pai são as atividades extracurriculares que ele proporciona a si mesmo usando o tráfico para encobrir e conseguir mais.

Descobrimos sobre seu negócio sujo com as mulheres faz dois anos; desde então, estudamos todo o seu modus operandi. As fotos que o incriminam estão comigo desde que descobri, e ao mostrar tudo para meus irmãos decidimos que o melhor seria fazer justiça com as próprias mãos. A ideia não agradou Hugo por um bom tempo, ao contrário de Hunter, que soltou um enorme sorriso afiado para mim.

A relação de Hugo e nosso pai não é das melhores, mas não chega perto da minha e dele. Não podemos ficar por muito tempo em um cômodo a sós sem que queiramos matar um ao outro. Desde que me entendo por gente e aprendi algumas regras da família King, comecei a nutrir um ódio repulsivo pelo meu genitor. Para mim, aquele homem não passa de um amontoado de bosta, e não vejo a hora de ouvir seu último suspiro.

Caminho para o quarto que divido com Freya e logo a vejo parada de frente para a janela, provavelmente estava observando meus irmãos e eu.

— Quer fazer as perguntas agora ou deixamos para mais tarde?

Freya vira-se rapidamente com um olhar afiado.

— Querem que eu seja isca para o quê exatamente? 


gente! voltei depois de algumas semanas sumida, culpa é totalmente da minha criatividade!!!! 

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gente! voltei depois de algumas semanas sumida, culpa é totalmente da minha criatividade!!!! 

Devo confessar que eu amo escrever capítulos na visão do Damon,porém sao mais complexos. quais vocês gostam mais ?

Essa imagem de cima foi gerada por uma IA.

ASSIM COMO AS CINZASOnde histórias criam vida. Descubra agora