- Olhe. - ele pigarreou - Podemos dividir esse apartamento, mas só com uma condição.
Assim que aquelas palavras saíram de sua boca meus olhos brilharam de curiosidade. Nem precisei abrir a boca para pedir que o garoto prosseguisse, porque foi exata...
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Eu sempre soube que tsukishima era uma assombração; uma linda e aterrorizante assombração, mas nunca em meus piores pesadelos eu o imaginara saindo das sombras como um vilão de filme de terror. Meu coração acelerou mais do que devia, subindo o pouco do sangue que ainda me restava para as mihas bochechas.
Meus olhos não conseguiam parar nos dele, não quando a minha última lembrança deles eram vidrados no rosto de outra mulher
— Qual o seu problema?! — susurrei irritada, em um susurro alto, dando passos para trás, encostando fraco na parede — você nunca ouviu que seguir outras pessoas é falta de educação?! — arregalei os olhos ao notar sorriso travesso —
— Te seguindo? — ele zombou com as sombrancelhas franzidas — se acha tão importante assim? — ele perguntou um pouco mais rouco que o normal, fazendo-me engolir seco ao notar seus passos lentos e precisos —
Meu coração não devia ter acelerado, ele não devia ter feito nada que havia feito. Aquilo estava me corroendo aos poucos, todas as minhas forças de lutar ou rebater ele estavam sendo arrebatadas por cada segundo a mais em que ele aparecia em minha frente.
— Não disse isso... — suspirei antes mesmo de ver o homem em minha frente com os braços cruzados — e qual a sua desculpa para aparecer em um corredor vazio? — perguntei um pouco provocativa, tentando fazê-lo admitir o que ele queria —
Ele sorriu antes de piscar, olhando-me mais faminto que nunca. Eu podia sentir seus olhos sobre mim, podia sentir a forma como eles estavam repletos de luxúria, mesmo que parecesse inevitável notar isso.
— Você se interessa mesmo? — ele perguntou ainda com um sorriso lascivo —
Estava cheia daquilo, cheia das suas provocações idiotas, cheia da sua proximidade, cheia daquela pele perfeita, cheia do seu cheiro, eu queria...
Ele se aproximou mais, fazendo minhas sombrancelhas franzrirem em confusão, deixando que meu corpo esquecesse rapidamente como mover algum músculo.
— Óbvio que não — resmunguei, torcendo para que nada conseguisse fazer com que eu ficasse ainda mais nervosa. — Você precisa sair daqui — falei suave quase em um susurro amedrontador, referindo-me ao homem em minha frente —
Ele continuou com os braços cruzados e apertados em seu peito, reluzindo a pequena luz em seus óculos, fazendo meu estômago revirar em ansiedade. Seus olhos pararam nos meus, como se quissese arrancar algo que eu não estava disposta a falar quando ele se aproximou, soltando os braços.
— Estou bem aqui — ele sorriu maldoso ao mexer só um pouco seu pescoço — é você que tem que dar o fora daqui, cereja — ele falou com seu tom de voz áspero, subindo uma de suas mãos até a parede ao meu lado, prensando-me contra ela —
— Você definitivamente não precisa ficar aqui... — continuei, dessa vez com raiva ao olhá-lo, sem força para empurra-lo ou qualquer coisa que afastasse seu corpo, quente, grande e forte do meu —
