- Olhe. - ele pigarreou - Podemos dividir esse apartamento, mas só com uma condição.
Assim que aquelas palavras saíram de sua boca meus olhos brilharam de curiosidade. Nem precisei abrir a boca para pedir que o garoto prosseguisse, porque foi exata...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Então ele arrancou meu vestido e me comeu em-cima-da-mesa! — a minha voz saía empolgada enquanto minhas mãos estavam bem abertas sobre a mesa de madeira chique do rotineiro café em que passava boa parte do meu dia —
O moreno me observou, os olhos arregalados quando piscou algumas vezes, olhando delicadamente para nellie, que estava com a mesma feição assustada que o moreno vestido com o clássico uniforme de trabalho. A loira engoliu seco quando levou seus lábios pintados de um Rose até o canudo colorido, dando um leve gole no milk-shake rosa com algumas decorações em seu copo enquanto mantinha os olhos arregalados para mim.
— Então vocês resolveram a briga... — ela parou para dar um leve relance para o julian, que sorria com um sorriso sacana ao seu lado — transando? — a loira perguntou com um tom curioso —
Sim. Eu quis responder, mas eu precisava parecer muito mais complexa para não acharem que o loiro prensando-me contra a parede era o único motivo para que eu facilmente o perdoasse por qualquer outra coisa, já que, por mais que isso fosse contra os meus conceitos, era totalmente oficial.
— Não exatamente isso... — Neguei ao dedilhar os dedos pela madeira da mesa em que nós dois estávamos sentados — Quero dizer... — tentei procurar alguma palavra enquanto mordia o lábio inferior, tentando ignorar os olhares julgadores dos dois ao meu lado. —
— Você realmente perdoou ele depois dos dois transarem. — o homem mais velho julgou quando levou as mãos delicadamente até o milk-shake da moça ao seu lado, levando a boca ao canudo, sem realmente esperar uma resposta minha, tirando as próprias conclusões —
Qualquer coisa que saísse da minha boca seria refutada e eu imaginava isso claramente, já que por mais que eu também odiasse admitir, os dois sabiam que aquilo aconteceria uma hora ou outra e talvez até mesmo eu tivesse imaginado aquilo não uma, nem duas, mas inúmeras vezes.
— Talvez. — admiti com o rosto pintado de vermelho, observando os dois soltarem pequenos risos a medida em que meu tom de voz diminuía pela vergonha —
O moreno com o uniforme surrado e o rosto desenhado por deuses cruzou os braços, levantando-se com um olhar um pouco mais sombrio, fazendo com que as duas garotas sentadas na mesa olhassem para o homem alto estendendo-se.
— Eu imagino que você ache isso uma coisa boa — o homem continuou a falar, seu tom de voz extremamente assustador a medida em que encarava-nos na mesa, olhando-o com cautela — e não me leve a mal, é extremamente bom para os dois — ele mexeu a cabeça em confirmação, direcionando os olhos obscuros para mim, quase como se estivesse prestes a explicar como a morte funcionava — mas não deixe subir a sua cabeça. — Ele limpou a garganta ao notar nosso completo silêncio, enquanto o único barulho ouvivel eram os carros passando pela rua noturna e fria — não cobre mais do que ele a oferece... — ele continuou explicar e assim eu finalmente consegui entender a que ponto ele queria chegar — não falo isso por ele, até porque não gosto nem um pouco dele. — sua careta arrancou um pequeno riso das nossas bocas — mas se você for ingênua demais, pode confundir o tratamento casual com paixão, e acredite em mim, ele não parece ser do tipo que gosta de entender o sentimento dos outros. — Meus olhos piscaram algumas vezes ao meu peito subir com a longa e lenta respiração —
