025.

110 11 96
                                    

06 de Outubro de 2016 - 10:52

Hospital - Redwood, Califórnia.


Jenna Alcock cruzou as portas automáticas do hospital às pressas, acompanhada do detetive Jonathan Potts, da xerife Erica e de Emily.

Enquanto a xerife e o detetive iam até a recepção em busca de informações do que havia acontecido, Jenna olhou em volta, à procura de sua filha e a encontrou sentada em uma cadeira na sala da recepção.



— Amelia! Ai meu Deus, você está sangrando? — Jenna correu até a filha e se ajoelhou diante dela, dividida entre checar o rosto e as roupas ensanguentadas de Milly à procura de algum ferimento.  — Querida, fale comigo! Você está bem?

— Não é meu... — Milly murmurou, com os olhos esverdeados fixos no piso laminado do hospital. — O sangue não é meu.



Com a constatação de que Milly não estava ferida, Jenna pôde finalmente suspirar aliviada, sentindo se dissipar aos poucos aquela sensação pavorosa que lhe preenchia o peito desde o momento em que a filha fugiu da delegacia.

Jenna havia tentado acatar ao pedido de Erica de permanecer na delegacia com Emily e Milly, enquanto a xerife e o detetive se juntavam aos outros policiais da cidade para procurar por Ewan. Ela havia se sentado na sala de Erica ao lado das duas garotas e ido contra toda a insistência de sua filha em se juntar à busca pelo garoto. Não que a vida de Ewan não fosse considerada importante pra ela, mas ela não poderia arriscar colocar a própria filha em risco por isso. Ela havia se convencido de que a melhor opção era sentar e esperar até que a polícia fizesse o trabalho deles. Mas é claro que Milly não compartilhava do mesmo pensamento, com a desculpa de que ia até o banheiro, a garota escapou da delegacia e saiu a procura de Ewan por conta própria, quando Jenna se deu conta da partida de sua filha, já era tarde demais.

O pânico havia tomado conta de si quando Erica mandou uma mensagem dizendo que havia recebido uma ligação do hospital informando que Ewan tinha sido localizado e que Milly tinha dado entrada com ele no hospital. O simples pensamento de que sua filha poderia estar ferida causou mais medo e sofrimento nela do que todas as perseguições sofridas pelo Ghostface durante sua adolescência.




— Milly.. — A voz de Matt chamou a atenção da garota e ela ergueu a cabeça minimamente para olhar para ele. — Senhora Alcock. — Ele acenou respeitosamente e se sentou no lugar vago ao lado de Milly, oferecendo o copo de água que ele havia ido buscar pra ela, mas ela negou com um aceno e voltou o olhar para baixo.

— Professor Smith? O que você está fazendo aqui? — Jenna franziu o cenho, confusa. Ela olhou para a roupa ensanguentada dele e então voltou o olhar para Milly. — O que aconteceu?



Matt olhou alarmado para Milly, pois até então não sabia o que ela havia dito a Jenna, mas a garota ainda permanecia apática e inexpressiva. Para sua sorte, antes que fosse forçado a se explicar, uma voz emergiu da entrada do hospital.



— Jenna! Amelia! — Blake adentrou a recepção e seu olhar rapidamente encontrou sua esposa e filha. Ele correu até elas e se ajoelhou ao lado de Jenna e de frente para Milly. — Amelia, querida, você está bem? Está ferida?

— Jenna.. — A xerife se aproximou.

— O que a recepcionista te falou? Você descobriu alguma coisa? — Jenna se levantou e encarou a amiga com o semblante angustiado. Erica tocou gentilmente o cotovelo da amiga e a puxou para o lado, em busca de privacidade.

— A recepcionista me informou que o senhor Smith entrou carregando o Ewan e buscando ajuda. — Informou ela. — O senhor Smith disse que ele e a Milly encontraram o Ewan sendo atacado pelo assassino em um casebre na estrada Roosevelt, na saída da cidade. Mas ela não conseguiu coletar mais informações visto que a Milly parecia estar bastante abalada.. Ainda parece, como posso ver.



𝐒𝐂𝐑𝐄𝐀𝐌Onde histórias criam vida. Descubra agora