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07 de Outubro de 2016 - 18h24

Casa da família O'connell - Redwood, Califórnia

Jonathan Potts, achava que a situação estava fácil demais. Mas as provas encontradas no casebre eram suficientes para solicitar a prisão de Jackson O'connell, sobrevivente do primeiro massacre e pai de uma das vítimas do novo massacre, Dylan O'connell. Apesar de achar a situação fácil e suspeita, o detetive Potts precisava cumprir seu dever.

O detetive seguiu até a casa com as sirenes da viatura desligadas para não criar alarme. Ele julgava estar preparado para qualquer coisa. O homem poderia mesmo ser o assassino e ter cometido um deslize, ou na pior das hipóteses, poderia estar sendo feito de refém.

Ele parou discretamente do outro lado da rua em frente a casa habitada pelo suspeito, onde se manteve parado ali por alguns segundos checando a situação. Inclinou-se ao tirar sua arma da cintura, fitando-a com certa admiração ao manuseá-la para checar o pente de balas.

Quando não viu nenhuma movimentação suspeita na casa, o detetive desceu do carro e atravessou a rua de queixo erguido, pronto para mais um desafio e sem hesitar, apertou a campainha. Nenhum som foi ouvido do lado de dentro, então ele pousou a não sobre a maçaneta da porta e girou, ela estava aberta e tudo que ele precisou fazer foi empurrar e entrar.



— Olá? Senhor O'connell? Aqui é o detetive Jonathan Potts, trabalho na divisão de homicídio do FBI. Senhor O'connell, preciso coletar seu depoimento, estou aqui para levá-lo para a delegacia.



O detetive deu uma boa olhada ao redor, suspeitando de qualquer sombra que chegasse em seu campo de visão. Ele fez uma rápida busca pelo local, não havia nada que indicasse que o homem estava por ali.

Então, ouviu um barulho vindo de um armário na sala.



— Senhor O'connell? — Chamou o detetive, com a arma em punho em uma mão, ele se aproximou do armário e levou a mão até a maçaneta, girando-a e abrindo a porta em um único puxão. Havia um homem ali dentro, sentado e amordaçado, com os tornozelos e pulsos amarrados. O detetive se abaixou e puxou o pano que cobria a boca dele.

— O fantasma voltou para me buscar, ele voltou para me buscar! — Gritou o homem, desesperado. — Me ajude, detetive, me ajude!

— Acalme-se. Ele ainda está aqui?

— Não, não, ele saiu. Mas ele vai voltar. Ele sempre volta. — O homem olhava para ele, em estado de aflição. O detetive não sabia o quanto podia confiar nele, a xerife havia informado que apesar de ter sobrevivido ao primeiro ataque, o senhor O'connell nunca se recuperou completamente. — Ele me deixou amarrado aqui, não sei o que ele planeja fazer comigo.

— Não se preocupe, vou levá-lo para a delegacia e o senhor terá proteção lá.— Disse, enquanto sacava uma canivete do bolso da calça e cortava as cordas que prendiam os pulsos e os tornozelos do outro. — Mas para isso terei que algema-lo.

— O que? Por que? — Ele perguntou, enquanto o detetive o ajudava a ficar de pé e pegava a algema.

— Encontramos provas ligando você aos assassinatos cometidos. — Explicou o detetive. — Se o que diz é verdade e o assassino o prendeu aqui, ele está tentando incriminá-lo e planeja algo maior, em todo caso, preciso levá-lo para a delegacia para o interrogatório.



O homem não resistiu e se permitiu ser algemado. Estava tremendo e chorando.



— Pronto, vamos. — Assim que o detetive deu o comando, o telefone fixo da casa tocou. — Está esperando uma ligação?

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