Encarando meu reflexo no espelho trincado do banheiro, eu tentava me reconhecer naquela imagem quebrada e suja de sangue inocente, aquele sorriso que se formava no canto da minha boca era estranho pra mim, eu deixava escapar uns risos abafados enquanto ofegava...abri a torneira e fiz uma concha com as mãos pra encher de água, depois joguei tudo no meu rosto, o sangue seco se tornou rosado sujando toda a pia branca, eu comprimi os lábios pra ver meus dentes, senti como se fossem presas de um animal selvagem, eu me sentia poderoso e indestrutível, era bizarro como nenhum arrependimento havia apontado dentro de mim, tudo aquilo era insano, mas excitante, talvez Peter estivesse certo o tempo todo, e naquela noite em que fui assaltar a casa dele, ele viu algo em mim, algo parecido com ele mesmo...
Sob a luz amarelada do meu quarto, Peter fumava um baseado sentado na cama, só de cueca, eu sai do banheiro e fiquei encarando ele da porta:
-Daqui a algumas horas, a cidade inteira só vai falar disso - me sentei aos pés dele - Talvez o estado, ou o país, foi uma parada sinistra que fizemos.-E sabe a melhor parte? - Peter soltou a fumaça pra cima - Foda-se o que acontecer, provavelmente nunca vão pegar a gente, e se pegarem, vamos ser famosos pra sempre, vou bater punheta todos os dias pensando nisso...
O pé dele era grande, eu comecei a massagear, ele me olhava daquele jeito esnobe, quase como se eu fosse um serviçal, mas aos poucos, eu estava começando a gostar dessas loucuras, Peter tinha uma mente doentia, mas se eu entrasse no jogo dele, tinha muito a ganhar, e talvez eu estivesse realmente me apaixonando, pois ser humilhado por ele já não era tão ruim...
-Chupa o pé do teu macho, puto - ordenou ele.
Eu segurei o pé dele com as duas mãos e beijei a sola, fui beijando entre os dedos, lentamente passando a língua, até que chupei seu dedão, me senti um lixo fazendo aquilo, um verme, mas me excitou, Peter começou a bater punheta enquanto eu estava aos seus pés...
De repente ele me chutou, eu caí da cama cambaleando pra trás, então ele se levantou e me encurralou na parede, deu um chute no meu peito cabeludo e eu arfei, sem ar, depois me deu um tapa na cara que ecoou no quarto:
-Tô com tesão, tu vai me fazer gozar do jeito que eu quiser! - disse ele, segurando meu queixo pra olhar pra ele - abre a boca - mandou, antes de cuspir.Eu comecei a chupar o pau dele com o gosto do cuspe dele na minha boca, massageei as bolas enquanto chupava intensamente, levando vários tapas na cara e sendo humilhado, Peter segurava minha cabeça e me fazia engasgar até vomitar saliva em seu pau, encostou minha cabeça na parede e fodeu minha boca como se fosse um cuzinho, eu sufoquei e vomitei várias vezes, mas continuei chupando freneticamente, pois se eu parasse, levaria um tapa muito forte no ouvido.
Peter me pegou pela garganta e me levantou, depois me chutou pro chão, eu caí de quatro, ele rasgou minha cueca e pisou na minha cara pra eu empinar melhor, depois colocou o pau de uma vez no meu cu, eu senti uma dor insuportável, as pontadas pareciam atingir meu corpo inteiro, eu gritei de dor mas continuei na posição, aguentando tudo, ele metia no seco e com muita força, eu mordi meu próprio punho enquanto as veias do meu rosto e pescoço saltavam:
-Aguenta tudo até teu macho gozar! - gritava ele, com as mãos apoiadas na minha lombar, empurrando pra baixo.Peter esfolou meu cu até gozar dentro dele, e quando gozou, se deixou escorregar pra cima de mim, ficamos deitados de bruço no chão, ele com o pau ainda dentro de mim, latejando e escorrendo esperma e sangue pelas laterais, ele estava ofegante no meu ouvido, deixando todo seu peso me sufocar, ainda cobriu minha boca e nariz com a mão e segurou com força, em questão de minutos eu estava prestes a desmaiar, quando ele me deixou respirar novamente, me virou pra cima e me beijou:
-Limpa essa bagunça - mandou ele - Vou assistir televisão, ver se nossa obra de arte já está nos jornais.
....E já estava, no jornal da manhã só se falava do mesmo assunto, o massacre no acampamento juvenil, a polícia estava abismada e não entendia as possíveis motivações do crime, e muito menos como é que os assassinos tinham acesso a armas daquele calibre, acreditavam que eram pessoas de fora que havia feito o massacre, pois ninguém na cidade tinha um histórico de violência daqueles, os sobreviventes estavam dando depoimentos mas nada muito esclarecedor, pois além de ainda estarem em estado de choque, naquela noite estava escuro e tudo tinha acontecido muito rápido...
-Foi horrível - dizia um garoto loiro, de dezessete anos, em entrevista - Eu acordei com os barulhos de tiro e os gritos, só sobrevivi pois fiquei muito assustado pra sair correndo, vi alguns amigos meus morrerem na porta do quarto, então me joguei no chão junto com eles e me sujei de sangue pra me camuflar, fiquei lá acho que umas duas horas, chorando baixinho sem acreditar, foi a noite mais longa da minha vida, eu só pensava que não queria morrer sem me despedir da minha mãe, só conseguia pensar nela...
Peter riu, sentado de pernas abertas no sofá, tomando cerveja:
-Esse aí foi esperto, que tesão, acho que vou procurar ele qualquer dia, pois ele tá se achando muito sortudo...Eu fumava um cigarro sentado no balcão, só de bermuda:
-Mal sabe ele que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar - respondi, rindo também...Nós dois nos olhamos, estávamos ficando cada vez mais parecidos e complementares, a única coisa que me preocupava era o futuro, e quando as pessoas descobrissem nosso caso? O que aconteceria com a esposa de Peter? Afinal, eu estava começando a sentir um poucos de ciúmes, apesar de que jamais admitiria isso em voz alta...
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𝑩𝑫𝑺𝑴𝑨𝑵
Roman d'amoureu sempre fui um marginal, desde a adolescência cometendo crimes e usando drogas, até que naquela noite eu decidi invadir a casa errada.