𝐋𝐮𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐢𝐚 | 𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐋𝐚𝐡𝐨𝐭𝐞 ✓

13 - Lendas

   — Já ouviu falar sobre as lendas quileutes? – Perguntou Paul.

   — Bella me disse algumas coisas mas nada muito concreto, apenas que sabiam sobre os frios. – Eu disse e fechei os olhos com força, não deveria ter deixado tão claro que eu tinha conhecimento dos frios.

   Paul sorriu me olhando.

   — Eu confio em você para contar o que eu irei contar, não poderá contar nem mesmo para Isabella sobre. – Paul disse e eu lhe encarei pensativa. Era tão grave assim? Mas algo brilhou em mim, Paul confiava em mim.

   — Eu prometo não falar nada. – Eu disse e ele assentiu.

   — As lendas dizem que os quileutes descendem de lobos. – Pisquei confusa, lobos? — Loucura, eu sei. Eu mesmo nunca acreditei nessas lendas, até agora. – Lobos, descendem de lobos. O que aquilo significava?

   Paul não parecia um lobo.

   — Tipo lobos? Que andam em quatro patas, grandes e tudo? – Perguntei digerindo a informação.

   — Exatamente, grandes lobos. – Ele disse prestando atenção no meu comportamento. Ele parecia preocupado com as minhas reações.

   — É por isso que vocês sabem sobre os frios? – Questionei sem lhe encarar. Queria compreender bem o que estava ouvindo.

   — Nas nossas lendas, os frios descendem de um clã inimigo. – Inimigo? Em mitologias e histórias vampiros eram inimigos de lobisomens.

   Arregalei os olhos, ah meu Deus, lobisomens eram reais? Eu estava saindo com um? Era por isso que os Cullen não eram bem-vindos na Reserva? Porque todos eram lobisomens?

   Como Bella deixou aquela informação passar despercebida? Ah céus. Tudo bem. Por que eu estava surpresa? Eu fui criada por vampiros, claro que se vampiros existem outras criaturas também irão existir. Certo? Certo.

   — Você é um lobisomem? – Fora apenas para confirmar minhas teorias.

   — Assim como Sam, Jared e Embry. – Então não eram todos os quileutes, apenas alguns. — Sam é o alfa por enquanto.

   Assenti, alfa. Lobisomem. Lobisomens existiam. Senti meu coração acelerar mais e mais.

   — Você está bem? – Ele perguntou preocupado, assenti e lhe encarei rapidamente. Ah não.

   — Vocês podem escutar como os vampiros? Tipo, super audição? – Perguntei e Paul assentiu parecendo levemente divertido. — Ah meu Deus, ah droga, puta merda, você ouviu meu coração todas as vezes que ele acelerou quando eu estava com você.

   Paul assentiu e riu. Já não bastava meus irmãos. Paul sabia exatamente como me deixava nervosa.

   — É adorável. – Corei e comecei a me acalmar, precisava acalmar meu coração. — Reagiu melhor do que eu esperava. – Ele comentou. Não era para menos, eu convivia com vampiros, nada mais deveria me abalar. Mas ainda estava em choque.

   Mas como mamãe disse uma vez, eu digeria a informação muito bem e quando ficava sozinha, surtava com tudo. Fora assim quando descobri que eles eram vampiros, levei na boa e logo em seguida me tranquei no quarto.

   — Você sabia desde o início sobre a minha família. – Não era uma pergunta mas ele assentiu.

   — Sim, eu sabia. – Ele disse. — Achava que você também era, mas quando te conheci, percebi que você era humana.

   Assenti digerindo a informação. Então Paul sabia mais do que eu imaginava.

   — Você tem certeza de que está bem? – E ele continuava sendo tão atencioso. Eu assenti.