12 - Quase

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Assim que terminamos nossa refeição, Paul pagou tudo e me levou para dentro da floresta.

Eu havia insistido para pagar pelo menos a minha parte, mas o garoto fora insistente e não permitiu que eu o fizesse.

Começamos a caminhar e cada vez mais íamos para dentro da floresta.

— Você realmente não está me levando para o meio da floresta para me matar certo? – Perguntei pela milésima vez. Paul andava ao meu lado, tirando alguns galhos da minha frente e me ajudando a passar por pedras grandes e troncos caídos.

— Não Leonor, eu não estou indo matar você. – Ele disse rindo. Assenti e senti meu celular vibrar no bolso do casaco.

Como não parou, percebi que alguém estava me ligando, sinalizei para Paul que precisava parar e peguei o celular.

— Olá Bells, o que aconteceu? – Perguntei após atender e Paul me ajudar a sentar em um tronco de árvore caído.

— Sei que provavelmente deve estar com Paul agora, mas eu precisava saber se você ainda vai hoje a noite ao cinema. – Ah droga, o cinema.

— Bells, desculpe, eu deletei completamente da cabeça isso. – Eu disse culpada. — Prometo que encontro vocês no cinema. – E então a garota riu.

— Não se preocupe com isso, aproveita seu encontro, se der tempo você aparece, do contrário, divirta-se Nora. – E sem mais nem menos a garota desligou. Guardei o celular e encarei Paul, ele me olhava de um jeito que eu não soube identificar.

— Acho que não era tão importante. – Dei de ombros.

— Você quer ir embora mais cedo? Podemos ir a praia outro dia. – Paul disse e eu senti meu coração transbordar de tanto carinho.

— Não, nós vamos fazer tudo que você planejou, Bella irá entender. – Claro que iria, a garota havia apenas me ligado para saber se estava tudo bem, e como eu não havia lhe dito nosso pequeno código, Bella estava despreocupada agora.

Havíamos combinado da garota me ligar a tarde, logo após o almoço com a desculpa de querer saber se eu iria ao cinema, se eu falasse "sim Bells, irei" significava que a garota precisava urgentemente vir me salvar, do contrário, Bella me deixaria a noite toda aqui se eu quisesse.

— Você tem certeza? – Ele parecia em duvida. Eu sorri me aproximando do garoto, como Paul estava sentado não precisei erguer tanto o pescoço para lhe encarar.

Coloquei minhas mãos em seus ombros e senti elas formigarem. Meu coração estava acelerado devido a proximidade, mas me mantive firme. Eu estava em pé entre as pernas do garoto. Porque diabos eu fui inventar de me aproximar?

— Não se preocupe Paul, Bella é muito compreensível. – Eu disse e como se fosse automático, as mãos firmes e quentes de Paul estavam na minha cintura.

   Parei de respirar instantaneamente, o ar pareceu me faltar enquanto eu sentia sua pele quente em minha cintura.

   Meu casaco estava aberto, suas mãos estavam em contato apenas com a blusa fina que eu usava.

   — Se você diz. – Ele praticamente sussurrou. Notei que o moreno se aproximava devagar. Eu permaneci imóvel, sentindo meu coração cada vez mais acelerado. Paul me deixava nervosa.

   Seus olhos estava fixos nos meus, eu sentia que se piscasse perderia a intensidade daqueles olhos castanhos nos meus. Paul me olhava com uma mistura de amor, carinho e desejo. E talvez eu o encarasse da mesma forma.

   Vi quando seus olhos desceram para meus lábios que eu mordia fortemente devido ao nervosismo. Sua mão esquerda deixou minha cintura apenas para ir de encontro ao meu rosto, ao meus lábios.

𝐋𝐮𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐢𝐚 | 𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐋𝐚𝐡𝐨𝐭𝐞 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora