38 - Joseph Volturi

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   Os dois vampiros de olhos vermelhos me deixaram na sala de uma casa velha e com aspecto abandonado.

   Estava sentada em um sofá que parecia ser a única coisa nova ali, além é claro, do outro sofá a minha frente.

   Alec surgiu e sentou-se no sofá a minha frente, seus olhos vermelhos me encarando.

   — Você é tão parecida com ela. – Disse parecendo encantado. Porque ele me olhava daquela maneira?

   — Você vai assustar nossa convidada. – Joseph surgiu e eu lhe encarei. Aquele homem era possivelmente meu pai. Eu estava ansiosa, precisa perguntar logo. — Diga criança, pergunte logo. Consigo ver a fumaça saindo de sua cabeça.

   Mordi o interior da bochecha, não estava nenhum pouco confortável com suas presenças e seus olhos vermelhos cravados em mim.

   — Você é o meu pai? – Perguntei o que estava entalado na garganta. Joseph sorriu e sentou-se ao meu lado, mantendo uma distância segura, ele sabia que eu estava com medo, ou melhor, apavorada.

— Não, Leonor, eu não sou o seu pai, infelizmente. – Assenti sentindo a pequena esperança que havia dentro de mim morrer. Nunca fiz questão de querer saber mais sobre minha mãe biológica, mas eu queria saber sobre o meu pai. Pelo que eu soube, ele era inocente naquela história de abandono e agressões.

Não poderia negar, fiquei o caminho todo até essa casa pensando que Joseph era meu pai, éramos parecidos, ao menos os cabelos.

— Sinto muito que tenha lhe magoado saber disso. – Dei de ombros não me importando muito. — Mas eu posso lhe contar toda a verdade. – Voltei a lhe encarar e vi o mesmo me entregar um prato com sanduíche. — Coma, vai precisar de alguma sustância até amanhã.

Peguei desconfiada o prato. Deixei no meu colo e me encolhi mais no sofá limpo.

Se ele era o marido de Margot mas não era meu pai, ela o traiu?

   Joseph segurou meu pulso, seus dedos frios me arrepiaram, ele estalou a língua e rasgou um pedaço do pano que cobria o sofá. Enrolou no corte superficial que eu fiz e pareceu sorrir orgulhoso daquilo.

   — Você pode me perguntar o que quiser. – Ele disse calmamente. — Mas se puder permitir que eu lhe conte tudo primeiro, lhe garanto que terá todas as suas dúvidas saciadas. – Assenti.

   — Porque ele está aqui? – Perguntei gesticulando na direção de Alec, a presença dele me dava arrepios.

   — Ele queria ver você. – Franzi o cenho. — Alec teve um caso com sua mãe. – Arregalei meus olhos, ele era meu pai? — Não se preocupe, é impossível ele ser seu pai.

   Suspirei aliviada, Alec riu.

   — Ela tinha a sua idade quando nos conhecemos. – Ele disse me encarando daquela maneira estranha. — Vocês são idênticas. – Ele estava fascinado novamente.

   Me remexi desconfortável e logo Joseph mandou Alec para outro cômodo.

   — Ele continuará aqui, a presença dele é importante, pode não ter notado, mas ele está usando o dom dele para impedir que farejem o seu cheiro. – Joseph disse e arregalei meus olhos. — E sua irmã, a vidente, não consegue ver através de mim. – Sorriu.

   Ah, eu estava presa ali com eles. Sem salvação. Paul deveria estar desesperado, só espero que o mesmo não culpe o pobre Collin.

   — Quero que me conte toda a história. – Decretei após notar que ficaria presa ali até amanhã, quando o mesmo marcou de encontrar os quileutes. Eu ficaria entediada se não tivesse nada para fazer.

𝐋𝐮𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐢𝐚 | 𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐋𝐚𝐡𝐨𝐭𝐞 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora