20 - Verdade

14.9K 1.4K 267
                                    

   Abri a porta de casa e puxei Paul para dentro. Era a primeira vez que ele adentrava minha casa. A primeira vez de um garoto na minha casa.

   Larguei as chaves na mesa da cozinha e caminhei até a sala com o mesmo.

   Paul sentou no sofá e me puxou consigo. Eu ri me aconchegando em seu colo. Estava com frio e Paul era um ótimo aquecedor.

   — Não suma mais. – Eu disse baixinho. Sabia que ele me escutaria. Paul soltou um suspiro e assentiu.

   — Desculpe pelos últimos dois dias, eu realmente não quis sumir, mas estive tão focado em achar aquele sanguessuga. – Ele passou a mão pelo rosto e eu ergui a cabeça lhe encarando.

   — Tudo bem Paul, eu entendo. – E realmente entendia.

   — Eu só queria que você ficasse segura, não podia deixar que ele chegasse perto de você novamente. – Seus olhos continham medo. — Desculpe também se fui grosso com você no outro dia, eu apenas fiquei com medo.

   Eu sorri em sua direção.

   — Lobinho, está tudo bem. Não se preocupe ok? – Lhe dei um selinho. Porém Paul não pareceu contente com apenas isso. Ele segurou meu rosto e me beijou. Eu ri.

   Me ajeitei melhor em seu colo, colocando uma perna em cada lado de seu corpo e Paul parou. Ele tinha os olhos fechados com força e a cabeça tombada para trás. Suas mãos que antes estavam em meu rosto, agora estavam na minha cintura.

   O que eu fiz?

   — Eu fiz algo errado? – Questionei confusa com seu comportamento.

   — Não lobinha, você não fez nada. – Ele me encarou sorrindo. Eu adorava seu sorriso.

   O beijei novamente, Paul pareceu tenso, mas logo estava passeando suas mãos pelo meu corpo.

   Inconsciente, movi meu quadril e o garoto abaixo de mim gemeu contra meus lábios. Eu me deliciei com o som. Era rouco e grave. Eu queria ouvir de novo.

   Me movi novamente e me afastei com os olhos arregalados ao sentir algo duro embaixo de mim.

   O que mamãe havia dito sobre educação sexual mesmo?

   Ainda estava em seu colo. Minha respiração ofegante e meu coração a mil.

   — Leonor. – Eu neguei. Porque ele estava me chamando de Leonor?

   — Não me chame de Leonor. – Eu disse, ainda sentia meu corpo quente. — Eu não sou Leonor para você.

   Paul ergueu a sobrancelha enquanto me encarava desacreditado.

   — Lobinha. – Eu sorri assentindo. — Acho melhor pararmos. – Eu assenti mas não sai de cima do mesmo. Eu queria beija-lo mais e mais. Não precisávamos avançar para a parte em que mamãe disse que doía e era prazeroso ao mesmo tempo.

   — Só mais um. – Eu disse e voltei a beija-lo. Eu adorava beijar Paul.

   Levei minhas mãos ao seu rosto e nuca, as mãos de Paul se encontravam em minha cintura e coxas.

   Meu corpo voltava a aquecer e eu sabia que não era apenas porque o corpo abaixo de mim era quente.

   Mamãe nunca especificou o quão bom poderia ser certas coisas.

   Paul mordeu meu lábio inferior e eu soltei um pequeno gemido em resposta. Chocando-me ao ver o quão confortável eu estava com o mesmo.

   Paul fez menção de acariciar minha pele por debaixo da blusa e eu me afastei. Ainda não, não estava pronta para que ele sentisse ou visse minhas cicatrizes. Sentei-me ao seu lado com o coração completamente acelerado e comecei a respirar pesadamente.

𝐋𝐮𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐢𝐚 | 𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐋𝐚𝐡𝐨𝐭𝐞 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora