•Martina Gonzáles
23 de junho de 2026
Madrid, EspanhaOlho a hora no relógio e vejo que passa das dez da manhã, hoje eu tinha acordado e tinha tomado café da manhã com meu pai. Ele foi para o circuito mais cedo com o senhor e a senhora Sainz, disse que se pudesse eu iria aparecer mais tarde, a verdade era que eu não sabia se ia ou não.
Depois daquela noite eu acordei com uma sensação estranha de não saber o que fazer ou agir, eu não podia ter me deixado levar pela emoção do momento e o pior de tudo é tinha sido bom, eu tinha gostado e como em todas as outras vezes Carlos me tomou para me levando ao céu e trazendo de volta.
Depois que Carlos sai daqui naquele dia, todo nervoso e com razão eu pensei muito e confesso que ele nao sai da minha cabeça.
Vou para o banho e sinto a água escorrendo pelo meu corpo eu lembro das mãos dele... as mãos dele pareciam estar por todo lugar, parece que consigo sentir ele apertando meu corpo, no meu cabelo... solto um suspiro pela lembrança e seu rosto me vem à mente, o brilho em seus olhos me olhando, a boca entreaberta.... Ele suspirando pelos meus toques....
Quando percebo estou suspirando pelos meus próprios toques, lembrando de seu corpo,imaginando ele aqui comigo.
-Carlos... -suspiro gemendo seu nome e percebo o que estou fazendo parando imediatamente.
Saio o mais rápido possível do box e me troco, suspiro escorada na bancada da pia e condeno minha mente por estar essa confusão completa. Depois da nossa última conversa eu não sabia se ele queria que eu fosse, se ele preferia que não fosse... não sei o que pensar,o que fazer, pensar ou até mesmo sentir.
Encaro meu reflexo no espelho e me sinto uma otaria por estar sem saber o que fazer com essa situação, quando é claro que eu tenho que por um fim nessa confusão toda e só seguir minha vida.
Termino de me arrumar sentindo que estou fazendo a coisa errado a cada produto que eu passo em meu rosto. Seco e escovo meu cabelo e fico pronta, descendo do quarto para ir para o circuito.
Cumprimento Jarbas meu motorista e ele segue o caminho para o circuito.
...
-Olha só quem chegou! -dona Rê diz me vendo e abre os braços para me cumprimentar.
-Olá, como a senhora está? -digo a abraçando de volta e logo em seguida indo ao senhor Carlos.
-Estou ótima obrigada querida!
-Finalmente chegou. -meu pai diz tateando a cadeira ao seu lado para que eu me sente, e eu me acomodo ao seu lado.
Não foi difícil encontrar eles, eles ficaram nesses mesmo lugar na outra corrida. Nesse quiosque perto do restaurante do paddock.
-E Carlos? -pergunto sem deixar evidente a minha clara curiosidade e um leve medo de reencontrar com ele.
-Ele esta se preparando para a corrida, deve começar da uns vinte minutos. -Carlos pai diz e eu apenas confirmo com a cabeça -Inclusive acho que já podemos ir para a garagem assistir a corrida.
Ele se levanta e espera que nós nos levantemos também.
-Acho que hoje eu vou assistir lá de cima, o que acha Francisco? -dona Rê informa ao marido e aponta para a área exclusiva da audi.
-Uma ótima ideia, nos acompanha Tina? -ele se levanta perguntando para mim e eu apenas nego com a cabeça lhe dando um sorriso.
-Eu acho que vou acompanhar o senhor Carlos. -digo e ele me estende o braço seguindo o caminho.
-O que espera da corrida de hoje? -pergunto para ele andando ao seu lado.
-Espero o melhor sempre... -ele diz -Apesar de que esse fim de semana Carlos esteve mais aéreo as pistas e isso acaba me deixando mais aflito sempre.
-Ah estava? -perguntei para ele estranhando o comportamento.
-Receio que seja por uma morena que está ocupando os pensamentos dele. -ele me olha sorri ladino.
-Nova namorada? -eu pergunto para ele camuflando o real motivo da minha curiosidade.
- Não sei, ele ainda não apresentou. -diz despretensioso -Sabe que, Carlos voltou bem irritado para casa na manhã depois do seu aniversário....
-Receio eu ter sido o motivo dessa chateação. -digo suspirando para ele enquanto a gente entra na garagem e o barulho dos mecânicos já começa a se fazer presente.
-Ah Martina eu sinceramente não sei nem o que dizer sobre essa relação de vocês. Desde sempre vocês sempre foram tão intensos... tão difíceis de lidar.
-Eu não sei o que fazer pra ser sincera...
Eu digo e me separo dele assim que vejo Carlos vindo em nossa direção com o famoso macacão fechado até a cintura e o boné da audi escondendo seus cabelos, ele vem abraçar o pai e fica uns segundos conversando com o mais velho, se limita a olhar para mim e me dar um aceno de cabeça em forma de cumprimento, o mecânico o chama e ele se despede para entrar no carro.
-Carlos. -chamo ele assim que ele dá as costas, ele fica parado por alguns segundos e se vira novamente, eu ando até ele e deixo um beijo na sua bochecha apoiando minha mão no seu peitoral e me afasto minimamente olhando por todo seu rosto -Boa sorte.
Ele fica imóvel até que eu me separo dando espaço para que ele pudesse andar para onde estavam o chamando.
A pista estava cheia de emoção e expectativa enquanto os carros se alinhavam no grid de largada. O sol brilhava intensamente no céu, criando uma atmosfera eletrizante para a corrida que estava prestes a começar. Meu coração batia acelerado, tanto pela ansiedade quanto pela empolgação, enquanto o sinal de largada se aproximava.
Quando as luzes se apagaram, os motores rugiram e os carros dispararam pela reta principal em direção à primeira curva. A batalha pela liderança começou imediatamente, com ultrapassagens ousadas e disputas acirradas em cada curva. Carlos largou bem, mantendo-se no pelotão da frente, e eu torci com todas as minhas forças enquanto acompanhava cada movimento na pista.
No entanto, a corrida não foi sem seus desafios. Logo no início, houve um incidente na primeira curva que levou a um safety car, reduzindo o ritmo da corrida e causando uma reorganização do pelotão. Meu coração batia ainda mais rápido enquanto eu observava Carlos enfrentar a pressão e lutar para manter sua posição durante a relargada.
Conforme a corrida avançava, os pneus começaram a desgastar e as estratégias de pit stop se tornaram vitais. Alguns pilotos optaram por uma estratégia de uma parada, enquanto outros arriscaram duas paradas para trocar por pneus mais novos e ganhar vantagem. Eu segurava a respiração a cada parada nos boxes, esperando que tudo corresse bem.
À medida que a bandeira quadriculada se aproximava, a tensão na pista era palpável. Eu aplaudia e torcia freneticamente a cada ultrapassagem bem-sucedida do meu namorado, e segurava a respiração quando ele enfrentava momentos de desafio. Quando ele cruzou a linha de chegada em uma posição de destaque, eu soltei um grito de empolgação, olho para o Carlos pai que estava ao meu lado e ele me abraça de lado comemorando feliz pela vitória do filho!
Carlos estaciona o carro e pula na grade para comemorar com seus companheiros de equipe.
(Recomendo ler o final do próximo capítulo escutando a música "Strange" que descreve as exatas sensações dos nossos queridos)
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Youngest -Carlos Sainz
FanfictionMartina Gonzáles veio para despertar os fantasmas do passado de Carlos Sainz. Ele achou que esses sentimentos estavam mortos mas será que tem como esquecer o seu primeiro amor? Se preparem para derramar lágrimas* (Esses universo foi levemente altera...