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•Martina Gonzáles

               04 de maio de 2026                 Madrid, Espanha

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04 de maio de 2026
Madrid, Espanha

Assino a papelada que está em cima da minha mesa, e revejo mais alguns relatórios e gráficos sobre as empresas espalhadas pela Espanha. Encosto na cadeira me sentindo cansada e me frustro mais uma vez no dia, eu tinha passado o dia todo no escritório e mais uma vez eu via a noite chegar dessa janela.

Confesso que já não aguento mais ter que cuidar dessas coisas, até meu pai se recuperar completamente era eu quem estava cuidando da contabilidade e da gestão de todas as empresas, ele sempre cuidou por si e nunca conseguiu confiar em ninguém. Infelizmente depois da crise que ele teve no trabalho, ele teve que se manter fora dos negócios por um tempo. Não é querer ser ingrata ou coisa do tipo mas o meu Velho estava adorando essas férias, esse retiro sabático, estava gostando tanto que não queria voltar a trabalhar. E eu não julgo ele, meu pai herdou muito do que tem hoje mas graças ao duro trabalho ele praticamente quadruplicou nossa fortuna, então acho sim que ele merece ter um tempo para cuidar da vida dele agora.

O problema está sendo ele só confiar em mim para cuidar de tudo, o problema é ele não querer outra pessoa para assumir o meu cargo. Enfim, quem sabe uma hora eu consiga convencer ele a contratar alguém novo.

Me despeço da minha secretária e entro no carro sendo levada para casa, chego e só quero minha cama para descansar a cabeça, subo para o meu quarto e tomo um banho vestindo um pijama quente. Desço as escadas em silêncio para pegar alguma coisa na cozinha e encontro com meu pai servido água.

-Ainda acordado? -pergunto para ele vendo ele tomar água e ir até o armário procurar alguma coisa para beliscar antes de finalmente dormir.

-Perdi o sono... papai comprou um presente especial para esse ano. -ele diz com carinho nos olhos e eu me viro para ele em dúvida -Bom já passa da meia noite então... tecnicamente já é seu aniversário. -o mais velho procura em um armário debaixo da pia e eu estreito meus olhos achando estranho, ele retira de lá uma caixa quadrada bordo.

-Que isso? -pergunto e ele apenas me entrega, desfaço o pequeno laço que adornava a caixa e abro revelando um perfume, gravado no frasco estava escrito...

"Em memória à Madalena Flores González"

-Eu queria que fosse uma surpresa...

Sem que eu perceba uma lágrima desce enquanto eu levo o frasco ao meu nariz e sinto o cheiro dela... o cheiro da minha mãe, desde que me conheço por gente ela tem esse cheiro, não era uma coisa de perfume em si... mas o cheiro de sua pele, parecia que ela estava ali conosco e eu não me seguro quando mais lágrimas começam a escorrer pelos meus olhos.

Meu pai me envolve em seus braços e afaga minha cabeça de forma carinhosa.

-Quando te perguntei sobre o que você mais sentia falta na sua mãe e você me disse que era o cheiro dela eu fui atrás de te dar isso de alguma forma. -ele diz ainda abraçado a mim fazendo carinho em meus cabelos.

Youngest -Carlos SainzOnde histórias criam vida. Descubra agora