CAPÍTULO XI

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      Os dias se passaram e posso resumir em tristeza, choro.

      Jade e Agnes me convidou para várias festas mais eu sempre arrumava uma desculpa para não ir.

      Eu estava completamente afundada na tristeza infelizmente tudo oque eu conseguia fazer era pensar naquela coisa horrível que ele fez.

      Já fazia 8 dias que eu não saía de casa.

      Eu deitada na cama comecei pensar.

💭 Eu preciso sair de casa, ja faz 8 dias que não vejo o sol, ele deve estar pensando que eu estou com medo, e tô mesmo mais não posso mostrar para ele, eu preciso sair se não vou dar o gostinho para ele.💭

       Tomo um banho. Visto uma blusinha de manga comprida verde e uma calça de moletom azul.

       E finalmente saio de casa.

       Aquela brisa suave de fim da tarde caindo na minha pele era muito boa.

       Eu tinha me esquecido do quão bom era sair de casa.

       Eu deveria esperar o outro dia amanhecer para sair? Deveria. Porque agora já estava escurecendo. Mais eu estou me arriscando a sair agora.

      Eu ando pelas ruas da favela de cabeça baixa.

      Se meu pai soubesse oque se passa comigo nem sei oque ele faria.

      Faltava apenas 7 dias para ele voltar e até lá eu teria que bolar um plano para ele não notar que eu estava triste.

      Eu já estava voltando para casa não era muito tarde era por volta das sete e já estava escuro.

      Ouvi passos atrás de mim mais eu olhei e não vi ninguém.

      Meu coração dispara e eu ando mais depressa.

      Vejo a sombra de três pessoas atrás de mim que estava sendo projetada através da luz do poste.

      O medo toma conta de mim, minhas mãos começam a tremer, minhas pernas bambeiam.
   
      Um carro prata para na minha frente e um homen abaixa a janela.

-Entra aí. -Ele fala.

     Vejo a janela de trás abrir.

      Pelo que percebo o cara motorista o do banco carona e os atrás de mim eram pau mandado do que estava sentado no banco de trás.

-Entra logo não quero demorar muito. -O "Chef" diz.

      Não entendo porque tem chef sendo que o chef é o coringa.

      Eu ao ouvir aquilo lembro claramente de tudo oque o coringa fez.

      Analiso a minha volta e percebo que a única maneira de escapar é pelos lados.

      Ao invés de eu parar eu corro os caras correm atrás de mim.

      Meus pés doíam então tirei a sandalia que eu calçava e continuei correndo.

      Corri até chegar num beco sem saída.

      Vejo os caras se aproximar.

      Qualquer garota normal se entregaria mais eu não.
 
      Olho para os lados e vejo uma grade que trancava minha passagem.

      Então vou em direção a ela e começo a subir.

      Meus pés já estavam doendo e para piorar tudo estava cheio de caco de vidro no chão onde eu ia pisar.

      Mais eu tinha que escolher entre me entregar para abusarem de mim ou cortar meu pé naqueles cacos.

      Eu escolhi o caco porque os caras já estavam escalando do outro lado.

     Eu chorava e corria em cima daqueles cacos que cada vez cortava mais.

     Olhei para trás e vi as marcas de sangue que ficaram.

     Para piorar tudo a uns sem metros era o fim daquela rua. No final tinha uma ribanceira muito alta qualquer pessoa que pulasse dali morreria.

     Os caras estavam de botas passaram pelos cacos com facilidade.

-Acabou bebe ou se entrega ou morre. -Eles falam.

    Eu ouço tiros em dição aos caras.

    Eles caem no chão sem vida.

    Fecho os olhos porque pensei que seria minha hora.

-Você está bem? -Ele pergunta.

      Meu coração dispara mais ainda e minhas pernas perde a força ao perceber que aquela voz pertence ao Coringa.

      Caio e saio rolando aquela ribanceira quando caio lá em baixo já estou sem ar.

   

     

     

     

      

O Morro Da IlusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora