Pétala 04 - O dia em que recebi uma visita...

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Ciaossu!

Bom... mais um sábado. Ainda bem que o Wattpad adicionou a opção de programar a postagem, eu nunca conseguiria ser tão pontual sem isso.

Não tenho nada para falar nesse, só que é maior do que o anterior e que é um dos meus capítulos preferidos. Boa sorte.

Ciao ciao...

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O raiar daquela quarta-feira nublada parecia ter vindo mais rápido do que deveria, ou pelo menos foi o que Luke achou. O garoto estava sentado na cama, todo empapado de suor, enquanto tentava refletir o porquê de ter acordado daquela forma quando notou o primeiro raio de sol passando através da cortina de sua janela.

Outro sonho estranho...

Foi o que concluiu. Embora nunca conseguisse se lembrar, Luke tinha uma breve noção de que sonhava com coisas que o inquietavam profundamente. Tinha sonho para tudo: para deixá-lo triste, com raiva e até mesmo deixá-lo em um estado de desolação tão profunda que acabava gastando as horas que ganhava acordando antes do despertador apenas para conseguir ter forças e levantar da cama.

O dessa vez não foi diferente.

Sentira nostalgia, e ao mesmo tempo se sentiu totalmente vazio por dentro... Mas não fazia a menor ideia do que havia visto. Foi como se toda a sua felicidade tivesse se esvaído pela sua boca com o beijo de um Dementador, junto de sua alma...

— Como se eu tivesse alguma... — murmurou enquanto coçava a nuca.

O som de seu alarme enfim soou, trazendo consigo a lembrança do porquê tinha que acordar cedo – em específico nas quartas-feiras.

Luke tinha consulta nas quartas-feiras.

O café da manhã foi excelente como sempre. Sua mãe fez questão de lembrá-lo de levar um guarda-chuva e surpreendeu-se ao vê-lo obedecendo. Luke saiu de casa e seguiu até a clínica a pé enquanto ouvia uma música melancólica aleatória que tocava em sua playlist. Por algum motivo, ele estava se sentindo muito mais disperso do que o comum. Não que não fosse comum, mas por vezes seu pensamento tangenciava e, quando notava, havia passado da esquina certo e era obrigado a voltar.

Por que estava se sentindo daquela forma? Inquieto, melancólico, tristonho... Teria a ver com o sonho que teve? Era difícil dizer quando não se conseguia nem lembrar do sonho em questão.

Parece que ela tá acordada dessa vez, Luke pensou assim que entrou na clínica. A recepcionista A. Jackson estava muito bem despertada e completamente sem sono dessa vez, só estava descansando os olhos enquanto apoiava o queixo na palma das mãos.

A. Jackson murmurou um "bom dia" sonolento quando Luke se aproximou.

— Dia — respondeu enquanto tirava o fone. — A doutora Min já chegou?

— Não... — lutou contra um bocejo, mas, claro acabou perdendo. — Ainda não... A-AH! Bom dia, eu acho...

Luke encontrou algum divertimento ao vê-la repetir a saudação como se não se lembrasse que já havia a feito. O garoto sentou-se em uma das cadeiras e logou em seu jogo como sempre fazia para esperar ou apenas para se distrair.

Não o julgue mal, mas Luke era um amante de RPGs desde a infância, principalmente os MMORPG – Massively Multiplayer Online Role-Playing Game, ou "jogo de representação de papéis online, multijogador em massa". É um tipo de jogo onde os jogadores exploram um mundo virtual enorme e assumem papéis dos personagens que criam, estando livres para seguirem missões ou criar vínculos uns com os outros sem serem eles mesmos –, mas por algum motivo, ultimamente, ele não estava mais conseguindo se divertir como antes.

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