Ciaossu!
Mais um sábado, mais um capítulo... E esse foi bem legal de escrever.
Como vocês estão? Estão bem? Estão ansiosos esperando por alguma conclusão?
Acho que deveria avisar que esse é um capítulo bem mais de ação do que os outros até aqui, com informações importantes aqui e ali, então vão com calma.
Bem, não tenho mais nada a falar. Se quiserem tirar alguma dúvida sobre o capítulo, basta perguntar.
Boa leitura.
Ciao, ciao...
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Os segundos passaram diferente enquanto Luke estava sob a visão do garoto. Dali, de cima do poste, era como se o mundo inteiro não fosse nada para ele. Luke ainda sentia os cabelos em pé, alerta constante dos indícios do perigo iminente que estava correndo se ficasse ali, parado, apenas esperando o que iria acontecer dali em instantes.
Fosse por seu olhar, ou as penas negras em seu poncho - ou até mesmo por causa de seu nariz pontudo -, Luke acabou apelidando-o de "Nariz-de-Corvo" para ter como amaldiçoá-lo do além caso fosse morto.
Por sorte, a atenção do Nariz-de-Corvo foi atraída para sua Protetora, permitindo que o ar fluísse de novo por seus pulmões.
- Você nunca muda, Ária - ele repetiu, como se retomasse seu raciocínio de antes. Sua voz aveludada e grave era tão suave quando uma brisa na primavera, mesmo que seus olhos fossem frios e escuros, como um poço no inverno. - Sempre apressada. Inconstante. Precipitada.
- O que você quer aqui, Cello? - Ária o questionou, tentando controlar a voz.
Um breve suspiro de decepção marcou a feição de bronze do Nariz-de-Corvo. Ou Cello, que fosse.
Luke não deixou de pensar que, fora o fato deles se conhecerem - um divertido pensamento de uma "comic-con" de etéreos poderia tê-lo feito sorrir -, aquele garoto já parecia saber que isso aconteceria, tanto que pareceu cansado demais para responder.
Mas assim que o mesmo se deixara cair do poste - literalmente em câmera lenta -, ele se mostrou bem mais amigável do que o grisalho pensou que seria.
- Procure se acalmar - disse pousar no chão. - Eu não vim aqui para...
- O que você fez com ela? - Luke rugiu. Um espasmo da sra. Kalynn havia o feito lembrar do estado deplorável e mórbido que ela se encontrava.
O olhar Cello cortou-o de novo, mas o grisalho não ligou. Mesmo sentindo-se em perigo, sabendo que deveria fugir daquele cara, a raiva que Luke sentia não o permitia agir racionalmente. Era sempre assim, infelizmente...
Mas não era justo que uma senhorinha tão boa fosse morta em seu lugar!
- Como eu dizia - tornou, partindo os pensamentos do garoto e a sua raiva apenas com sua voz. - Eu não vim aqui por seu protegido, Ária. Vim aqui por ela - indicou a sra. Kalynn. - Ela já estava prestes a morrer, este era seu destino. O melhor destino possível. Uma morte natural, sem dores. Nada além disso.
- Mas... mas por que? Isso não é...!
- "Justo"? - completou, com um sorrisinho de desdém. - Você pouco sabe do que é justiça, mortal. A verdadeira justiça. Isso vai além das coisas que você é capaz de compreender. A morte é como uma velha amiga, humano. Uma amiga da qual não se pode negar a visita. E a visita chega para todos. Não vejo como deixar isso ainda mais claro. Nem mesmo você irá escapar dessa "visita", apesar de...
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Zuriel
Teen FictionO que você define como realidade? Para Luke, a realidade nunca fez muito sentido. Sua vida se resumia entre sonhos, vozes, terapias e diagnósticos infelizes até o dia em que sua vida mudou graças ao anjo sem asas que simplesmente apareceu em sua v...