Pétala 07 - Mentiras.

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Ciaossu!

Como rotina, mais um sábado, mais um capítulo. E eu tenho certeza que vocês vão gostar desse!

Bem, pelo menos eu espero que sim. Afinal, é o capítulo que estavam pedindo há um tempo.

Enfim, não quero tomar muito o tempo de vocês. Como rotina, o capítulo é longo então recomendo, mais uma vez, que sigam essa jornada nos seus próprios tempos. Imagino que isso melhore um pouco na experiência.

Se divirtam. Tenham uma boa leitura e, bom... Eu estarei aqui se quiserem me xingar depois.

Ciao ciao...


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Ainda era domingo, só que um pouco mais tarde. Era noite, na verdade.

Os sons de sirene ressoavam e ecoavam pelas ruas úmidas de Donnatown. No rádio da polícia, um chamado fora efetuado logo após a ligação de uma garota para a emergência.

- Eu... eu preciso de ajuda... Meu amigo... meu amigo está morrendo!

Não era muito comum chover tanto no final de setembro, mas também não era comum um garoto ser esfaqueado no coração.

Na verdade, esse momento parecia pedir por chuva. Muita chuva. Chuvas costumam acompanhar tragédias, perdas, funerais...

Mas tudo o que Moon queria era que esse não fosse o de Luke.

Ela estava no corredor de espera, agarrando-se ao seu suéter manchado pelo vermelho-ferroso do sangue de seu amigo. A polícia já a interrogara numa tentativa de entender o que tinha acontecido, mas ela não fazia ideia do que tinha respondido.

Sua mente tão brilhante estava tomada pelo breu insondável ante a incerteza e a ansiedade que o quadro de Luke tinha. Viver ou morrer... somente o tempo iria decidir, como em uma rolagem de dados.

Céus, como ela odiava não estar no controle da situação!

Ela não conseguia nem mesmo lembrar do que tinha acontecido. Enquanto tentava pôr o que lembrava no bloco de notas em seu celular, uma mulher coreana entrou no corredor e correu até seu encontro.

- Moon-Ji! - sibilou em coreano, abraçando-a no processo.

Sua mãe era, de modo resumido, uma mulher muito bonita e que, normalmente, transparecia calma e elegância a todo momento com seu sorriso gentil e compreensivo. Sorriso esse que estava ausente, sendo substituído por um semblante de pressa e apreensão.

- Você está bem, filha? Se machucou? Eu e seu pai quase tivemos um treco quando você nos contou o que aconteceu e estava no hospital! - ela não se preocupou em ser entendida pelos outros ou em ser elegante dessa vez.

Independente de tudo, Mi-Hwa ainda era uma mãe.

- Sim, mamãe... - Moon forçou um breve sorriso, que não tardou a sumir. - Quem não está nada bem é o... o Luke...

Como uma ótima behaviorista, Mi-Hwa notou com clareza a apreensão que havia na voz de sua filha. Ela tinha dúvidas, claro, mas preferiu olhar para a sala de cirurgia e suspirar. Suas perguntas poderiam esperar.

- Nenhuma notícia ainda? - o olhar de sua filha foi a resposta que precisava. - Fique tranquila, meu bem. Eu tenho certeza que vai dar tudo certo. O Luke... é um rapaz forte.

- Eu sei... - Moon fungou, ainda apertando o suéter ensaguentado como se fosse este ainda mantivesse o coração de Luke batendo. - Cadê o papai?

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