Pétala 08 - Meu anjo da guarda falho.

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Ciaossu!

Bem, sob ameaças de morte, aqui estou eu. Mais um sábado, mais um capítulo.

Como vocês estão? Bem? Se recuperaram bem do capítulo anterior? Espero que sim.

Bom, não quero tomar muito do tempo de vocês. Esse capítulo é bem informativo, então... bom, vão com calma. Boa leitura a todos.

Até breve...


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Dizer que Luke estava confuso era eufemismo.

Não é todo dia que uma garota de armadura aparece em sua porta, te chama pelo nome completo - coisa que nem sua mãe faz - e diz que precisa falar com você.

Convenhamos, se com você, você simplesmente fecharia a porta. Diria que é um engano, que o sujeito que ela procura mora em outra casa por aquela rua, ou que não conhece nenhum Luke Jonathan por aí. Talvez até daria uma pequena quantia em dinheiro para a moça, diria para ela ir embora e tirar o visto para se mudar para o Canadá.

Mas, não. Luke não fez isso.

Algo naquela garota lhe era familiar... Talvez fosse sua expressão amigável, que lhe fazia lembrar de alguém famoso. Talvez fosse sua armadura, que poderia ser de algum anime ou jogo que ele vira e não conseguia se lembrar. Ou, quem sabe, fosse a presença dela, a estranha "aura" que ela emitia.

Uma aura cálida, como o chocolate quente que sua mãe preparava no inverno.

Qualquer que fosse o motivo, Luke deixou a garota entrar. Sua mãe ficaria desapontada em saber que ele não havia sido receptivo com alguém tão gentil.

Quando a garota entrou, ela ficou admirando a casa com uma espécie de entusiasmo tímido, quase infantil. Foi só quando ela parou para ver as fotografias de Luke em seu aniversário de sete anos que o garoto teve atitude de pigarrear, chamando sua atenção.

- Quem é você? - foi a pergunta que ele achou mais relevante no momento. - Como você sabe meu nome?

- A-Ah - ela pareceu estranhamente surpresa e... triste? Por que ela parecia triste? - Desculpe, eu deveria me apresentar, mas... é uma longa história.

- Longa do tipo: "levarei horas para explicar"? Ou tá mais para: "eu poderia explicar, mas não quero"?

- Ahn... - ela pareceu ponderar com as alternativas antes de erguer um dos dedos, com um sorrisinho tímido no rosto. - A primeira, eu acho.

Certo, ela não sabe o que é sarcasmo, Luke ignorou aquela demonstração de pureza.

Como tinha tempo, Luke se dirigiu até a cozinha e a convidou a segui-lo. Ele estava disposto a ouvir a "longa história" que ela mencionara. Mas, claro, como uma pessoa com um cérebro hiperativo, ele acabou esquecendo disso por um tempo.

- Como assim você não sabe o que é um chá? - ele questionou, quase profundamente indignado. - Em que diabos de caverna você mora, garota?

A garota deu de ombros. Suas cotoveleiras tilintaram a proteção do antebraço quando a mesma coçou o queixo. Instantes depois, um sorriso infantil iluminou seu rosto.

- Ah, é uma daquelas bebidas quentes? - arriscou.

Foi a vez de Luke ponderar.

- Depende, também existe chá gelado.

- Oh, e é bom?

- Não sei, nunca provei. Eu particularmente não sou muito fã de chás, mas prefiro chá quente.

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