Pétala 18 - Bata primeiro, corra depois.

18 2 65
                                    

Ciaossu! 

Correndo contra o tempo para postar mais um capítulo - no caso, programar. Sim, eu quase esqueci de novo. Já tava me preparando pra dormir e lembrei de última hora.

Bom, e aqui estou eu, na madrugada de sábado postando pra essa bomba sair daqui a algumas horas. Espero que o esforço valha a pena.

Boa leitura a todos e espero que estejam bem. Fiquem bem, no mínimo.

Ciao ciao...


=============


A segunda-feira raiou tranquila e amena, como de rotina.

As feridas do suposto atentado à Torre Fox ainda cicatrizavam, pouco a pouco. Inegavelmente, foi um final de semana agitado, mas a cidade iria se reerguer como sempre, em seu próprio tempo.

Tempo.

Uma força poderosa, capaz de curar tudo e apaziguar até os tormentos do mais penoso coração.

Ironicamente, tempo era o que Luke menos tinha nos últimos meses.

Apesar de toda a influência do Império Fox, Donnatown ainda se configurava como uma cidade pequena para os padrões norte-americanos. Possuía prédios, sim, mas poucos e não tão grandes quanto os de Nova Iorque. Possuía uma boa infraestrutura, sim, mas pecava em tamanho e em formas rápidas de se locomover para as cidades vizinhas.

Se você não possui um veículo próprio, a cidade mais perto, Roseburg, estava há algumas horas de distância em um ônibus de alguma das agências de viagem locais.

É mais lento que uma viagem de trem, porém é muito confortável.

Por conta disso e outros fatores, como turismo – Donnatown ainda era uma cidade e muito bem posicionada, geograficamente –, o tráfego de ônibus era algo frequente pelo Distrito Norte.

Foi graças a um desses que eles chegaram na cidade.

— Finalmente! — disse um rapaz loiro, que saltara os degraus do ônibus com um entusiasmo incomum para quem viajara por horas, acomodado em bancos acolchoados e de conforto de outro mundo. — Já era hora de chegarmos!

Enquanto o mesmo se espreguiçava (tinha dormido a viagem toda), um outro rapaz, este de cabelos pretos que chegavam aos ombros, o acompanhou sem pressa. Ao sair, pegou na mão de um senhor chinês simpático e o ajudou a descer também.

— Fique quieto, idiota — disse o moreno, um tanto arisco. — Não queremos acordar a cidade toda quando acabamos de chegar!

Logo após o senhor, uma garota desceu. Cabelos pretos, franja cobrindo um dos olhos. Roupas pretas. Desceu do ônibus agarrada a uma pelúcia de gato preto e ficou quieta, um pouco afastada dos demais.

O loiro riu.

— Foi mal, foi mal! Mas é que eu estava ficando entediado ali dentro — sorriu. Seus dentes muito brancos pareciam brilhar quase tanto quanto seus olhos azuis cobaltos.

O de cabelos pretos desviou o olhar.

— ... Que surpresa. Bom, já estamos aqui, nesse fim de mundo. E agora?

Não foi uma pergunta que o loiro pudesse responder.

O senhor passou a frente dos três, aspirando o ar fresco de Donnatown com um sorriso gentil.

— Oh, eu adoro o cheiro do campo — disse, juntando as mãos atrás do corpo. — Mesmo que, nele, também se encontre o cheiro agridoce de uma civilização fragilizada, que vem correndo risco de ruir dia após dia... Conseguem sentir? Não faz muito tempo que aconteceu...

ZurielOnde histórias criam vida. Descubra agora