Ciaossu!
Como de rotina, mais um sábado, mais um capítulo.
Como vocês estão? Espero que bem. Eu quase esqueço de programar o capítulo pra amanhã (sim, tô fazendo isso na sexta, quase meia noite). É bem difícil voltar para a rotina, infelizmente.
Bom, não vou tomar muito o tempo de vocês. Boa leitura.
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O raiar daquela segunda-feira veio acompanhado de vários sentimentos complicados e confusos. Entre eles, ansiedade e nervosismo estavam, com toda certeza, no topo da lista.
— Você tem certeza de que está mesmo com tudo, Luke? — Moon dizia pela quinta vez, só naquela hora. — O passaporte? O visto? A transferência? Os documentos de identificação?
Luke bufou enquanto tentava amarrar seu tênis. Normalmente, ele gostava de ouvi-la falar pela ligação. Sentir sua voz perto de seu ouvido era uma sensação... estranha, mas não necessariamente ruim.
Só que tudo tinha um limite, e o dele já tinha sido extrapolado há tempos!
— Pela milionésima vez, sua surtada — enfim, ele conseguiu fazer o laço. — Sim, eu estou com tudo. O passaporte, o visto, a transferência... Todos os documentos falsos estão comigo. Tá feliz agora?!
— Fala baixo! — Moon pareceu horrorizada. — Sua mãe pode acabar ouvindo!
— Relaxa. Ela tá lá embaixo com a Ária. Acredite se quiser, mas meu quarto tem um bom isolamento acústico.
Moon parecia roer as unhas, isso se ainda tivesse alguma.
— Eu só quero garantir que esteja tudo certo... Quero dizer, você sabe bem o que está em jogo, não sabe? — o silêncio dele foi mais do que uma resposta adequada. — Você acha que sua mãe desconfia de algo?
— Se sim, ela sabe atuar muito bem. Foi ela quem assinou tudo.
Luke estava quase terminando o laço do segundo tênis quando assustou-se com a porta de seu quarto, que abriu completamente do nada.
— Luke, a sua mãe... — e Ária parou de falar, levando a mão até os lábios por um momento. — AH! Desculpe.
Ela saiu do quarto e fechou a porta. Duas batidas tímidas – TOC! TOC! – fizeram com que o garoto sorrisse de canto e voltasse a amarrar seu tênis, sem pressa.
— Pode entrar.
Ária não estava radiante naquela manhã. Oh, não, a culpa não era das roupas que vestia (nunca deixem Moon desconfiar disso). Mesmo com roupas comuns – o estilo tomboy realmente lhe caía bem –, Ária sempre parecia emanar um brilho incomum de alegria e inocência de si.
Mas agora, sob a perspectiva do que estavam prestes a fazer... bom, era difícil não notar como seu brilho havia simplesmente se extinguido, como se fosse a pequena chama de uma vela no meio de um vendaval congelante no meio do Alasca.
— Sua mãe pediu para que eu te avisasse que o... Hum? O que foi?
— ... Tem uma escova nos seus cabelos.
A garota tateou erroneamente em suas mechas longas e desalinhadas até achar a escova de cabelo presa em um dos fios.
— Oh... Ah, é mesmo. Sua mãe estava tentando me pentear — ela disse, com um sorriso tímido e vacilante. — Acho que não deu muito certo...
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Zuriel
Teen FictionO que você define como realidade? Para Luke, a realidade nunca fez muito sentido. Sua vida se resumia entre sonhos, vozes, terapias e diagnósticos infelizes até o dia em que sua vida mudou graças ao anjo sem asas que simplesmente apareceu em sua v...