Pétala 14 - Uma deusa grega no Oregon.

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Ciaossu!

Como de rotina, mais um sábado, mais um capítulo. 

Como vocês estão? Espero que bem. Eu quase esqueço de programar o capítulo pra amanhã (sim, tô fazendo isso na sexta, quase meia noite). É bem difícil voltar para a rotina, infelizmente.

Bom, não vou tomar muito o tempo de vocês. Boa leitura.


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O raiar daquela segunda-feira veio acompanhado de vários sentimentos complicados e confusos. Entre eles, ansiedade e nervosismo estavam, com toda certeza, no topo da lista.

Você tem certeza de que está mesmo com tudo, Luke? — Moon dizia pela quinta vez, só naquela hora. — O passaporte? O visto? A transferência? Os documentos de identificação?

Luke bufou enquanto tentava amarrar seu tênis. Normalmente, ele gostava de ouvi-la falar pela ligação. Sentir sua voz perto de seu ouvido era uma sensação... estranha, mas não necessariamente ruim.

Só que tudo tinha um limite, e o dele já tinha sido extrapolado há tempos!

— Pela milionésima vez, sua surtada — enfim, ele conseguiu fazer o laço. — Sim, eu estou com tudo. O passaporte, o visto, a transferência... Todos os documentos falsos estão comigo. Tá feliz agora?!

Fala baixo! — Moon pareceu horrorizada. — Sua mãe pode acabar ouvindo!

— Relaxa. Ela tá lá embaixo com a Ária. Acredite se quiser, mas meu quarto tem um bom isolamento acústico.

Moon parecia roer as unhas, isso se ainda tivesse alguma.

Eu só quero garantir que esteja tudo certo... Quero dizer, você sabe bem o que está em jogo, não sabe? — o silêncio dele foi mais do que uma resposta adequada. — Você acha que sua mãe desconfia de algo?

— Se sim, ela sabe atuar muito bem. Foi ela quem assinou tudo.

Luke estava quase terminando o laço do segundo tênis quando assustou-se com a porta de seu quarto, que abriu completamente do nada.

— Luke, a sua mãe... — e Ária parou de falar, levando a mão até os lábios por um momento. — AH! Desculpe.

Ela saiu do quarto e fechou a porta. Duas batidas tímidas – TOC! TOC! – fizeram com que o garoto sorrisse de canto e voltasse a amarrar seu tênis, sem pressa.

— Pode entrar.

Ária não estava radiante naquela manhã. Oh, não, a culpa não era das roupas que vestia (nunca deixem Moon desconfiar disso). Mesmo com roupas comuns – o estilo tomboy realmente lhe caía bem –, Ária sempre parecia emanar um brilho incomum de alegria e inocência de si.

Mas agora, sob a perspectiva do que estavam prestes a fazer... bom, era difícil não notar como seu brilho havia simplesmente se extinguido, como se fosse a pequena chama de uma vela no meio de um vendaval congelante no meio do Alasca.

— Sua mãe pediu para que eu te avisasse que o... Hum? O que foi?

— ... Tem uma escova nos seus cabelos.

A garota tateou erroneamente em suas mechas longas e desalinhadas até achar a escova de cabelo presa em um dos fios.

— Oh... Ah, é mesmo. Sua mãe estava tentando me pentear — ela disse, com um sorriso tímido e vacilante. — Acho que não deu muito certo...

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