Intermissão - Reclusão.

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Ciaossu!

Bom, como prometido, aqui está o capítulo extra que prometi. Como ele é mais curtinho, preferi postar ele na quarta-feira pra não... hum, "atrapalhar" o seguimento da história principal. Considerem um capítulo filler, se quiserem.

Não tenho muitos avisos. Sábado vai sair pétala nova, então nos veremos de novo, em breve.

Ciao ciao...


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Era mais um dia comum como todos os outros.

Com um pequeno lapso, Luke despertou da introspecção de seus pensamentos. Foi como sair de um sonho turvo e confuso, e logo ele começou a se perguntar o motivo de estar parado a tanto tempo em seu jogo.

Estranho...

Ele checou seu celular. Era dia 17, uma quinta-feira de tarde.

Aos poucos, o lapso fora trazendo algumas memórias e seus pensamentos foram se normalizando, naturalmente, pouco a pouco. Momentos assim são bastante comuns, ou pelo menos deviam ser. Afinal, era improvável que ele fosse o único a se perder no mundinho que tinha em sua cabeça.

O colégio havia acabado há pouco mais de uma hora. Nesse meio tempo, Luke havia feito o que sempre fazia quando voltava para casa: tomou banho, fez um lanche – sua mãe não estava em casa – e, claro, se trancafiara em seu quarto para farmar por algumas horas.

Apesar de não encontrar mais tanto divertimento, esse ainda era seu principal hobby.

Luke voltou a jogar por mais um tempo até seu celular vibrar e acender a tela. Era uma notificação. Por sorte, não tinha muita ação em seu jogo no momento – ele estava cuidando de sua plantação virtual –, então ele pôde ver do que se tratava.

Moon havia lhe mandado uma mensagem, e o ligou antes que pudesse lê-la.

Yeoboseyo? — ouviu a voz ofegante dela pela ligação.

— Espero que você não tenha me xingado em uma língua que desconheço... não que eu vá me importar, de qualquer forma.

Ouvir Moon falando em coreano sempre foi muito bonitinho.

Oh, desculpe — Moon riu, sem graça. — Alô, Luke. Como você está?

— Entediado, mas vivo — suspirou. — Me ligou só pra isso?

Bom, na verdade — sua voz sorriu. — te liguei para pedir que você olhe pela sua janela.

Agora?

— Sim, Luke. Agora. Isso se você quiser me ver.

Segundos depois, Moon acenou para um Luke confuso e muito surpreso que se revelou pela janela do segundo andar.

Mas que... O que 'cê tá fazendo aí, doida?

— Bom, digamos que vim te fazer uma visita — deu de ombros. — Poderia abrir para mim?

Ela riu vendo o seu olhar desconfiado. Mesmo assim, ele saiu da janela e, pouco menos de um minuto depois, abriu a porta da entrada. Seu queixo caiu por um segundo ao vê-la – mais especificamente, ao ver o que ela trazia consigo.

Ao pé de sua porta haviam vários baldes de tinta, uns rolos de jornal e dois suportes para quadros, um deles com uma tela colocada.

Moon encerrou a ligação ao vê-lo parado por mais de meio minuto.

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