Pétala 20 - A energia da vida.

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Ciaossu!

Mais um sábado, mais um capítulo. Esse aqui é bem de boa, então podem ler com calma. Se quiserem perguntar qualquer coisa, sintam-se à vontade.

Bom, fiquem com o capítulo.

Ciao ciao...


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Luke ainda não sabia se poderia treinar no dojô do Mestre Lan.

Não, não era por falta de vontade. Muito pelo contrário.

Apesar de tê-lo conhecido, contado sua história e passado no teste de admissão, conseguindo sua confiança em algum momento, o garoto acabara se esquecendo da parte crucial sobre estar de castigo.

Tirando a clínica e o colégio, ele não podia sair sem a permissão de sua mãe – mesmo que fosse para sair com Moon, como constatou ao saírem do colégio e tentar cumprir a promessa que fizera consigo mesmo de pagar um lanche para ela.

Sorte que ela não comia muito.

— Você vai dar um jeito — Moon falou, depois que o ouvira falar sobre suas preocupações a respeito de conseguir a permissão de Sarah. — Sua mãe é mais compreensiva do que você pensa.

— Eu sei disso — Luke ajeitou a coroa de papel que Ária tinha na cabeça. — É só que... eu tenho medo de ela pensar que eu quero me meter em algum tipo de encrenca. Tipo, eu já passei uma noite fora de casa, bem quando a cidade tava uma zona, e não expliquei os meus motivos. E agora eu vou pedir pra começar a treinar em um dojô? Minha mãe não é burra, e isso é quase tão suspeito quando... sei lá! Aparecer com uma bolsa cheia de dinheiro depois de assaltarem um banco!

Moon riu.

— Bom, você fez as suas escolhas, não foi? Você escolheu ajudar aquela... — suas feições se tornaram rígidas, mas ela se corrigiu. — A Sienna. Como também escolheu não contar a verdade para sua mãe.

— É, e agora eu tenho que lidar com isso — ele suspirou. — Eu só não quero decepcionar minha mãe. Ela já passou por muita coisa por minha causa, e... sei lá, não parece nada justo que ela continue se preocupando por minha causa.

Era estranho que logo Luke não tivesse tocado em seu lanche.

Hambúrguer com fritas deveria acalmá-lo e trazer algum tipo de conforto, visto que era sua comida favorita.

A tensão que ele carregava nos ombros era tanta que fez Moon deixar de lado a turbulência em seu peito e tocar em sua mão, apertando-a com gentileza.

— Você não vai decepcioná-la, Luke — disse. — Acredite, ela se orgulha muito de você, mais até do que você pensa. Se você puder conversar com ela, sendo só um pouquinho sincero, talvez ela te entende e deixe você... hum, ir treinar no dojô, se é o que você realmente quer.

— "Talvez"? Pensei que você odiasse incertezas.

— E eu realmente não gosto, mas... eu não tenho tido certeza de nada, ultimamente — admitiu. — Até há pouco tempo atrás, eu acharia tudo isso um absurdo demais para sequer levar a sério.

— É sobre o dojô? — Luke arriscou. — Eu pensei que você quisesse-

— Não é só sobre o dojô, ok? — Moon respirou fundo. — É mais sobre... sei lá, tudo? Quero dizer, poxa, sua vida parece ter ficado tão complicada e cheia de problemas que eu fico pensando se realmente tem alguma coisa que eu possa fazer para não ser deixada para trás, sabe? Quero dizer, eu não tenho poderes. Não sou forte, nem possuo uma... uma dessas dessas armas milenares e mágicas. Eu não tenho nada disso...

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