Pétala 10 - Minha sorte ainda vai me matar.

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Ciaossu!

Bom dia, boa tarde, boa noite. Como 'cês tão? Espero que bem.

Mais um capítulo grande, hein? Alguém tem saudade de como era antes? Tipo, sem toda a temática dos poderes e tudo mais...

De qualquer forma, continua sendo um capítulo bem informativo. Se tiverem dúvidas, podem ir perguntando. Uma hora eu vejo e tento responder.

Ah, sobre o RS... Eu não me acho relevante o suficiente, mas quem puder doar, procura ter certeza da veracidade da campanha, beleza? Nem precisa ser com dinheiro não, itens de higiene básica e roupas também servem.

Bem, é isso. Tenham uma boa leitura.

Ciao ciao...


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Foi uma noite difícil.

Ah, não para Luke, é claro. Depois de ter desmaiado devido ao excesso de esforço, Ária o carregou para casa com a ajuda de Draco. Usaram a janela do quarto de Luke para entrarem. A sra. O'Brien não os viu, e nem os veria mesmo se entrassem pela porta da frente. Ela estava no hospital, esperando a autópsia do corpo da sra. Kalynn.

A pequena luta que tiveram com Cello deu em todos os noticiários, mas alguns fatos foram distorcidos. Isto é, todos eles.

Os civis presentes no momento da briga viram, sim, os três e alguns podem até mesmo ter visto ou gravado o que aconteceu, mas nada disso foi relatado à polícia ou ao noticiário. Ninguém se lembrava do que havia acontecido. No noticiário, falaram sobre uma briga de gangues. As testemunhas reforçaram a história e, por um curto período de tempo, um clima de medo e tensão pairou sobre a cidade inteira, em ambos os distritos. A cidade não tinha um bom histórico com gangues.

Não havia nenhum registro do que realmente aconteceu. Nenhuma foto, tampouco vídeo. Nada. As memórias, simplesmente, foram levadas com a brisa noturna da cidade.

Talvez fosse melhor assim, quanto menos contato os mortais tiverem com a magia, com o místico e o sobrenatural, melhor. Ninguém conseguiria viver sabendo que existem que se alimentam de seus sentimentos, certo?

Tudo acaba bem quando termina bem, exceto para Luke. Ele acabou tendo um sonho estranho naquela madrugada, envolvendo um corvo cujos olhos transbordavam inteligência e arrogância sendo posto numa gaiola por um caçador sem rosto.


Você falhou. Certifique-se de não se envolver em assuntos que não lhe dizem respeito, ou então tenha triunfo da próxima vez.


Sua risada foi a mais assustadora que Luke já ouvira. Era agourenta, como se espíritos gritassem em agonia, todos juntos e em diferentes tons, enquanto tentavam se libertar do sofrimento e da tortura eterna.

Pela manhã, Luke acordou empapado de suor. Ele nunca esqueceria aquela risada.

Na verdade, não conseguiu esquecer de muitas coisas. Apesar de ter um pouco de dificuldade, Luke conseguiu lembrar de tudo que acontecera noite passada.

Primeiro, porque seu corpo estava dolorido em partes que ele nem sabia que poderia doer tanto, músculos que ele nem sabia que tinham. E segundo, bom, porque o anel de ferro e prata ainda estava em seu dedo.

A gravura de dragão bruxuleou em escarlate ao encontrar seu olhar. Não havia sido mesmo um sonho, estava muito longe de ser.

Mesmo do andar de cima, um cheiro simplesmente delicioso fez seu estômago roncar. Carne, e estava sendo frita. Mais precisamente, hambúrguer e bacon. Como podia ter tanta certeza? Nem ele soube, mas também não teve tempo para pensar nisso.

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